Como Funciona a Carteira Polygon: Guia Para Iniciantes

Como funciona a carteira Polygon é uma informação essencial para quem investe no ecossistema cripto e busca formas ágeis de transacionar ativos digitais. Em suma, a rede blockchain oferece taxas mais baixas do que a Ethereum, com alta velocidade e ampla compatibilidade com dApps. Não à toa, milhares de usuários já migraram para a Polygon atrás de uma experiência Web3 mais eficiente.

Mas, para tirar o melhor proveito dessa rede, é importante ter uma carteira compatível com a Polygon. Com a ferramente, você consegue armazenar tokens como o MATIC, realizar transações, acessar serviços de DeFi e até comprar NFTs. Sempre com segurança e autonomia total.

Neste guia completo, você vai entender o que é a Polygon e como funcionam suas carteiras. Além disso, quais são as melhores opções disponíveis hoje, e os principais cuidados de segurança para proteger seus ativos. Também mostramos passo a passo como criar e configurar uma carteira via MetaMask, a princípio, uma das mais utilizadas no ecossistema.

O Que é a Polygon e Para Que Serve?

A Polygon é uma rede de segunda camada desenvolvida para ampliar a escalabilidade da Ethereum. De modo geral, permite transações mais rápidas, com taxas mais baixas e compatibilidade total com os projetos já existentes na Ethereum.

Na prática, funciona como uma “via expressa” no universo das blockchains. Se a Ethereum é a estrada principal – robusta, segura, mas por vezes congestionada -, a Polygon atua como um desvio inteligente. Assim, otimiza o tráfego, reduz os custos e ainda mantém a integração com a via original.

Uma infraestrutura para o futuro da web3

A Polygon foi criada em 2017 com o nome de Matic Network, pelos desenvolvedores Jaynti Kanani, Sandeep Nailwal, Anurag Arjun e Mihailo Bjelic. Em 2021, houve a mudança para o nome Polygon. Então, o projeto passou de solução de escalabilidade para oferecer uma infraestrutura completa capaz de criar, escalar e conectar blockchains compatíveis com a Ethereum.

A propósito, a interoperabilidade é justamente um dos seus maiores trunfos. Com a Polygon, desenvolvedores conseguem criar aplicativos descentralizados (dApps), tokens, NFTs e soluções DeFi de forma mais ágil e econômica. Tudo sem abrir mão da segurança e do ecossistema da Ethereum.

Moeda nativa: de MATIC a POL

Por trás das transações realizadas na rede, existe um token nativo. Antes chamado de MATIC, é gradualmente substituído pelo POL, token mais avançado cujo objetivo é sustentar o crescimento da Polygon nos próximos anos.

Por isso, especialistas consideram o POL um “token hiperprodutivo”. Só para ilustrar, além de cobrir as taxas de transação, como o antigo MATIC fazia, também oferece recompensas múltiplas e permite participação ativa na governança da rede. Deste modo, quem possui POL tem voz nas decisões que moldam o futuro da Polygon.

Além disso, o POL viabiliza o funcionamento de novas tecnologias no ecossistema. Por exemplo, a AggLayer, que conecta diferentes blockchains, o que fortalece a interoperabilidade entre redes e projetos.

Por que a Polygon importa?

A resposta está no impacto real no mercado cripto. Entre os principais pontos que elevam a importância de Polygon, podemos destacar:

• Escalabilidade com eficiência: ajuda a Ethereum a processar mais transações com menos custos;

• Baixas taxas: suas transações são significativamente mais baratas do que na rede principal da Ethereum;

• Crescimento acelerado: com mais de 19 mil dApps já construídos, a Polygon é uma das redes mais vibrantes da web3;

• Adoção em alta: à medida que mais projetos migram para soluções mais rápidas e acessíveis, a Polygon ganha espaço como infraestrutura-chave.

Portanto, entender como funciona a carteira Polygon é essencial, uma vez que a rede se tornou peça central no futuro das finanças descentralizadas.

O Que é Uma Carteira Polygon: Como Funciona?

Uma carteira de criptomoedas Polygon é a ferramenta digital que permite armazenar, enviar, receber e gerenciar tokens compatíveis com a rede Polygon, como o POL e outros criptoativos criados nesse ecossistema. Assim, funciona como um cofre digital que se conecta à rede Polygon, garantindo que você interaja com aplicativos descentralizados (dApps), realize transações e explore o web3 de forma segura e prática.

Agora que você já sabe o que é, vamos aos detalhes que importam de verdade: os tipos de carteiras disponíveis e as diferenças entre elas.

Diferença entre Hot e Cold Wallets

No ecossistema cripto, as carteiras se dividem em dois grupos principais: hot wallets (carteiras quentes) e cold wallets (carteiras frias). E essa diferença tem a ver com o nível de segurança e acesso que você vai ter. Logo:

• Hot Wallets: estão sempre conectadas à internet. Por isso, são mais práticas para quem movimenta tokens com frequência. A princípio, são ideais para iniciantes, embora exijam cuidado redobrado com senhas, autenticação em dois fatores e proteção contra phishing. Exemplos: Metamask, Trust Wallet, Coinbase Wallet.

