O que são ETFs? Como funcionam os Fundos de Índice

Por Thiago Luiz Lapa

Última atualização: mar 26, 2025

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Confira em detalhes o que são ETFs e como eles funcionam
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Quem está buscando alternativas para investir pode ter dúvidas, por exemplo, sobre o que são ETFs. Afinal, este é um tipo de investimento que se tornou bastante popular hoje em dia. Porém, ainda pode ser uma alternativa pouco comum, especialmente entre iniciantes.

Vale dizer que esses fundos de índices surgiram ainda no início da década de 1990, portanto, não são uma novidade. Conhecidos internacionalmente como “Exchange Traded Funds”, eles oferecem praticidade e a possibilidade de diversificação, mesmo com um único investimento.

Basicamente, os ETFs permitem aos investidores montar uma carteira com vários papéis. Na prática, investe-se em cotas que, por sua vez, refletem o desempenho de um índice específico. Sua popularidade deve-se também à combinação de custos baixos e a chance de negociar na bolsa de valores, como se fosse uma ação.

Mas por que é importante entender como funcionam os Fundos de Índice? A razão está na forma como esses ETFs podem otimizar a estratégia de alocação de recursos. Afinal, essa abordagem traz equilíbrio entre o risco e o potencial retorno. Portanto, se quer saber em detalhes o que são ETFs, como eles operam e seus principais tipos, continue lendo.

Como funcionam os ETFs?

Os ETFs, ou Exchange Traded Funds, são investimentos que, ao longo dos anos, vêm ganhando popularidade. Não por acaso, eles fazem parte do planejamento de muitos investidores que buscam alternativas práticas para diversificação de suas carteiras.

Como já adiantamos, esses fundos costumam atrair a atenção por reunirem, em um só produto, até centenas de ativos. O detalhe é que eles seguem um mesmo índice de referência, o que pode ajudar na diluição de riscos.

Além disso, sua negociação acontece em bolsa, tal qual uma ação. Isso, por sua vez, é o que proporciona rapidez e agilidade na compra e venda de cotas. Dito isso, explicamos abaixo em detalhes o que são ETFs, as diferenças mais comuns em relação a investimentos tradicionais e como eles são negociados.

O que significa ETF (Exchange Traded Fund)?

ETF é uma sigla para “Exchange Traded Fund” que, em tradução livre, significa “fundo negociado em bolsa”. Surgida nos Estados Unidos, essa modalidade tem como proposta facilitar o acesso de investidores a cestas diversificadas de ativos. Isso, considerando aquelas que acompanham o mesmo índice de referência, por exemplo.

Na prática, um ETF busca replicar o desempenho de um determinado indicador, sendo os principais:

  • Ibovespa: reúne as ações mais negociadas da B3;
  • S&P 500: um dos principais índices do mercado americano; ou
  • Índices de renda fixa.

No Brasil, o primeiro ETF foi lançado apenas em 2004, ainda em um cenário de baixa popularidade deste produto. Entretanto, com a evolução do mercado de capitais, a oferta aumentou, contemplando índices de renda variável e renda fixa.

Todavia, até hoje o número de ETFs disponíveis na B3 pode ser considerado moderado, em comparação a outros países. Apesar disso, a tendência é de crescimento, acompanhando a busca por maior simplicidade na hora de investir.

Outro grande atrativo dos ETFs é a possibilidade de adquirir uma cesta com várias ações ou títulos. Afinal, não há necessidade de comprar um a um, o que aumenta a praticidade. A seguir, entenda melhor as diferenças dos ETFs para os demais fundos de investimentos.

Diferença entre ETFs e Fundos de Investimento Tradicionais

Ilustração comparativa entre ETFs e Fundos de Investimento Tradicionais

A principal diferença entre ETFs e fundos tradicionais costuma aparecer na estratégia de gestão e na forma de negociação. Isso porque a maioria dos ETFs segue um modelo de gestão passiva, buscando apenas replicar um índice específico. Ou seja, sem a necessidade de seleção diária de ativos.

Os fundos de investimento tradicionais, por sua vez, costumam adotar uma gestão ativa. Isso significa que, nos fundos convencionais, o gestor toma decisões frequentes de compra e venda de ativos. A ideia nesse caso geralmente consiste em buscar superar um determinado benchmark ou atingir uma meta de rentabilidade.

