O Brasil tem se consolidado como um dos países mais promissores para o crescimento do mercado cripto. O país caminha para um cenário de maior aceitação e maturidade desse setor em 2025, devido a uma série de fatores.
Entre eles: adoção crescente de criptomoedas, aumento nas remessas de ativos digitais, avanços na tokenização, desenvolvimento regulatório e inovações como o Pix e o Drex, assim como a integração de criptoativos ao comércio.
Confira, a seguir, mais informações sobre esses e outros movimentos que vêm impulsionando o setor.
Adoção crescente
O número de brasileiros que investem em criptomoedas tem aumentado significativamente. Segundo o Índice Global de Adoção de Criptomoedas da Chainalysis, o Brasil ocupa a 10ª posição mundial em adoção de criptoativos.
Além disso, estudo da Triple-A aponta que 8% da população brasileira já possui criptomoedas, o que equivale a cerca de 17,5 milhões de brasileiros.
Similarmente, uma pesquisa da Adjust revelou que, em 2024, o Brasil liderou o uso de aplicativos de criptomoedas na América Latina. O estudo registrou um crescimento de 196% nas instalações desses apps, demonstrando o crescente interesse da população pelo mercado cripto.
Aumento das remessas de criptoativos
Outro fator que estimula o mercado é o aumento nas remessas líquidas de criptoativos, que cresceram 60,7% nos primeiros nove meses de 2024. Como resultado, esse valor totalizou US$ 12,9 bilhões.
Aumento do uso de stablecoins
As stablecoins, por sua vez, ganharam destaque como meio de transação, representando quase 70% das movimentações em criptoativos no país.
O USDT (Tether) lidera esse segmento, sendo amplamente utilizado por empresas e investidores como reserva de valor e meio de pagamento em transações internacionais.
Tokenização e ETFs
A tokenização de ativos está emergindo como uma das tendências mais promissoras do mercado financeiro brasileiro. Espera-se que classes de ativos como, por exemplo, imóveis, títulos de dívida e commodities tokenizadas se tornem mais acessíveis aos investidores em 2025.
O mercado global de tokenização pode alcançar US$ 16 trilhões até 2030, segundo estimativas do Boston Consulting Group.
No Brasil, especificamente, o crescimento desse setor é impulsionado pela criação de ETFs de criptomoedas e, ainda, pelo avanço da regulamentação do mercado cripto
Isso porque medidas mais rigorosas com relação à fiscalização e à segurança de dados estão tornando o ambiente mais seguro para os investidores institucionais e de varejo, como veremos em seguida.
Regulamentação
A regulamentação do mercado cripto tem avançado rapidamente no Brasil. O Banco Central prorrogou a audiência pública sobre a regulamentação das criptomoedas de 30 de janeiro para 28 de fevereiro, o que demonstra um interesse crescente em criar um arcabouço regulatório robusto para o setor.
Além disso, há uma expectativa, entre o setor, que stablecoins e tokenização de ativos sejam regulamentadas em 2025. Como resultado, essas medidas trariam mais segurança jurídica e institucional para os investidores.
Pix e avanços do Drex

O Pix revolucionou o sistema de pagamentos no Brasil, permitindo transações instantâneas e gratuitas. Agora, o Banco Central está desenvolvendo o Drex, a moeda digital do banco central (CBDC) brasileiro.
O Drex deve ampliar ainda mais a digitalização do setor financeiro. A CBDC poderá facilitar a interoperabilidade entre criptomoedas e o sistema bancário tradicional, impulsionando o uso de ativos digitais no dia a dia da população.
Recentemente, o Drex se tornou alvo de discussões políticas. A deputada federal Júlia Zanatta levantou questionamentos sobre a implementação da CBDC brasileira.
Ela alega que a população não foi consultada para saber se aprova a implementação de uma versão digital do Real. Segundo a deputada, isso pode levar à extinção das cédulas – prejudicando, assim, pessoas que não possuem meios eletrônicos para ter acesso ao dinheiro.
Paralelamente, o também deputado federal, Eduardo Bolsonaro, manifestou publicamente sua oposição ao projeto do Banco Central. Ao contrário de sua colega de parlamento, o deputado diz que a CBDC brasileira deve ser impedida.
Os críticos argumentam que a moeda digital poderia ser utilizada como uma ferramenta de monitoramento excessivo sobre os cidadãos.
No entanto, especialistas destacam que a rastreabilidade do Drex pode ser um avanço positivo para a redução de desvios de verbas públicas, um problema recorrente no Brasil.
A transparência proporcionada pela tecnologia blockchain pode fortalecer os mecanismos de combate à corrupção e, desse modo, garantir um uso mais eficiente dos recursos públicos.
Integração com o comércio
A aceitação de criptomoedas como meio de pagamento tem se expandido no Brasil. Empresas como Mercado Pago lançaram stablecoins próprias, como a Meli Dólar, permitindo que os clientes realizem transações em dólares digitais.
Atualmente, mais de 900 estabelecimentos no país já aceitam pagamentos em criptoativos, abrangendo setores como turismo, moda, cinema e varejo.
Um dos exemplos mais emblemáticos desse movimento é o projeto Bitcoin é Aqui!, que transformou a cidade de Rolante, no Rio Grande do Sul, na mais Bitcoiner do mundo, segundo dados do BTC Map.
O município possui um ecossistema robusto de estabelecimentos que aceitam Bitcoin como forma de pagamento, promovendo a educação financeira sobre criptoativos e estimulando a adoção local.
Em resumo, com um ambiente cada vez mais favorável ao setor, o Brasil está posicionado para se tornar um dos maiores mercados de criptomoedas do mundo em 2025.
Os fatores citados acima contribuem para a formação um ecossistema sólido para o desenvolvimento do setor. Se essas tendências se mantiverem, o país poderá se tornar uma referência global em inovação financeira e adoção de ativos digitais.
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