• Cold Wallets: são carteiras offline, como dispositivos físicos (USBs ou smartcards) que armazenam suas chaves privadas longe da internet. São as mais seguras, indicadas para quem vai manter grandes quantias por muito tempo ou não precisa acessar os fundos todos os dias. Exemplos: Ledger, Trezor.

A escolha entre os dois tipos depende muito do perfil de investidor. Mas, uma dica interessante é diversificar a adoção das carteira. Ou seja, usar uma hot wallet para o dia a dia e uma cold wallet como cofre de longo prazo.

Tipos de Carteiras Compatíveis com a Polygon

A boa notícia é que a rede Polygon é amplamente compatível com os principais tipos de carteiras do mercado. Por isso, trouxemos uma visão rápida sobre as mais usadas por iniciantes e entusiastas da rede:

Carteiras de Software (Hot Wallets)

Inicialmente, são as mais populares para quem está começando a investir em criptomoedas. Em prmeiro lugar, são gratuitas, além de fáceis de instalar (no navegador ou celular). Ademais, aceitam conexão direta com dApps da Polygon.

A Metamask, por exemplo, está entre as mais usadas e recomendadas do mercado. De modo geral, basta configurar a rede Polygon manualmente ou usar um agregador como Chainlist para adicioná-la em segundos.

Há, ainda, a Trust Wallet, carteira intuitiva e ideal para celular. Suporta a rede Polygon e tokens como MATIC e POL com poucos toques. Por fim, a Coinbase Wallet. Diferente da exchange Coinbase, também funciona bem com a Polygon, pois oferece backup em nuvem e integração com NFTs.

Carteiras de Hardware (Cold Wallets)

Para quem quer máxima proteção, são dispositivos físicos de armazenamento. A princípio, entre as ferramentas mais indicadas para investidores, estão:

• Ledger Nano S / Nano X: carteiras de hardware altamente seguras, compatíveis com a Polygon via Metamask ou interface própria.

• Trezor: outra opção confiável, com suporte a Polygon através de integrações de terceiros.

Aqui, cabe um adendo: mesmo ao usar uma carteira de hardware, é possível interagir com dApps da Polygon ao usar uma hot wallet como ponte. Trata-se do chamado “modo híbrido”, cada vez mais comum entre usuários avançados.

Leia também: Carteiras Web3 – Guia Completo para Brasileiros

Como Criar uma Carteira Polygon Passo a Passo

Agora que você tem as informações básicas sobre POL e quer saber como criar uma carteira Polygon, uma dos caminhos recomendados é usar a MetaMask.

Por isso, vamos utilizá-la como exemplo no tutorial detalhado para instalar a extensão, configurar a rede Polygon e começar a utilizar sua carteira com segurança e autonomia.

Passo 1: Instale a extensão da MetaMask

Antes de tudo, acesse o site oficial da MetaMask (metamask.io). Em seguida, selecione a versão apropriada para o seu navegador ou sistema operacional, seja Chrome, iOS ou Android. Ao clicar para instalar, o navegador iniciará o processo de download da extensão.

Assim que a instalação for concluída, a MetaMask abrirá automaticamente em uma nova aba, exibindo uma tela de boas-vindas. Garanta, apenas, que você está no site oficial da MetaMask para evitar extensões falsas. Portanto, verifique o endereço do site antes de fazer o download.

Passo 2: Crie sua carteira na MetaMask

Com a extensão instalada, clique em “Começar” para iniciar a criação da sua carteira. Em seguida, selecione a opção “Criar uma carteira”. Você será solicitado a definir uma senha forte, que servirá para proteger o acesso à carteira diretamente do seu navegador. Essa senha não substitui a frase-semente, mas funciona como uma camada extra de segurança local.

Logo após configurar a senha, a MetaMask exibirá informações importantes sobre a frase-semente, a seed phrase. Esse conjunto de 12 palavras é a única forma de recuperar sua carteira em caso de perda de acesso.

Então, clique no cadeado para visualizar a frase, anote as palavras na ordem correta e guarde em local seguro, preferencialmente offline. Em seguida, confirme a frase-semente ao selecionar as palavras na mesma ordem em que foram apresentadas.

Após essa verificação, basta clicar em “Confirmar” para concluir a criação da carteira. A MetaMask exibirá uma mensagem de sucesso e sua carteira estará pronta para uso.

Passo 3: Adicione a rede Polygon à MetaMask

A MetaMask, por padrão, vem conectada apenas à rede Ethereum. Para usá-la com a Polygon, é necessário adicionar manualmente essa nova rede à extensão.