Outra distinção significativa é a forma de negociação. Os ETFs são comprados e vendidos na bolsa de valores, assim como as ações. Portanto, o investidor precisa ter uma conta em uma corretora para adquirir cotas do ETF pelo home broker.

Já nos fundos tradicionais, a entrada e o resgate geralmente ocorrem por meio de cotas disponibilizadas diretamente pela gestora. Dessa forma, o investidor costuma depender de prazos de liquidação específicos para cada produto.

Em termos de custos, os ETFs normalmente têm taxas de administração menores. Isso se deve ao fato de que eles não exigem trabalho intensivo de análise e compra ou venda ativa de ativos. Por outro lado, fundos tradicionais de gestão ativa podem cobrar taxas maiores. No geral, elas incluem a administração e, em muitos casos, taxas de performance do fundo.

Isso não significa necessariamente que um produto seja melhor que o outro. Mas, que cada veículo se encaixa em diferentes objetivos e perfis de investidor. A escolha entre eles depende, portanto, do quanto o investidor está disposto a pagar em taxas e do quanto busca superar ou apenas acompanhar um índice.

Como os ETFs são negociados no mercado?

Como já pontuamos, os ETFs são negociados na bolsa de valores, semelhantemente às ações. De modo geral, cada ETF tem um código de negociação (ticker). Assim sendo, o investidor pode comprar ou vender cotas por meio de uma corretora, utilizando o home broker durante o horário de pregão.

Essa estrutura confere maior praticidade, pois as operações são liquidadas de forma ágil. Além disso, o preço de mercado das cotas pode variar ao longo do dia, refletindo a oferta e a demanda. Isto é, tal como o desempenho do índice de referência.

Para que esse processo seja eficiente, as gestoras responsáveis pelos ETFs mantêm uma cesta de ativos. Ela, por sua vez, replica exatamente, ou de forma muito próxima, a composição do índice. Assim, quando o indicador se valoriza, a cota do ETF também tende a subir. O inverso também ocorre em momentos de queda.

A flexibilidade de negociação é outro fator que chama a atenção. Diferentemente de muitos fundos tradicionais, o investidor não precisa aguardar o fechamento do dia para ter o valor da cota. Isso porque no ETF é possível verificar o preço em tempo real e decidir se deseja comprar ou vender naquele momento.

Essa dinâmica faz com que os ETFs venham ganhando cada vez mais adeptos no mundo inteiro. Sem mencionar a vantagem de poder diversificar em diferentes setores e mercados de forma simplificada.

Tipos de ETFs disponíveis no mercado

Conheça os diferentes tipos de ETFs disponíveis no mercado

A variedade de ETFs disponíveis não se limita apenas ao universo das ações. Isso porque, hoje em dia, é possível encontrar fundos negociados em bolsa que acompanham diferentes índices. Isso inclui renda fixa, commodities e até mesmo criptomoedas.

Vamos explorar quatro tipos de ETFs: os que investem em ações, em renda fixa, em commodities e em criptomoedas. Portanto, veja como eles funcionam e quais fundos podem se adequar melhor ao seu perfil de investidor.

ETFs de ações

Os ETFs de ações são, de longe, os mais conhecidos no mercado. Eles acompanham índices renomados, tanto nacionais quanto internacionais. No Brasil, um exemplo é o BOVA11, que busca replicar o Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da B3.

Quem deseja ter exposição ao mercado norte-americano, por exemplo, pode recorrer a opções como o IVVB11. Nesse caso, segue-se o S&P 500, cujo índice é formado pelas 500 principais empresas dos Estados Unidos.

A principal característica dos ETFs de ações é sua capacidade de oferecer diversificação em um único produto. Ao adquirir cotas de um ETF atrelado a um índice amplo, o investidor tem acesso a um conjunto variado de ações. Com isso, fica fácil diluir os riscos e simplificar a gestão da carteira.

ETFs de renda fixa

Embora menos conhecidos em relação aos ETFs de ações, os ETFs de renda fixa também vêm ganhando espaço no mercado. Eles são formados por títulos públicos, como os do Tesouro Nacional, e também por títulos privados, como debêntures ou créditos bancários. Um exemplo é o IMAB11, que segue o IMA-B, índice de títulos públicos atrelados à inflação.

