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Entender o que é NFT é essencial para quem acompanha o avanço das tecnologias digitais. Longe de uma tendência passageira, os tokens não fungíveis ocupam um papel relevante na transformação de mercados como arte, entretenimento, jogos, moda e investimentos digitais. Muito além das imagens colecionáveis, os NFTs representam uma nova forma de registrar, negociar e autenticar ativos no mercado online.
Depois de um período de retração entre 2022 e 2023, o mercado global de NFTs voltou a crescer de forma expressiva. Em 2023, por exemplo, o volume de negociações ultrapassou US$ 25 bilhões e, até 2025, pode alcançar US$ 80 bilhões, segundo estimativas da ABcripto. No Brasil, o cenário também é promissor: o país se destaca por sua base de usuários engajados, avanços na regulação e adoção institucional crescente, tanto por empresas quanto plataformas digitais.
Neste guia, você vai entender o que são e como funcionam os NFTs, onde comprar, como criar, quais são os riscos e vantagens. Além disso, conhecer os tokens mais valiosos da história. Se você está começando agora ou quer aprofundar seus conhecimentos, este artigo é para você.
O que é NFT?
NFT é a sigla para non-fungible token que, em tradução literal, significa tokens não fungíveis. De modo geral, são um tipo de ativo digital ou propriedades virtuais únicas, exclusivas e criptografadas.
Para realmente entender o que é um NFT, primeiro precisamos saber do que, afinal, se trata um token. Ainda, a diferença entre fungível e não fungível. Então, o que é um token?
Em suma, token é um certificado digital que representa algum tipo de valor ou bem, por exemplo, dinheiro, imóvel, obra de arte ou ações de uma empresa. Esse ativo facilita a compra, venda e comprovação de propriedade digital sem precisar de intermediários.
Na prática, ter o token de uma casa, por exemplo, significa que você tem o direito sobre aquele imóvel ou uma parte dele. E o que é um token não fungível?
Voltando ao conceito de NFT, temos um tipo de ativo digital que representa algo único e registrado na blockchain, tecnologia segura e transparente que começou a ser usada com o Bitcoin, no final de 2008. Esse registro é o que garante sua autenticidade e exclusividade.
Diferente dos tokens comuns, como criptomoedas, que podem ser trocados entre si sem perda de valor, os tokens não fungíveis são únicos e não podem ser substituídos por outros equivalentes. Ou seja:
- Fungíveis: são itens que podem ser trocados por outros do mesmo tipo, valor e quantidade. Exemplo: uma nota de R$ 100 pode ser trocada por duas de R$ 50, pois o valor continua o mesmo.
- Não fungíveis: são bens únicos, que não podem ser substituídos por outros iguais. Um quadro pintado à mão, por exemplo, tem valor exclusivo e não pode ser trocado por outro exatamente igual.
Exemplo prático do que é NFT
Suponhamos que um artista crie uma obra de arte digital e decide transformá-la em NFT. Isso significa que a obra passa a ter um registro único e inalterável na blockchain, como se fosse uma assinatura digital reconhecida globalmente.
Embora qualquer pessoa possa ver a imagem, tirar print ou fazer download, só quem possui o NFT tem a propriedade oficial e comprovada daquela obra. Um exemplo famoso é o da arte digital Crossroad, do artista Beeple, cujo valor de venda como NFT foi de mais de 6 milhões de dólares.
A princípio, não se pode copiar nem falsificar esse tipo de criptoativo porque seu registro fica protegido por smart contracts, contratos inteligentes que rodam automaticamente na blockchain.
Como funcionam os NFTs?
Para entender como funciona um NFT, é preciso começar pela base da tecnologia que o sustenta: a blockchain. De modo geral, essa rede funciona como um grande banco de dados público, descentralizado e à prova de fraudes. A cadeia registra e protege todas as transações feitas com ativos digitais, incluindo os tokens não fungíveis.
