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A privacidade sempre foi uma das promessas centrais das criptomoedas mas, na prática, nem todas entregam a possibilidade real de negociar anônimo. Além disso, plataformas que exigem selfie, documentos e comprovantes para cadastro são cada vez mais frequentes. Fatores que não apenas ferem o princípio da descentralização, como expõem o usuário a riscos desnecessários.
Com o avanço das regulamentações e vazamentos frequentes de dados, cresce o número de pessoas que buscam alternativas para negociar criptomoedas sem KYC. De DEXs a carteiras não custodiais, o ecossistema cripto oferece hoje soluções robustas para quem quer operar com mais controle e menos exposição.
Neste artigo, você vai entender como negociar criptomoedas anonimamente com segurança, quais plataformas realmente preservam sua identidade e que estratégias usar para manter o anonimato – sem abrir mão da eficiência.
A Privacidade nas Criptomoedas: Mito ou Realidade?
Comprar criptomoedas anonimamente é possível, mas não tão simples quanto parece. A promessa de anonimato total, embora sedutora, esbarra em limitações técnicas, regulatórias e até comportamentais. A verdade é que, na prática, a maioria das transações com criptoativos deixa rastros, mesmo que os usuários não percebam isso de imediato.
Bitcoin é mesmo anônimo?
Você pode até se chocar com a resposta, mas a princípio, o Bitcoin não é uma criptomoeda anônima. Aliás, essa é uma confusão bastante comum com o fato de ser um pseudônimo. Mas, o que isso significa exatamente?
Em suma, que as transações não estão diretamente ligadas ao nome do usuário, mas sim a um endereço alfanumérico que funciona como uma espécie de identidade digital. No entanto, esse nível de privacidade é frágil.
Basta que um único endereço de carteira seja vinculado à sua identidade para que todas as suas movimentações possam ser rastreadas publicamente na blockchain. Isso se dá, por exemplo, em uma compra, saque ou até a exposição descuidada nas redes sociais.
Blockchain é transparente – e isso tem implicações
Na prática, a rede Bitcoin registra todas as transações de forma permanente e pública. Essa é, sem dúvidas, uma vantagem para a segurança da rede. Só que, ao mesmo tempo, torna-se um ponto de atenção para quem não abre mão (mesmo!) da privacidade.
Só para ilustrar, empresas especializadas, como a Chainalysis e a Elliptic, utilizam técnicas de blockchain forensics para identificar padrões, rastrear endereços e vincular carteiras digitais a pessoas físicas.
Isso ficou evidente no caso da investigação do hack da DAO, em 2016. Mesmo após o uso da ferramenta CoinJoin, um mixer de transações feito para embaralhar a origem dos fundos, a Chainalysis conseguiu rastrear os criptoativos e identificar o suposto autor do ataque. A conclusão?
A ação da organização, de fato, não foi de todo nociva. Mas, mostra que o anonimato prometido pelas ferramentas pode falhar, sobretudo se o usuário cometer erros de privacidade. Por exemplo, reutilizar endereços ou revelar sua identidade ao sacar fundos em exchanges com KYC.
O que a Chainalysis representa na rastreabilidade?
Por falar em Chainalysis, a empresa se tornou peça-chave no ecossistema cripto por um motivo: é capaz de conectar os pontos. Em suma, ao combinar análise de blockchain, inteligência artificial e uso de nós “maliciosos” em redes como a do Monero (XMR), a organização coleta dados que ajudam governos, exchanges e instituições financeiras a identificar atividades suspeitas.
Recentemente, um vídeo vazado sugeriu que a Chainalysis estaria rastreando transações do Monero, a propósito, uma das criptomoedas mais focadas em privacidade. Para isso, usaria nós próprios para capturar IPs e carimbos de tempo.
A revelação inevitavelmente colocou em xeque a ideia de que certas moedas seriam 100% irrastreáveis. E até levatou uma questão crucial: o quão anônimo você realmente está ao negociar criptomoedas?