A proposta desses ETFs é oferecer ao investidor uma forma simplificada de compor a parcela de renda fixa de sua carteira. Isto é, sem precisar comprar cada título individualmente. Assim como ocorre nos ETFs de ações, as cotas podem ser negociadas na bolsa durante o pregão.

Além disso, a transparência na precificação diária e a possibilidade de acompanhar facilmente o valor da cota tornam esse tipo de investimento atrativo. Isso, especialmente levando em conta aqueles que buscam agilidade e diversificação.

ETFs de commodities

Os ETFs de commodities surgiram como uma alternativa para quem deseja ter exposição a ativos físicos. Os principais incluem ouro, prata, petróleo e até mesmo produtos agrícolas. O diferencial é que, nesse caso, os investidores não precisam lidar diretamente com contratos futuros ou armazenamento do bem físico.

Esses ETFs costumam replicar índices que refletem o preço das commodities. Ou, ainda, que acompanham as maiores empresas ligadas à extração, produção ou comercialização desses recursos. No caso do ouro, por exemplo, existem ETFs internacionais que buscam reproduzir o valor do metal em dólar.

O objetivo é facilitar para o investidor acompanhar a cotação sem precisar investir em barras ou custear a custódia física. Para o petróleo, há fundos que seguem índices como o Brent ou o WTI, que são referências mundiais no preço do barril. A vantagem está, portanto, na praticidade e na transparência.

Isso porque o investidor pode negociar as cotas na bolsa e acompanhar a variação dos preços em tempo real. No entanto, vale lembrar que o mercado de commodities pode apresentar alta volatilidade. Afinal, os preços dependem de fatores como oferta, demanda, questões geopolíticas e, principalmente, condições climáticas.

ETFs de criptomoedas

Os ETFs de criptomoedas, por sua vez, são a mais recente novidade entre as opções desse mercado. Seguindo a mesma lógica, eles buscam expor o investidor a ativos digitais como Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas consolidadas. Lembrando que também não há exigências para a compra direta desses tokens em corretoras específicas de criptoativos.

No Brasil, existem produtos semelhantes que investem majoritariamente em contratos de derivativos lastreados em criptomoedas. Há, por exemplo, alguns ETFs listados na B3 que seguem índices de Bitcoin ou de um conjunto de ativos digitais.

Uma das principais vantagens desses ETFs está na conveniência. A negociação é feita em bolsa, o que oferece familiaridade aos investidores acostumados com o ambiente tradicional do mercado financeiro. Além disso, a custódia das criptomoedas fica a cargo da gestora ou de instituições especializadas.

Consequentemente, isso acaba reduzindo a necessidade de conhecimento técnico para armazenar os ativos digitais com segurança. Entretanto, é importante destacar que o mercado de criptomoedas pode ser bastante volátil. Dessa forma, os investidores devem estar cientes dos riscos associados a esses produtos, como em qualquer tipo de ETF.

Vantagens e desvantagens dos ETFs

Entenda as vantagens e desvantagens dos ETFs

Embora ofereçam praticidade e sejam frequentemente vistos como instrumentos de diversificação, nem tudo são flores no mercado de ETFs. Isso ocorre porque eles também apresentam características que podem não se adequar a todos os perfis de investidores. Justamente por isso, é importante conhecer as vantagens e desvantagens dos ETFs.

Afinal, dessa forma os interessados podem tomar decisões financeiras mais seguras e alinhadas aos objetivos de cada pessoa. Para ajudá-lo nessa tarefa, nosso time editorial reuniu abaixo alguns dos principais prós e contras dos ETFs.

Vantagens dos ETFs

Veja, a seguir, os aspectos positivos de investir em ETFs, sendo iniciante ou não.

Baixo custo

Uma das vantagens mais importantes dos ETFs está relacionada aos custos de investimento. Geralmente, eles contam com taxas de administração menores quando comparados a fundos de gestão ativa. Isso porque o gestor não precisa fazer análises diárias ou tomar decisões frequentes de compra e venda.

Em vez disso, basta acompanhar a composição de um índice estabelecido, o que reduz a necessidade de uma equipe ampla de pesquisa. Além disso, como são negociados em bolsa, as corretoras costumam oferecer condições competitivas para a compra e a venda das cotas.

