A forte queda do Bitcoin ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar novas tarifas comerciais que impactaram não apenas o setor tradicional, mas também o mercado de ativos digitais.
A medida gerou incertezas e provocou uma onda de liquidações, com mais de US$ 1 bilhão em posições sendo eliminadas. Especialistas apontam que o impacto da política tarifária pode continuar pressionando o Bitcoin, com projeções de queda para US$ 70 mil, segundo Arthur Hayes.
Bitcoin perde suporte e arrasta mercado para queda
O Bitcoin vinha operando em uma faixa de consolidação entre US$ 92 mil e US$ 98 mil, mas a decisão de Trump alterou drasticamente o cenário. O anúncio de que os Estados Unidos implementarão cobrança de tarifas ao Canadá e ao México, desencadeou uma reação imediata do mercado. Levando a uma liquidação em massa.
A volatilidade aumentou consideravelmente, e os principais indicadores técnicos apontam para um momento de fragilidade no curto prazo.
Nas últimas 24 horas, o mercado de criptomoedas sofreu uma das maiores quedas do ano. O Bitcoin hoje recuou mais de 7% e chegou a atingir US$ 86.050. Além disso, o BTC perdeu o importante suporte de US$ 90 mil.
Enquanto isso, o valor total de mercado das criptomoedas caiu para US$ 2,98 trilhões, registrando mais de US$ 150 bilhões em perdas.
No entanto, o pior resultado ocorreu no mercado de derivativos. As liquidações atingiram, portanto, mais de US$ 1,6 bilhão. Apenas o BTC registrou o recorde de perdas com mais de US$ 639 milhões liquidados.
Além disso, o índice de medo e ganância caiu para um nível de aversão ao risco. O que indica que muitos investidores estão saindo de suas posições para evitar novas perdas.
Essa incerteza no mercado se reflete também nos contratos futuros de Bitcoin. Eles passaram a ser negociados com um prêmio menor, sugerindo que os investidores esperam uma nova retração antes de qualquer recuperação significativa.
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Liquidações ultrapassam US$ 1 bilhão
A forte correção no preço do Bitcoin resultou na liquidação de mais de US$ 1 bilhão em posições alavancadas. Plataformas como Binance, Bybit e OKX registraram as maiores liquidações, com traders de contratos futuros sendo forçados a encerrar suas posições devido à volatilidade extrema.
Essa queda não afetou apenas o Bitcoin, mas também o mercado de altcoins. Ethereum, Solana e outras criptomoedas importantes acompanharam a tendência de baixa, perdendo entre 8% e 15% em valor de mercado.
Os analistas observam que esse movimento pode continuar caso o mercado não encontre um suporte sólido. A recuperação pode depender do posicionamento de grandes investidores institucionais, que podem enxergar a queda como uma oportunidade de compra.
Arthur Hayes prevê queda para US$ 70 mil
O ex-CEO da BitMEX, Arthur Hayes, um dos analistas mais respeitados do setor, prevê que o Bitcoin pode cair ainda mais. Possivelmente atingindo a região dos US$ 70 mil antes de encontrar um fundo sólido para recuperação.
Segundo ele, a combinação entre o impacto das tarifas de Trump e a liquidez reduzida no mercado pode prolongar a fase de correção antes que um novo rali de alta se inicie.
Além disso, os grandes fundos de hedge pode começar a sair de suas posições em ETFs de Bitcoin e aumentar a pressão de venda. Ele explica que muitos investidores do IBIT são fundos de hedge.
Esses fundos assumiram posições compradas em ETFs e posições vendidas em futuros da CME para obter rendimentos de baixo risco. Portanto, se o rendimento cair junto com a queda no preço do Bitcoin, esses fundos podem decidir vender seus ativos IBIT e recomprar futuros da CME.
#Bitcoin goblin town incoming:
Lots of $IBIT holders are hedge funds that went long ETF short CME future to earn a yield greater than where they fund, short term US treasuries.If that basis drops as $BTC falls, then these funds will sell $IBIT and buy back CME futures.
These… pic.twitter.com/3PskTxrBPR
— Arthur Hayes (@CryptoHayes) February 24, 2025
No entanto, para Hayes, esse movimento é natural em um ciclo de alta. Onde fortes correções ocorrem antes de novas máximas serem estabelecidas. Ele aponta que a atual fase do mercado ainda não atingiu o topo do ciclo, mas que momentos de extrema volatilidade são esperados ao longo do caminho.
Perspectiva para o Bitcoin no médio prazo
Apesar da pressão de curto prazo, analistas acreditam que o Bitcoin pode se recuperar no médio e longo prazo, impulsionado por fatores macroeconômicos e o crescente interesse institucional.
No entanto, a incerteza política e econômica global ainda pode trazer desafios para o mercado. O comportamento dos investidores institucionais nos próximos dias será crucial para definir se a queda do Bitcoin se estabilizará ou se novas mínimas serão testadas antes de uma possível recuperação.
Com isso, o mercado segue atento às movimentações políticas e às respostas do setor financeiro global para entender o que está por vir para o Bitcoin e as criptomoedas como um todo.
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