Métodos para Negociar Criptomoedas com Privacidade
Embora o anonimato absoluto seja cada vez mais desafiador, ainda existem meios eficazes de negociar criptomoedas anonimamente (e com segurança). A chave está em escolher estratégias que dispensem KYC, reduzam rastros digitais e priorizem o controle direto dos seus ativos.
Por isso, veja os métodos mais utilizados por quem leva a privacidade a sério no trading de cripto.
1. Peer-to-Peer (P2P)
O método peer-to-peer, ou negociação entre pares, é uma das formas mais tradicionais e eficazes de negociar criptomoedas anonimamente. Em suma, a modalidade consiste em duas pessoas realizarem uma transação diretamente entre si, sem a necessidade de uma exchange centralizada.
Em outras palavras, você entra em contato com um vendedor em uma plataforma P2P, negocia o valor, combina a forma de pagamento e realiza a transação de forma privada. Muitos usuários utilizam aplicativos de mensageria com criptografia (como Signal) para acertar os detalhes.
As melhores corretoras P2P em atuação no país, como a Best Wallet e a Margex, facilitam o encontro entre compradores e vendedores. Na prática, disponibilizam serviços de custódia e reputação, mas sem exigir KYC em muitos casos. Mas, para manter o anonimato, é essencial utilizar carteiras próprias e evitar compartilhamento de dados pessoais.
2. Caixas Eletrônicos (ATMs) São Formas de Negociar Criptomoedas Anônimo
Os caixas eletrônicos de criptomoedas, ou Bitcoin ATMs, são outra opção para negociar criptomoedas com privacidade. Nos locais onde existem, investidores podem comprar (e, em alguns casos, vender) criptoativos com dinheiro vivo, sem a necessidade de criar uma conta ou passar por processos de verificação de identidade.
Por outro lado, o nível de anonimato varia de acordo com o país, o valor da operação e a empresa operadora da máquina. Muitos ATMs impõem um limite para transações sem KYC, geralmente até US$ 900 ou equivalente.
Mas, onde há caixas do tipo para negociar criptomoedas anônimo? No Brasil, cidades como São Paulo têm máquinas da CoinCloud para a compra de Bitcoin e outras criptos com pagamento em reais.
O segredo é escolher ATMs que não peçam número de telefone ou documento de identidade. Além disso, sempre utilizar uma carteira que não esteja vinculada a plataformas centralizadas.
3. Cartões-presente e Dinheiro vivo
Este é um método até desconhecido por parte dos traders, mas até pode ser efetivo. Na prática, trata-se de trocar cartões-presente por criptomoedas, uma alternativa discreta, barata e que geralmente evita qualquer tipo de registro.
A lógica é simples: você compra um cartão (como Amazon, iTunes, Steam, Google Play ou outros) com dinheiro vivo em lojas físicas ou marketplaces. Depois, troca esse voucher por cripto em plataformas especializadas. Como não há vinculação direta à sua identidade, o anonimato é mais preservado, desde que você utilize carteiras privadas.
A prática, a propósito, é comum em fóruns e comunidades P2P, nos quais usuários negociam diretamente. Uma pessoa interessada oferece o cartão-presente válido e recebe BTC, ETH ou stablecoins em troca.
Outra opção é o uso direto de dinheiro em transações face a face, combinadas via grupos no Telegram, Signal ou plataformas descentralizadas. Se bem executado, a negociação permite operar fora do alcance de sistemas KYC, mantendo sua privacidade intacta.
Exchanges Sem KYC: Como Escolher e Usar
As exchanges sem KYC (Know Your Customer) são plataformas que ajudam a negociar criptomoedas anonimamente, pois dispensam a verificação de identidade do usuário. Diferente das corretoras tradicionais, oferecem mais privacidade e agilidade no cadastro, embora também exijam mais atenção aos riscos envolvidos.
A seguir, explicamos os tipos de exchanges, suas diferenças e o que considerar antes de escolher onde negociar criptomoedas de forma anônima com segurança.