Como já pontuamos, cada NFT (token não fungível) é um ativo digital único que contém um código exclusivo e inalterável, armazenado em uma blockchain. Diferente de arquivos comuns da internet, que podem ser copiados infinitamente, os NFTs têm um registro oficial de propriedade e histórico completo de transações. Isso garante autenticidade, rastreabilidade e escassez, os três pilares que dão valor ao NFT.
A princípio, a blockchain mais utilizada para esse tipo de operação é a Ethereum. Porém, outras redes como Solana, Tezos, Polygon e Binance Smart Chain também permitem a criação e comercialização de NFTs.
O que torna tudo isso possível são os smart contracts (contratos inteligentes). Em resumo, são o equivalente a regras programadas que definem o que pode ou não ser feito com o NFT. Um smart contract é um código que fica na blockchain e garante a execução automática de ações. Por exemplo, transferir a propriedade quando alguém compra o NFT, sem intermediários, como cartórios ou bancos.
Além disso, os contratos inteligentes permitem definir direitos autorais, porcentagens de royalties em revendas e condições específicas de uso para o token digital.
Trading
Ademais, existe ainda a possibilidade de trading. O trading de NFTs consiste na compra e venda desses tokens em marketplaces especializados, de forma muito semelhante ao mercado de ações ou colecionáveis físicos.
Cada NFT é listado por um preço fixo ou em formato de leilão, e as transações são realizadas diretamente na blockchain por meio de smart contracts, que garantem transferência automática de propriedade assim que o pagamento é confirmado. Investidores podem especular sobre a escassez e o potencial de valorização das obras digitais, fazendo ofertas ou aceitando propostas de outros usuários. Como em qualquer mercado, o sucesso no trading de NFTs depende de pesquisa prévia, compreensão das taxas de rede (gas fees) e monitoração das tendências de demanda para cada coleção ou artista.
Exemplos de NFTs
- Arte digital: artistas criam obras únicas e as vendem em plataformas como OpenSea ou Rarible com certificados digitais exclusivos. O jogador Neymar, por exemplo, investiu no conjunto Bored Ape Yatch Club, um dos mais caros e desejados nas artes de NFT.
- Músicas e vídeos: músicos lançam faixas inéditas como NFTs, com direitos de uso limitados a quem comprou.
- Itens de jogos: jogadores podem adquirir espadas, skins ou terrenos digitais únicos que só existem dentro daquele jogo.
- Esportes e colecionáveis: momentos históricos, como gols ou jogadas famosas, são transformados em ativos digitais colecionáveis. Até a NBA lançou NFTs com cards e vídeos de feitos marcantes de atletas.
- Moda e gastronomia: marcas, como a Adidas, já lançaram roupas digitais com NFT, e cardápios de restaurante exclusivos estão sendo vendidos no formato.
Onde e como comprar NFTs?
Inicialmente, todo o processo de compra e venda ocorre em plataformas online chamadas marketplaces de NFTs. São nesses sites que artistas, desenvolvedores e colecionadores vendem seus tokens não fungíveis. Então, qualquer pessoa pode comprá-los com criptomoedas ou até mesmo com dinheiro tradicional, dependendo da sistema.
Mas antes de sair navegando pelas obras digitais, veja o que é necessário para começar:
1. Crie uma carteira digital (wallet)
De modo geral, a wallet funciona como a uma “carteira virtual” na qual o investidor guarda suas criptomoedas e armazena os NFTs que comprar. As carteiras NFT mais populares são:
- Best Wallet
- Binance Wallet
- Coinbase Wallet
- Trust Wallet
- MetaMask
2. Adquira criptomoedas
Para comprar um NFT, é necessário ter criptomoedas. A maioria dos marketplaces utiliza Ethereum (ETH), mas algumas plataformas aceitam BNB (Binance Coin), USDC, DAI, entre outras. Então, você pode comprá-las em exchanges como:
- Binance
- Coinbase
- Mercado Bitcoin
- Kraken
3. Transfira as criptos para sua wallet
Depois de comprar as criptomoedas na exchange, envie os fundos para a sua carteira digital. Lembre-se de transferir um valor extra para cobrir as taxas de rede, as gas fee, que variam de acordo com a blockchain utilizada.