Diversificação de investimentos

Outra característica interessante dos ETFs é a diversificação inerente a esses fundos. Ao adquirir cotas de um ETF que replica, por exemplo, o Ibovespa, o investidor passa a ter exposição a várias empresas. Dessa forma, é possível diluir riscos setoriais ou específicos de cada ativo.

Essa prática facilita também o acesso a uma carteira variada. Isso pode ser muito positivo, especialmente para quem não tem tempo ou recursos suficientes para comprar diversas ações ou títulos de forma individual. Em mercados internacionais, há ainda a possibilidade de escolher ETFs que acompanham índices de outros países ou setores.

Facilidade de negociação

Por serem negociados em bolsa, os ETFs oferecem liquidez em tempo real. Portanto, é permitido comprar ou vender cotas durante o pregão, de forma semelhante às ações. Isso confere maior agilidade quando comparado a muitos fundos de investimento tradicionais, que podem contar com prazos pré-definidos.

Além disso, o processo de negociação é simples. Primeiro é preciso ter uma conta em uma corretora. Depois, é só acessar o home broker e inserir o ticker do ETF desejado. Essa acessibilidade torna os ETFs atrativos tanto para investidores mais experientes como para iniciantes.

Desvantagens dos ETFs

Apesar das vantagens acima, algumas desvantagens também merecem atenção. Abaixo, detalhamos o que, em nossa análise, são os principais contras.

Taxas de administração

Apesar de terem taxas inferiores às de fundos de gestão ativa, no geral, os ETFs não são isentos de custos. A taxa de administração, ainda que baixa, pode corroer a rentabilidade ao longo do tempo, sobretudo em cenários de retornos mais apertados.

Dessa forma, é fundamental avaliar se a taxa cobrada compensa em relação ao desempenho esperado do índice. Vale a pena considerar também outras despesas, como corretagem e eventuais impostos, que podem afetar o resultado final do investimento.

Possível baixa liquidez em alguns casos

Embora muitos ETFs negociados em bolsas de grande porte apresentem boa liquidez, esse nem sempre é o cenário encontrado em todos os mercados. Alguns fundos mais específicos podem ter volume de negociação reduzido.

Isso pode dificultar a execução de ordens de compra ou venda em grandes quantidades, além de gerar oscilações relevantes no preço. Afinal, a oferta e a demanda tendem a ficar desequilibradas com mais facilidade.

Exposição ao mercado

Por replicarem índices de referência, os ETFs seguem diretamente os movimentos do mercado. Se o índice apresentar queda, o valor das cotas também tende a recuar, sem que exista um mecanismo de proteção embutido.

Diferentemente de algumas estratégias de gestão ativa, que podem adotar ferramentas de hedge para reduzir perdas, os ETFs não escapam das oscilações de curto prazo. Esse fator exige que o investidor esteja ciente do risco de mercado e preparado para a volatilidade, principalmente em períodos de instabilidade econômica.

Como investir em ETFs? Guia passo a passo

Um dos diferenciais dos ETFs refere-se à sua acessibilidade. Portanto, investir nesse tipo de ativo geralmente é um processo simples, mesmo para indivíduos inexperientes. Abaixo, explicamos todos os detalhes, passo a passo, afim de ajudá-lo a comprar ETFs na bolsa de valores:

  1. Primeiramente, abra conta em uma corretora de investimentos, que será responsável por intermediar as negociações;
  2. Após concluir o cadastro e enviar os documentos exigidos, transfira os recursos para sua nova conta;
  3. Em seguida, acesse a plataforma de negociação (home broker) e procure o código do ETF desejado;
  4. Por fim, é só clicar em “comprar” para finalizar a operação.

Vale notar que é fundamental escolher produtos adequados ao seu perfil de risco. Além disso, esse tipo de investimento também exige a avaliação da liquidez e das taxas de administração. Com a ordem executada, você passa a ser cotista do fundo, acompanhando em tempo real o desempenho das cotas durante o pregão.

Como escolher o ETF ideal?

Antes de tudo, é fundamental escolher um ETF adequado ao seu perfil de investidor. Por sua vez, isso envolve considerar objetivos financeiros, tolerância ao risco e horizonte de investimento.