Primeiramente, abra a MetaMask e clique no menu suspenso localizado na parte superior da interface, onde aparece o nome da rede ativa (geralmente “Ethereum Mainnet”). Em seguida, clique em “Adicionar rede” e preencha o formulário com os dados da Polygon.

Depois de inserir todas as informações corretamente, clique em “Salvar”. A partir desse momento, sua carteira MetaMask estará conectada à rede Polygon, permitindo transações com taxas mais baixas e maior velocidade.

Passo 4: Adicione tokens personalizados da Polygon

Após conectar a rede Polygon, talvez você queira visualizar outros tokens além do MATIC na sua carteira. Para isso, é necessário importar manualmente os tokens desejados.

A primeira etapa é acessar o site polygonscan.com e localizar o token que você pretende adicionar. Copie o endereço do contrato do token diretamente da página oficial do projeto. Depois, volte para a MetaMask, clique na aba “Ativos” e selecione “Importar Tokens”.

Na tela seguinte, cole o endereço do contrato no campo indicado. Se os dados do token não forem preenchidos automaticamente, será necessário inseri-los manualmente.

Concluída essa etapa, clique em “Adicionar Token Personalizado” e, em seguida, em “Importar Tokens”. Pronto: o saldo desse token já estará visível na sua carteira.

Passo 5: Conclua a configuração

Agora que sua MetaMask está conectada à rede Polygon, você já pode começar a interagir com o ecossistema da Polygon de forma completa. Isso inclui transações rápidas e econômicas, participação em plataformas DeFi, compra de NFTs e uso de diversos aplicativos descentralizados.

Além disso, sua carteira já está pronta para ser conectada a outras blockchains compatíveis com a Ethereum Virtual Machine (EVM), como a Binance Smart Chain, caso você deseje expandir ainda mais seu portfólio no futuro.

Como Funciona a Carteira Polygon na Prática

Após criar e configurar sua carteira, é hora de entender como funciona a carteira Polygon no dia a dia. Por exemplo, como enviar, receber e trocar tokens com segurança, além de aprender a conectar sua carteira a dApps como o QuickSwap.

Como enviar, receber e trocar tokens

Assim que a carteira estiver conectada à rede Polygon, você poderá começar a movimentar seus ativos. O processo é simples e direto, mas requer atenção em cada etapa para garantir segurança.

Para enviar tokens:

• Primeiramente, acesse sua carteira e localize a opção “Enviar” ou “Transferir”.

• Então, escolha o token que deseja transferir (como MATIC ou outro ativo da rede).

• Em seguida, cole o endereço da carteira de destino.

• Defina a quantidade a ser enviada.

• Por fim, revise cuidadosamente os dados da transação e confirme.

É importante lembrar que é necessário manter um pequeno saldo em MATIC para cobrir as taxas da rede.

Para receber tokens:

• Em primeiro lugar, acesse a seção “Receber” ou “Depositar” da sua carteira.

• Copie o endereço público da sua carteira Polygon.

• Finalmente, envie esse endereço para quem irá fazer a transferência.

Esse mesmo endereço também pode ser usado para transferir ativos de exchanges centralizadas ou de outras carteiras para a sua MetaMask.

Como funciona a carteira Polygon para trocar tokens:

• Acesse uma exchange descentralizada (DEX), como a QuickSwap.

• Em seguida, conecte sua carteira ao site da DEX.

• Escolha os tokens que deseja trocar.

• Insira os valores, revise os detalhes e confirme a transação.

A operação será concluída em poucos segundos, com as informações de liquidez exibidas automaticamente. Tenha em mente que será necessário ter MATIC suficiente para pagar as taxas da rede, mesmo que elas sejam muito baixas.

Como conectar com dApps (exemplo: QuickSwap)

Uma das funções mais interessantes da carteira Polygon é a possibilidade de conexão com dApps (aplicativos descentralizados), por exemplo, o QuickSwap, principal DEX da rede Polygon. Em suma, a conexão permite realizar swaps, fornecer liquidez e participar de serviços DeFi de forma direta, sem intermediários.

Após a aprovação, sua carteira estará sincronizada com o dApp. Você poderá visualizar seus saldos, realizar trocas entre tokens e participar de pools de liquidez com poucos cliques. Caso esteja transferindo ativos da Ethereum para a Polygon, o QuickSwap oferece uma funcionalidade chamada Bridge, que simplifica esse processo e garante maior integração entre redes.

Lembre-se de que, mesmo durante o uso de dApps, é necessário manter um pequeno saldo em MATIC para cobrir as taxas de transação. Por isso, é recomendável sempre reservar uma quantia mínima antes de iniciar qualquer operação.

Comparativo: As Melhores Carteiras Para Usar com Polygon

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Thiago Luiz Lapa

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Thiago Luiz Lapa é jornalista com mais de 10 anos de experiência em comunicação. Além de atuar como analista, pesquisador e investidor em criptomoedas e finanças tradicionais, Thiago dedica-se a escrever sobre criptomoedas e tecnologia desde 2019. Em constante busca... Leia mais

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