4. Escolha o marketplace de NFT
Agora é hora de escolher onde comprar seu NFT. A princípio, as plataformas mais conhecidas e confiáveis são:
- OpenSea: maior marketplace de NFTs, opera na rede Ethereum
- Binance NFT: funciona dentro da Binance e aceita moedas fiduciárias
- Rarible: permite pagamento com criptos e moedas tradicionais
- SuperRare, Foundation, Magic Eden, Nifty Gateway: cada uma com foco em nichos específicos (arte digital, colecionáveis, jogos, etc.)
- 9Block: marketplace brasileiro de NFTs
5. Conecte sua wallet ao marketplace
Com a conta criada no marketplace, conecte sua carteira digital à plataforma. Esse passo permite que você use seus fundos para comprar o NFT desejado.
6. Escolha e compre seu NFT
Por fim, comece a explorar as coleções disponíveis e clique no NFT que deseja. Alguns estão com preço fixo, outros em leilão. Após confirmar a transação, o NFT será transferido para sua wallet, e você será o novo proprietário do ativo digital.
Dica importante: como adiantamos, as taxas de transação da blockchain (gas fees) podem variar bastante. Inclusive, em momentos de alto volume de negociações, os custos podem subir, por isso, vale reservar um valor extra e ficar atento ao mercado.
Como criar um NFT?
Atualmente, diferentes nichos, das artes aos esportes, trabalham com NFTs. E, embora criar um NFT pareça técnico, na verdade, é uma prática acessível mesmo para quem não tem tanto conhecimento. Primeiro, basta escolher qual o conteúdo digital a se transformar em token não fungível para, então, registrá-lo na blockchain.
De modo geral, qualquer artigo pode ser convertido em um ativo digital, seja imagem, vídeo, música ou item 3D. Veja, a seguir, os meios mais confiáveis e o processo de criação do NFT.
Ferramentas e plataformas
Em primeiro lugar, é preciso escolher o conteúdo digital que será transformado em token, como ilustração, animação, música, GIF, meme ou outro formato compatível. Depois, defina qual será a blockchain. Ainda que a Ethereum receba a maior parte das criações de tokens não fungíveis, há outras opções como:
- Polygon (com taxas menores)
- Binance Smart Chain
- Tezos
- Solana
Os próximos passos são bem parecidos com comprar NFT. Primeiro, usar uma carteira digital compatível e efetuar o pagamento da taxa de gás (gas fee), cobrada pela blockchain para registrar o ativo digital. Para isso, você vai precisar de ETH, BNB ou outra cripto, dependendo da rede escolhida.
Após a compra do criptoativo, é o momento de escolher o marketplace no qual você pode criar e vender NFTs. Nela, fazer o upload do conteúdo digital. Na maioria dos casos, o arquivo deve ter até 100 MB.
Não se esqueça de definir título, descrição e atributos especiais, além de escolher tipo de venda (preço fixo, leilão ou aberto a ofertas). Por fim, é só “mintar” seu NFT, isto é, registrar na blockchain.
Custos e dicas para criadores iniciantes de NFT
Tanto na compra quanto na venda a criação de NFTs, há alguns custos envolvidos. Os principais são:
- Taxas de mintagem: o custo para criar um NFT varia conforme a rede. Na Ethereum, as taxas podem ultrapassar US$ 100 em períodos de alta demanda. Por outro lado, redes como Polygon e Tezos oferecem alternativas mais baratas.
- Comissão dos marketplaces: plataformas como a OpenSea cobram uma comissão de 2,5% sobre cada venda realizada. Outras, como a Rarible ou Binance NFT, aplicam taxas semelhantes.