Investidores mais conservadores, por exemplo, podem priorizar ETFs de renda fixa ou aqueles que acompanham índices de menor volatilidade. Enquanto isso, aqueles com perfil mais moderado podem mesclar produtos de renda variável e títulos.

Já os investidores arrojados tendem a buscar ETFs que oferecem exposição a setores mais voláteis, como tecnologia ou criptomoedas. Sendo assim, é fundamental analisar o histórico de rentabilidade, as taxas de administração e a liquidez do ETF.

Além disso, verificar a composição do índice ajuda a alinhar a estratégia de investimento às próprias expectativas. Logo, fica mais fácil equilibrar ganhos potenciais com riscos assumidos. Nesse sentido, um planejamento prévio é essencial para maximizar oportunidades e minimizar surpresas.

Estratégias para investir em ETFs a longo prazo

Investir em ETFs a longo prazo costuma envolver duas abordagens conhecidas: o Dollar Cost Averaging (DCA) e o Buy and Hold. No DCA, o investidor aplica montantes fixos em intervalos regulares, independentemente das oscilações do mercado.

Assim, o preço médio das cotas tende a se suavizar ao longo do tempo, reduzindo a influência de variações pontuais. Já a estratégia Buy and Hold propõe manter os ativos por um período prolongado, aproveitando a valorização gradual dos índices.

Ambas as técnicas podem ser combinadas, permitindo disciplina nos aportes e visão de longo prazo. Ainda assim, é essencial avaliar o perfil de risco e objetivos pessoais antes de definir a periodicidade dos investimentos e a permanência em cada ETF escolhido.

ETFs de Criptomoedas: Vale a Pena Investir?

O que são e as vantagens de investir em ETFs de criptomoedas

Os ETFs de criptomoedas têm conquistado cada vez mais espaço no mercado financeiro. Naturalmente, eles vêm despertando a curiosidade de investidores que buscam exposição ao universo dos criptoativos de forma prática.

Aliás, muitos enxergam nesses produtos uma maneira mais simples de ingressar no setor. Até porque não é necessário lidar com a tecnologia das exchanges ou com a custódia direta das criptos.

Ainda assim, surge a dúvida: vale mesmo a pena investir em criptomoedas? Para responder a essa questão, é fundamental compreender como funcionam esses produtos, quais são os principais ETFs do mercado e que riscos e benefícios eles envolvem.

O que são ETFs de Criptomoedas?

Os ETFs de criptomoedas são fundos de investimento negociados na bolsa, cujo objetivo é replicar o desempenho de um índice de criptoativos. Ou seja, em vez de escolher e comprar Bitcoin ou Ethereum individualmente, o investidor adquire cotas desse fundo.

Logo, ele pode passar a acompanhar a variação das moedas incluídas na carteira teórica do índice. O detalhe é que a composição desses fundos depende da metodologia adotada por cada gestora. Isso porque ela é quem define quais ativos digitais entram no cálculo.

No caso do Bitcoin, por exemplo, alguns ETFs seguem índices que refletem o preço dessa criptomoeda no mercado global. Enquanto isso, outros podem replicar índices de derivativos listados em bolsas de futuros, como a CME (Chicago Mercantile Exchange).

O mesmo vale para o Ethereum, que possui índices específicos medindo seu valor em dólar. Geralmente, esses índices consideram cotações de diversas corretoras, consolidando um preço médio de referência para cada criptoativo.

Principais ETFs de Criptomoedas no Mercado

Entre os ETFs de criptomoedas disponíveis, alguns se destacam pela popularidade e pela composição de seus índices. O HASH11, por exemplo, foi o primeiro produto desse tipo a chegar à B3, em 2021.

Ele segue o Nasdaq Crypto Index (NCI), que inclui uma cesta diversificada de criptoativos. A ideia é reduzir a dependência de apenas uma ou duas moedas, agregando Bitcoin, Ethereum e outros tokens com diferentes pesos. Embora não elimine o risco inerente ao segmento, essa diversificação pode suavizar oscilações bruscas.

No caso de uma exposição exclusiva ao Bitcoin, existem alternativas como o QBTC11, que acompanha o CME CF Bitcoin Reference Rate. Esse índice é usado nos contratos futuros de BTC negociados na CME, conferindo ao fundo uma posição 100% focada nessa criptomoeda.