CEX vs DEX vs P2P
Na hora de escolher uma plataforma para negociar criptomoedas anônimo, é fundamental entender a diferença entre CEX (centralizadas), DEX (descentralizadas) e exchanges P2P (peer-to-peer). Cada uma oferece vantagens e desvantagens quando o assunto é privacidade, praticidade e controle dos fundos.
Comparativo entre tipos de exchanges
A tabela abaixo traz algumas das características, prós e contras de cada tipo de corretora, inclusive no quesito regulatório. Ainda, qual é mais indicada conforme o perfil de investidor.
Tipo de Exchange | Exemplos | Vantagens Principais | Desvantagens | Ideal para… |
---|---|---|---|---|
CEX | BloFin, KCEX, BingX | Alta liquidez, derivativos, ferramentas de trading | Custódia dos fundos, limites sem KYC, risco regulatório | Traders ativos que buscam agilidade |
DEX | Uniswap, 1inch, via Exodus | Controle total, sem custódia, alto grau de anonimato | Interface mais técnica, menor liquidez em pares menos comuns | Usuários avançados e focados em privacidade |
P2P | Bisq, AgoraDesk, HodlHodl | Anonimato máximo, pagamento flexível, negociação direta | Risco de golpes, ausência de suporte tradicional | Quem prioriza anonimato e flexibilidade |
Critérios para Avaliar uma Exchange Sem KYC
Negociar criptomoedas anônimo não é apenas escolher a plataforma “menos exigente”. Pelo contrário, o investidor deve se atentar a critérios importantes para equilibrar privacidade, segurança e funcionalidade. Abaixo, explicamos os principais:
Segurança
Mesmo sem KYC, a proteção dos seus fundos deve ser prioridade. Por isso, verifique se a exchange utiliza práticas como armazenamento em carteiras frias (cold wallets), autenticação em dois fatores (2FA), monitoramento contra fraudes e histórico limpo de ataques. Plataformas como BloFin e Best Wallet se destacam nesse quesito, mesmo operando com menos burocracia.
Liquidez e Pares de Negociação
A liquidez garante que sua ordem seja executada rapidamente e com preço justo. Então, sempre cheque o volume diário de negociação e a variedade de pares oferecidos. Exchanges como KCEX normalmente apresentam alto volume e centenas de ativos disponíveis, o que facilita o trading anônimo com mais opções.
Taxas e Limites Influenciam ao Negociar Criptomoedas Anônimo
Antes de transferir seus ativos, avalie a estrutura de taxas da exchange. Algumas oferecem fee zero para makers, enquanto outras cobram até 0,25% por transação. Além disso, entenda os limites de saque sem KYC. Há plataformas que liberam até 1 BTC/dia, quantidade suficiente para a maioria dos usuários.
Interface e Recursos
Uma boa experiência de uso também conta. Se você está começando, exchanges com interface intuitiva, como a Best Wallet, são boas opções. A plataforma também vale para usuários mais experientes que geralmente buscam ferramentas avançadas. Por exemplo, bots de trading, copy trading e gráficos avançados. São recursos presentes também na BloFin e Margex e que fazem a diferença nas transações.
Top 5 Plataformas para Negociar Anonimamente
A seguir, você confere as cinco melhores plataformas que permitem trading e gestão de ativos com foco total em privacidade e autonomia.
1. Best Wallet: Plataforma Mais Recomendada para Quem Quer Negociar Criptomoedas Anônimo
A Best Wallet é hoje uma das principais opções para comprar e negociar criptomoedas sem KYC. Com aplicativo disponível para iOS e Android, a plataforma integra uma exchange descentralizada própria (Best DEX). Ademais, é uma carteira não custodial, ou seja, os fundos permanecem sob total controle do usuário, desde o primeiro momento.
Ao criar a conta, o usuário não precisa fornecer qualquer dado pessoal. Basta configurar um PIN ou autenticação biométrica para começar a usar a carteira.
Mas, qual a vantagem de adotar a Best Wallet? A princípio, a carteira agrega liquidez de diferentes DEXs, então propicia taxas competitivas e execuções rápidas. Além disso, suporta mais de 60 blockchains, incluindo Ethereum, BNB Chain, Polygon e Solana, além do token nativo, o $BEST. Seus detentores, a propósito, dispõem de condições exclusivas de negociação.