- Valor de mercado: o preço de um NFT não é fixo, pois depende da exclusividade, qualidade do projeto, visibilidade e demanda do público. Neste sentido, promover sua arte nas redes sociais e comunidades web3 pode aumentar as chances de sucesso.
Uma dica para economizar, então, é optar por blockchains com taxas mais baixas. Além disso, priorizar marketplaces que ofereçam mintagem gratuita ou “lazy minting”. Nestes casos, o NFT só é registrado na blockchain no momento da venda, e o comprador paga a taxa.
O que pode virar um NFT?
A princípio, quase todo item digital (ou físico) pode virar um NFT. Desde obras de arte até momentos marcantes nas redes sociais, um token não fungível garante originalidade e propriedade exclusiva sobre oconteúdo. Por exemplo:
- Obras de arte digitais (pinturas, ilustrações, animações)
- Músicas ou álbuns inteiros de artistas independentes ou famosos
- Memes populares que viralizaram na internet
- Itens de jogos online (skins, avatares, terrenos virtuais)
- Vídeos ou gifs de momentos esportivos históricos
- Postagens de redes sociais, como tweets
- Domínios de sites e nomes de usuário raros
- Imóveis e terrenos no metaverso
- Ingressos exclusivos, experiências VIP, certificados
- Assinaturas exclusivas
- Contratos inteligentes
Inclusive, há alguns casos famosos de NFTs que é até mencionamos por aqui. Um deles é o Beeple, um dos artistas digitais mais famosos do mundo. Em 2021, o profissional vendeu a obra “Everydays: The First 5000 Days” por US$ 69 milhões, um marco na história da arte digital.
Ainda, Jack Dorsey, o cofundador do Twitter, que transformou seu primeiro tweet, publicado em 2006, em NFT. A mensagem “just setting up my twttr” foi vendida por US$ 2,9 milhões.
Lembra que comentamos sobre a principal liga do basquete americano no mundo dos tokens não fungíveis? A NBA Top Shot é uma coleção de cards digitais de jogadas históricas, que movimentou mais de US$ 200 milhões em um fim de semana.
Por fim, o já citado Bored Ape Yacht Club (BAYC) foi uma coleção de 10 mil desenhos únicos de macacos. Além da imagem digital, os compradores ganham acesso a eventos exclusivos e clubes VIP. Neymar não foi o único investidor. Justin Bieber e Jimmy Fallon também estão entre os donos desses NFTs.
Diferenças entre NFTs e Criptomoedas
Embora NFTs e criptomoedas como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) compartilhem a mesma tecnologia blockchain, suas funções e características são bastante distintas. A principal diferença está na fungibilidade. De modo geral, criptomoedas são fungíveis, ou seja, cada unidade é igual à outra e pode ser trocada livremente. Por outro lado, os NFTs (tokens não fungíveis) são únicos e não intercambiáveis. Ou seja, funcionam como uma assinatura digital exclusiva de um item.
Outro ponto importante é a divisibilidade. Criptomoedas podem ser fracionadas, de forma a ser possível transferir 0,001 BTC, por exemplo. NFTs são indivisíveis. Em outras palavras, não dá para vender “metade” de um token que representa uma obra de arte digital ou um item colecionável. A propriedade é sempre integral.
Na prática, enquanto as criptomoedas são usadas como meio de troca ou reserva de valor, os NFTs representam a propriedade de um item único, seja ele uma arte, música, item de jogo ou até um post em rede social.
Confira a comparação:
Característica | NFT | Criptomoedas (BTC, ETH) |
---|---|---|
Fungibilidade | Não fungível (único) | Fungível (intercambiável) |
Divisibilidade | Indivisível | Divisível em frações |
Finalidade | Representa propriedade digital | Moeda digital ou investimento |
NFTs mais valiosos da história
O mercado de NFTs já movimentou bilhões de dólares com obras digitais e colecionáveis únicos. Como resultado, alguns desses tokens se tornaram verdadeiros ícones da criptoarte e alcançaram valores impressionantes.