De forma semelhante, o BITH11 também tem como objetivo refletir o valor do Bitcoin. Porém, ele segue o Nasdaq Bitcoin Reference Price, metodologia desenvolvida pela bolsa norte-americana Nasdaq.

Já o Ethereum, visto por muitos como a segunda criptomoeda mais relevante do mercado, conta com produtos como o QETH11 e o ETHE11. O QETH11 segue o CME CF Ether Reference Rate, que apura o preço do Ether em dólares a partir de diversas corretoras. Enquanto isso, o ETHE11 utiliza como referência o Nasdaq Ethereum Reference Price, ligando o produto à cotação do Ether no mercado global.

Em comum, todos esses ETFs se caracterizam pela gestão passiva e pelas taxas de administração, que variam de acordo com o fundo. Embora, em geral, sejam menores que em fundos de investimento ativos, esses custos podem influenciar a rentabilidade final.

É importante ressaltar também que a liquidez do ETF depende do volume de negociação em bolsa. No caso de novas criptomoedas, isso tende a ser elevado por conta do interesse crescente nesse mercado.

Riscos e Benefícios dos ETFs de Criptomoedas

Uma das características marcantes do mercado de criptoativos é a alta volatilidade. Isso significa que o valor dos ETFs de criptomoedas pode oscilar significativamente em curtos espaços de tempo.

Com isso, investidores mais conservadores podem se sentir desconfortáveis com flutuações abruptas. Porém, há aqueles com maior tolerância ao risco, ou seja, que não se importam em encarar tais movimentos como oportunidades.

No que diz respeito à regulamentação, há um cenário de constante evolução. No Brasil, a CVM autoriza e supervisiona os fundos de investimento que listam ETFs de criptomoedas na bolsa. Por sua vez, isso garante mais segurança jurídica do que a compra direta em plataformas não reguladas, por exemplo.

Mesmo assim, não há uma lei específica que trate de criptomoedas como valores mobiliários. Por sua vez, isso faz com que eventuais mudanças regulatórias possam impactar diretamente esses produtos. Em resumo, investir em ETFs de criptomoedas que vão explodir, por exemplo, pode valer a pena para quem busca exposição a ativos digitais.

Afinal, no caso das ETFs há muito mais praticidade, fora que não existe a necessidade de lidar com exchanges. No entanto, é preciso ter ciência de que eles permanecem sujeitos às oscilações do mercado de criptoativos, que podem ser consideráveis.

Conclusão

Agora você já sabe o que são ETFs e por que eles se destacam. Seja pela facilidade de acesso, custos em geral mais baixos e capacidade de diversificação imediata, esse tipo de investimento pode ser uma alternativa interessante. Até porque eles estão atrelados a vários tipos, desde renda variável e fixa, até commodities ou mesmo criptoativos.

Esse conjunto de vantagens, portanto, faz com que eles sejam frequentemente indicados. Isso, tanto para investidores iniciantes como para quem busca simplificar o gerenciamento da sua carteira. Por outro lado, é preciso ter em mente que cada tipo de ETF está exposto aos riscos do índice que replica.

No caso dos ETFs de criptomoedas, por exemplo, a volatilidade tende a ser ainda maior. Afinal, o mercado de criptoativos é conhecido por oscilações bruscas e constante evolução regulatória. Portanto, há grandes chances de o investimento resultar em quedas significativas diante desses cenários de alta volatilidade.

Portanto, a decisão de incluir ETFs na carteira deve considerar: objetivos financeiros, perfil de risco, horizonte de investimento e o conhecimento prévio de cada investidor. Assim, é possível aproveitar as vantagens que esses fundos de índice oferecem, ao mesmo tempo que se mantém a cautela necessária em relação às suas possíveis desvantagens.

Perguntas Frequentes sobre ETFs

O que são ETFs e como eles funcionam?

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Thiago Luiz Lapa
Thiago Luiz Lapa
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Thiago Luiz Lapa é jornalista com mais de 10 anos de experiência em comunicação. Além de atuar como analista, pesquisador e investidor em criptomoedas e finanças tradicionais, Thiago dedica-se a escrever sobre criptomoedas e tecnologia desde 2019. Em constante busca... Leia mais

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