Com interface amigável, oferece uma experiência fluida para iniciantes e usuários avançados.
Principais destaques da Best Wallet:
- Carteira cripto não custodial, segura e sob controle exclusivo do usuário
- Suporte a mais de 60 blockchains, incluindo tokens ERC-20
- Trocas entre cadeias via DEX com roteamento automático para melhores taxas
- Compra, envio, troca e venda de criptoativos direto no app, sem burocracia
- Funcionalidade multiwallet para gerenciamento de portfólio
- Integração com Web3 e compatibilidade com Wallet Connect
- Segurança reforçada com autenticação multifatorial e criptografia avançada
- Benefícios para quem mantém o token $BEST, como taxas reduzidas nas operações
- Roadmap com novas funcionalidades previstas, como análise de tokens e acesso a ICOs exclusivas
2. Margex: Privacidade e Taxas Reduzidas na Negociação Anônima de Criptomoedas
A Margex é uma das corretoras sem KYC mais populares entre traders que, além da privacidade, fazem questão de ter acesso a funcionalidades avançadas. Com mais de 500 mil usuários ativos, a plataforma dá suporte ao trading alavancado de Bitcoin e outras criptomoedas. As operações ainda têm taxas bastante competitivas de, em média, 0,06%.
Além disso, o processo de registro é simples, uma vez que também não exige verificação de identidade. Assim, é possível começar a negociar em poucos minutos.
Seu maior diferencial entretanto está no mercado de futuros perpétuos. A Margex oferece alavancagem de até 100x para ativos como Bitcoin, Ethereum e BNB, e até 50x para outras altcoins.
A corretora também inclui recursos de copy trading. Em suma, a prática permite aos usuários replicarem automaticamente as estratégias de traders mais experientes. Para quem acaba de se registrar, o código MARGEXBONUS oferece bônus de 20% sobre o primeiro depósito a partir de 100 dólares.
Principais destaques da Margex:
- Trading alavancado com suporte a futuros perpétuos e posições longas ou curtas
- Copy trading integrado para replicar estratégias de investidores experientes
- Taxas competitivas, com média de 0,06% por operação
- Registro rápido e negociação sem necessidade de KYC
- Interface profissional com foco em performance para traders ativos
3. BloFin: Compra Imediata de Ativos e Anonimato
Além de uma corretora sem KYC, a BloFin é uma plataforma que foca na praticidade. Tanto que um de seus principais atrativos é permitir a compra imediata de Bitcoin e Ethereum com cartão de débito ou crédito, sem burocracia. O comprador conclui a transação em poucos minutos e transfere os ativos diretamente para sua conta. Ou, se preferir, pode retirá-los para a carteira privada sem verificação de identidade.
Além das compras diretas, a plataforma disponibiliza negociação de mais de 300 ativos digitais, por exemplo, Solana, Shiba Inu, Cardano, Chainlink e Dogecoin. Quem tem mais experiência de mercado pode aproveitar a opção de operar futuros com alavancagem de até 150x.
As taxas embutidas nas compras com cartão são competitivas, enquanto no mercado spot a BloFin cobra apenas 0,1% por operação, tanto para makers quanto para takers.
Principais destaques da BloFin:
- Compra rápida de cripto com cartão de crédito ou débito, sem KYC
- Suporte a mais de 300 pares de negociação no mercado spot
- Alavancagem de até 150x para futuros, ideal para traders avançados
- Taxas transparentes: 0,1% por operação no mercado spot
- Interface moderna e processo de saque simplificado para carteiras externas
4. KCEX: Acessibilidade ao Negociar Criptomoedas Anônimo
Lançada em 2023, a KCEX é uma exchange centralizada que rapidamente conquistou espaço entre as corretoras sem KYC mais acessíveis do mercado. Com foco em usabilidade e taxas atrativas, a plataforma facilita a negociação anônima de criptomoedas sem abrir mão de uma boa infraestrutura.
