O Banco Central do Brasil (BC) avança no desenvolvimento do Drex, sua moeda digital oficial. No entanto, é improvável que o projeto seja lançado oficialmente em 2025.
Segundo o próprio BC, o máximo que pode ocorrer no ano, se tudo caminhar como planejado, é a realização de testes ampliados, envolvendo uma parte da população. Porém, ainda dentro de um ambiente controlado (testnet), e não de produção.
O projeto, anteriormente conhecido como Real Digital, visa modernizar o sistema financeiro nacional, oferecendo transações mais seguras e eficientes. Atualmente, o Drex está em fase de testes, dividida em duas etapas principais.
A primeira fase, iniciada em 2024, concentrou-se na emissão e negociação de títulos públicos federais tokenizados.
Nesse período, o Banco Central avaliou a funcionalidade da plataforma em um ambiente controlado, garantindo a segurança e a eficiência das transações digitais.
Esses testes permitiram identificar possíveis desafios e ajustar a infraestrutura, antes de avançar para etapas mais complexas.
Fase 2: expansão para novos usos
Em 2025, o Drex entrou na segunda fase de testes, ampliando o escopo para incluir diversos casos de uso. Entre as aplicações avaliadas estão a compra e venda de imóveis e veículos, além da concessão de crédito por meio da plataforma digital.
Essa etapa busca validar a versatilidade do Drex em diferentes contextos financeiros, assegurando sua aplicabilidade no cotidiano dos brasileiros.
Atualmente, mais de 32 empresas estão participando da fase 2 do Drex, divididas em diversos consórcios e testando diferentes casos de uso. Porém, até fevereiro de 2025, nenhuma empresa tinha realizado qualquer teste envolvendo a fase 2 do Drex, que ainda enfrenta desafios de privacidade.
O BC divulgou um cronograma esperado para o Drex em 2025, que envolve a extensão da fase 2 de testes até o terceiro trimestre. Em seguida, vem uma etapa de avaliação. E, por fim, eventuais testes ampliados, envolvendo pessoas físicas e instituições (ainda dentro do ambiente de testes).
Importante registrar que, segundo Banco Central, o uso de blockchain na fase de testes do Drex não garante que a tecnologia será usada oficialmente na emissão da moeda digital.
Deputados questionam controle estatal
Apesar dos avanços tecnológicos, o Drex enfrenta resistência no cenário político. Parlamentares, especialmente da oposição, expressam preocupações sobre o potencial controle estatal que a moeda digital poderia proporcionar.
A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) lidera iniciativas contra o projeto, argumentando que o Drex poderia comprometer a liberdade financeira dos cidadãos.
Zanatta lançou um abaixo-assinado e apresentou propostas legislativas para impedir a substituição do papel-moeda pela versão digital.
Além disso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também manifestou oposição ao Drex, associando o ativo a uma possível ferramenta de vigilância financeira.
O deputado sugere que o Brasil deveria seguir o exemplo de países que rejeitaram moedas digitais centralizadas, temendo que o Drex possa ser utilizado para monitorar e controlar as transações dos cidadãos.
Em resposta às críticas, o Banco Central esclareceu que o Drex não substituirá o dinheiro físico, e que seu objetivo principal é modernizar o sistema financeiro, proporcionando maior eficiência e inclusão.
A instituição enfatizou que a adoção da moeda digital será opcional, e que medidas rigorosas de segurança e privacidade estão sendo implementadas para proteger os usuários.
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