Em breve, o Brasil planeja lançar oficialmente sua CBDC, o Drex. A moeda representa uma versão digital do real brasileiro e faz parte do processo de digitalização da economia do país.
As CBDCs, sigla em inglês usada para moedas controladas por bancos centrais, estão em desenvolvimento em todo o mundo.
No entanto, o Brasil é um dos únicos países a adotar a tecnologia blockchain na fase piloto de testes da moeda digital.
Com uma rede permissionada criada a partir de tecnologia de registro distribuído, o Drex utiliza a tecnologia que deu vida ao Bitcoin (BTC).
Com a blockchain, a CBDC apresenta funcionalidades como contratos inteligentes, além de criar uma rede de nós validadores composta por instituições financeiras que fazem parte do projeto inovador.
Tecnologia por trás da CBDC brasileira

A tecnologia blockchain representa um ambiente permissionado de emissão, negociação e desenvolvimento da CBDC brasileira. Além de criar uma moeda digital, o projeto do Banco Central pode ser compreendido como uma plataforma blockchain que possibilita a criação de soluções financeiras disruptivas.
A hyperledger Besu, uma solução compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM), desenvolve o real digital durante a fase piloto.
Além de contratos inteligentes, a plataforma favorece o elo entre a moeda e ferramentas como aplicativos descentralizados (dApps), o que inclui a possibilidade de operar através de redes blockchains privadas e públicas.
No caso da CBDC brasileira, o Besu sofreu uma adaptação para criar uma rede permissionada (privada) com contratos inteligentes. Com nós de validação e um sistema descentralizado de segurança, o acesso à rede só é concedido para instituições financeiras autorizadas.
Qual a diferença entre o Drex e as criptomoedas?
O Drex representa uma moeda digital atrelada ao preço do real digital. Ao contrário das criptomoedas, é possível entender a CBDC brasileira como um ativo centralizado que utiliza a tecnologia blockchain.
O Banco Central vai controlar o projeto, e o preço reproduzirá o valor da moeda fiduciária do Brasil em uma escala 1:1. Enquanto isso, as criptomoedas são descentralizadas, e o preço não possui relação direta com outros ativos.
Outra diferença para as criptomoedas: geralmente as CBDCs não apresentam alta volatilidade nos preços.
Em resumo, o projeto do real digital tem como proposta um sistema de pagamentos e de transações financeiras. Ao contrário do Drex, as criptomoedas servem como meio de troca, reserva de valor, representação de bens intangíveis e processos de tokenização de ativos.
Desenvolvimento final do Drex
Há uma expectativa para que a CBDC brasileira entre em operação até o final de 2025, de forma gradativa, de acordo com o Banco Central. Embora o próprio BC admita que o lançamento oficial deve ficar para o ano seguinte.
Desde março de 2023, uma versão do projeto serve para testes em ambiente controlado, onde onze instituições financeiras concluíram mais de 500 operações com a versão piloto do Drex.
Na primeira fase, se utilizou uma rede blockchain de registro distribuído (hyperledger) para desenvolver a moeda digital. O piloto do Drex foi criado em parceria com a plataforma Besu, que possui compatibilidade com a rede Ethereum.
Essa integração indireta com o mercado cripto aproxima ainda mais o Drex de ferramentas disruptivas como soluções DeFi. Nesta nova etapa do piloto da CBDC brasileira, a tecnologia blockchain continua sendo o principal ecossistema de desenvolvimento do projeto.
A segunda fase de testes com a CBDC brasileira terá início entre fevereiro e junho de 2025, após anúncio do Banco Central. Sem uma data oficial de lançamento, o projeto aguarda aprovação legislativa para dar prosseguimento ao plano de emissão e inserção da moeda digital na economia do país.
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