Só para ilustrar, a KCEX oferece suporte ao mercado spot e à negociação de contratos futuros, com alavancagem de até 100x. Além disso, possui uma estrutura diferenciada de taxas: 0% para makers e compras spot, e 0,02% para takers no mercado de futuros.
Ainda que não ofereça recursos como staking ou ferramentas de trading avançado, a exchange compensa com uma interface moderna, suporte multilíngue 24/7 e armazenamento 100% em carteiras frias.
Principais destaques da KCEX:
- Interface simples e acessível para iniciantes
- Ampla variedade de criptomoedas e pares de negociação
- Taxas muito competitivas: 0% para makers e spot
- Suporte ao cliente em tempo integral e em vários idiomas
- Armazenamento seguro com carteiras frias
- Promoções e bônus frequentes para novos usuários
5. Bitunix: especializada em derivativos e contratos futuros de criptomoedas
Por fim, a Bitunix é uma corretora sem KYC especializada em derivativos e contratos futuros de criptomoedas. A plataforma tem, hoje, mais de 1,3 milhão de usuários em mais de 100 países, e volume de negociação que ultrapassa US$ 1 bilhão por dia. Não à toa, consolidou-se como referência nas alavacangens em ambientes de alta liquidez.
A princípio, o portfólio da exchange inclui mais de 200 pares de negociação com ativos como Bitcoin, Ethereum e diversas altcoins. A Bitunix se destaca também pelo suporte nativo em português, o que a torna ainda mais atrativa para investidores brasileiros.
Em termos de segurança, a plataforma emprega autenticação de dois fatores (2FA) e armazena os fundos dos usuários em carteiras frias. Ou seja, prioriza a proteção contra ameaças externas.
Principais destaques da Bitunix:
- Foco em negociação de contratos futuros com alavancagem de até 125x
- Mais de 200 pares disponíveis com suporte a grandes e pequenas criptomoedas
- Taxas competitivas: 0,08% para makers e 0,10% para takers
- Interface disponível em português, ideal para o público brasileiro
- Segurança reforçada com autenticação 2FA e cold storage
- Suporte global com atendimento 24/7
Plataforma | KYC obrigatório? | Suporte a Monero? | Nível de privacidade | Destaques |
---|---|---|---|---|
Best Wallet | Não | Não informado | Alto – carteira não custodial e sem registro | Carteira não custodial, suporte multi-chain, DEX integrada |
Margex | Não | Não | Médio – foco em trading alavancado sem KYC | Futuros perpétuos, copy trading, alavancagem até 100x |
BloFin | Não para compra com cripto | Não | Médio – compra com cartão sem KYC, mas com taxas embutidas | Compra com cartão, mais de 300 ativos, saque direto |
KCEX | Não | Não | Médio – interface simples, sem KYC, mas centralizada | Taxas zero para makers, até 100x de alavancagem |
Bitunix | Não | Não | Médio – derivativos sem KYC, com autenticação opcional | Interface em português, mais de 200 pares, até 125x de alavancagem |
Estratégias para Aumentar o Nível de Anonimato ao Negociar Criptomoedas
Mesmo ao usar plataformas sem KYC, manter um alto grau de privacidade nas transações cripto exige mais do que apenas escolher a exchange certa. A forma como você se conecta à rede, gerencia seus ativos e realiza transações pode ampliar – ou comprometer – seu anonimato.
Por isso, conheça três estratégias fundamentais para negociar criptomoedas anonimamente com mais segurança.
Carteiras privadas
Carteiras privadas, ou non-custodial wallets, são aquelas em que o usuário detém total controle sobre suas chaves privadas. Isso significa que nenhuma entidade centralizada pode acessar, congelar ou rastrear diretamente os ativos.
Essas carteiras normalmente não exigem cadastro, o que torna seu uso essencial para quem busca anonimato real nas negociações. Portanto, são soluções que atendem sobretudo usuários que focam na privacidade.