A seguir, veja os NFTs mais caros já vendidos até hoje, com destaque para artistas como Beeple, PAK e a coleção CryptoPunks.
The Merge – US$ 91,8 milhões
Criado pelo artista digital anônimo PAK, The Merge foi à venda em dezembro de 2021 por US$ 91,8 milhões. A transação do NFT coletivo mais caro de todos os tempos teve lugar na plataforma Nifty Gateway. A obra é única não só pelo valor, mas pelo formato. Só para ilustrar, quase 29 mil investidores adquiriram seus mais de 300 mil fragmentos.
Everydays: The First 5000 Days – US$ 69,3 milhões
Assinado por Beeple (Mike Winkelmann), o NFT é uma colagem digital de 5 mil imagens que o artista criou diariamente ao longo de 13 anos. A venda por US$ 69,3 milhões ocorreu em março de 2021 na Christie’s e marcou o momento em que o mercado de criptoarte entrou no radar da arte tradicional. E já começou colocando Beeple como um dos artistas digitais mais influentes da atualidade.
Clock – US$ 52,7 milhões
Outra criação de PAK, em parceria com a organização Censored, Clock teve o objetivo de apoiar a campanha de arrecadação de fundos para a defesa legal do ativista Julian Assange. A obra registra, em tempo real, os dias que editor-chefe da Wikileaks passou preso. Logo, o valor de venda por US$ 52,7 milhões não destaca o NFT só pelas cifras, mas pelo simbolismo político e social.
HUMAN ONE – US$ 28,9 milhões
Misturando arte digital e física, HUMAN ONE é também uma obra de Beeple. A escultura com projeções animadas em tempo real foi vendida por US$ 28,9 milhões em novembro de 2021. Além do valor, representa um marco na integração entre o mundo físico e o metaverso. A escultura pode receber atualizações remotamente, o que torna a peça sempre mutável e viva.
CryptoPunk #5822 – US$ 23,7 milhões
Parte da coleção CryptoPunks, da Larva Labs, o CryptoPunk #5822 é um dos avatares mais raros do projeto, pertencente à categoria “alien”. Foi vendido por US$ 23,7 milhões em fevereiro de 2022, consolidando-se como o punk mais caro da história. A peça foi adquirida por Deepak Thapliyal, CEO da Chain, plataforma de infraestrutura blockchain.
Vantagens e desvantagens dos NFTs
Assim como qualquer mercado em crescimento, os NFTs apresentam oportunidades e riscos. Por isso, entender as vantagens e desvantagens dos tokens não fungíveis é essencial para quem pretende investir, criar ou simplesmente explorar esse novo formato de propriedade digital.
Portanto, trouxemos os principais benefícios e os cuidados necessários na estratégia.
Principais benefícios
Uma das grandes vantagens dos NFTs é a escassez digital. Cada token representa um item único e insubstituível, o que gera valor de mercado, sobretudo quando se associa a arte, colecionáveis ou experiências exclusivas. Mesmo que se possa copiar uma imagem ou vídeo, só quem possui o NFT tem a posse oficial daquele ativo.
Outro benefício importante está na rentabilidade. Muitos NFTs valorizam com o tempo, como obras raras ou itens de coleções famosas. O CryptoPunk #7804, por exemplo, teve uma valorização de 50.000% entre 2018 e 2021. Ainda que nem todos sigam essa trajetória, o potencial de retorno existe.
Por fim, há a questão da facilidade de transferência. Diferente de uma obra de arte física, que exigiria transporte e segurança, é possível negociar um NFT digitalmente em minutos, de qualquer lugar do mundo. Isso inegavelmente reduz barreiras logísticas e amplia o alcance global dos ativos.
Principais riscos
Por outro lado, o mercado de NFTs também envolve riscos importantes. O primeiro deles é a fraude. Uma vez que qualquer pessoa pode criar um NFT, não é incomum que golpistas “mintem” obras de outros artistas sem autorização e as vendam como legítimas. Portanto, verificar a origem e autoria do token é fundamental antes de qualquer compra, bem como questões regulatórias.
Outro ponto crítico é a liquidez. Diferente das criptomoedas, os NFTs não são facilmente convertidos em dinheiro. Isso significa que, mesmo após adquirir um ativo valioso, pode demorar até encontrar um comprador disposto a pagar o preço desejado. Nesse sentido, o mercado se assemelha mais ao de arte tradicional do que ao mercado financeiro.
Finalmente, é importante mencionar a volatilidade e o hype. O setor de NFTs ainda está em formação, com variações constantes de preço e popularidade. Além disso, muitos tokens são lançados apenas com base em marketing, sem valor real por trás. Um cenário que leva ao surgimento das chamadas shitcoins, ou ativos sem fundamento. Por isso, estudar o projeto e quem está por trás é uma etapa indispensável.
Vale a pena investir em NFTs?
Investir em NFTs pode ser uma oportunidade interessante, sobretudo no que toca a ativos digitais com potencial de valorização e exclusividade. Entre os pontos positivos, destacam-se a escassez dos tokens, possibilidade de retorno financeiro e facilidade de negociação global. Além disso, o NFT oferece uma nova forma de colecionar, criar e comercializar arte, música, jogos e outros itens digitais.
Por outro lado, é essencial considerar os riscos do mercado, como a baixa liquidez, a volatilidade de preços e a possibilidade de fraudes. Como o setor ainda é recente, os preços nem sempre refletem valor real e podem ser influenciados por modas passageiras ou projetos sem fundamentos sólidos.
Portanto, para quem está começando, o mais indicado é investir com cautela. Estude bem os projetos, entenda quem são os criadores por trás dos tokens e só aplique valores que não comprometam suas finanças. Como em qualquer investimento, conhecimento e estratégia fazem toda a diferença.
Em resumo, vale a pena investir em NFTs, desde que você esteja ciente dos riscos e tome decisões informadas. A tecnologia é promissora, mas o sucesso depende mais do que apenas seguir tendências.
O Que é NFT: Perguntas Frequentes
FAQs
NFTs são criptomoedas?
Não. Embora usem a mesma tecnologia blockchain, os NFTs não são criptomoedas. Criptomoedas como Bitcoin e Ethereum são fungíveis, ou seja, cada unidade é igual à outra. Já os NFTs (tokens não fungíveis) são únicos e representam a propriedade de um ativo digital exclusivo, como uma obra de arte, item de jogo ou música.
Qual o valor de um NFT?
O valor de um NFT varia conforme a exclusividade, relevância do projeto, reputação do criador e demanda do mercado. Não há um preço fixo. Alguns são vendidos por poucos dólares, enquanto outros já ultrapassaram dezenas de milhões. Como no mercado de arte, o valor é muitas vezes subjetivo e influenciado pelo contexto.
É seguro comprar um NFT?
Sim, desde que sejam tomados alguns cuidados. A tecnologia blockchain oferece segurança e rastreabilidade, mas o mercado ainda está sujeito a golpes, como fraudes de autoria e projetos sem credibilidade. Por isso, é importante pesquisar bem antes de comprar, verificar a origem do NFT e utilizar marketplaces confiáveis.
Como funciona um NFT na prática?
Na prática, um NFT funciona como um certificado digital de propriedade registrado em blockchain. Ele prova que você é o dono oficial de um item digital único — mesmo que outras pessoas possam visualizá-lo ou copiá-lo. Esse registro é imutável e pode ser negociado ou transferido com facilidade entre carteiras digitais.
Qualquer um pode criar um NFT?
Sim. Qualquer pessoa pode criar um NFT, desde que tenha um conteúdo digital original (como imagem, vídeo ou música), uma carteira digital e acesso a uma plataforma de criação, como OpenSea ou Rarible. É necessário pagar uma taxa de transação (gas fee) para registrar o NFT na blockchain.
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