Só para exemplificar, costumam oferecer recursos como controle de UTXOs, suporte a CoinJoin e ferramentas de anonimização de transações. Quando o usuário as associa a boas práticas de uso, as carteiras ajudam a mantê-lo usuário fora do radar de análises on-chain.
VPN, Tor e navegadores ajudam a negociar criptomoedas anônimo
A conexão com a internet é outro ponto crítico quando o objetivo é negociar criptomoedas anônimo. Ferramentas como VPNs e o navegador Tor ocultam o endereço IP e dificultam o rastreamento da localização real do usuário. Ou, ainda, a associação com provedores de internet.
São estratégias de proteção digital importantes quando se trata de acessar plataformas descentralizadas ou realizar negociações peer-to-peer.
Mixers e ferramentas de privacidade
Mixers são serviços que embaralham criptomoedas entre vários usuários. Assim, dificultam a identificação do remetente e do destinatário. Sim, são um tanto quanto polêmicos, mas ainda assim, ferramentas legítimas para proteger dados financeiros. Serviços como CoinJoin, Whirlpool (Samourai Wallet) e Tornado Cash (para Ethereum) foram criados com o propósito de ampliar a privacidade on-chain.
Ok, mas como funcionam? Primeiro, você envia seus fundos para o mixer que, então, redistribui os valores de forma fragmentada e misturada entre diversas carteiras. A tática torna quase impossível traçar o caminho original.
Contudo, é importante lembrar que, para os sistemas funcionarem corretamente, é fundamental evitar práticas como a reutilização de endereços. Além disso, garantir que os fundos não sejam reconectados a dados pessoais em etapas futuras da transação, como saques em exchanges centralizadas.
Riscos e Cuidados ao Negociar Criptomoedas Anônimo
Negociar criptomoedas anonimamente pode parecer uma solução ideal pela privacidade. Mas, como tudo na vida, a liberdade vem acompanhada de responsabilidades.
Ao evitar KYC e operar fora de plataformas tradicionais, o usuário também se expõe a riscos específicos, desde golpes e taxas ocultas até problemas de liquidez e suporte.
Por isso, explicamos os principais pontos de atenção para manter sua negociação segura e eficiente.
Golpes em ambientes P2P e DEX
Plataformas sem KYC atraem não apenas usuários legítimos, mas também golpistas. Em ambientes P2P, é comum encontrar fraudes relacionadas a pagamentos reversíveis, como transferências bancárias canceladas ou cartões clonados. Já em DEXs, golpes mais sofisticados envolvem tokens falsos, smart contracts maliciosos e ataques de phishing.
Na prática, quem negocia diretamente com desconhecidos deve sempre optar por plataformas com reputação consolidada, utilizar serviços de custódia quando possível e nunca compartilhar dados pessoais. Além disso, evitar links enviados por terceiros, verificar duas vezes os endereços de carteira e usar autenticação multifatorial são precauções básicas que ajudam a reduzir o risco de perdas.
Taxas ocultas e desvantagens operacionais
Negociações sem KYC muitas vezes envolvem taxas que não aparecem à primeira vista. DEXs e serviços como mixers, por exemplo, embutem taxas de swap, de rede e de liquidez que podem encarecer transações pequenas. Ademais, carteiras privadas exigem atenção à taxa de gás, que pode variar drasticamente de uma blockchain para outra.
Então, para evitar surpresas, o ideal é utilizar simuladores de transação. A propósito, algumas carteiras e DEXs disponibilizam a ferramenta. Também é importante sempre revisar os detalhes antes de confirmar qualquer operação.
Em compras com cartão, é fundamental considerar que o valor pago pode incluir margem de lucro da plataforma e taxas de processamento. O que consequentemente eleva o custo real da negociação.
Problemas de liquidez em plataformas menores
Ao negociar criptomoedas anonimamente em plataformas descentralizadas ou exchanges emergentes, um dos desafios mais comuns é a liquidez limitada. Trata-se da dificuldade em encontrar compradores ou vendedores no momento desejado, o que acaba por gerar atraso na execução da ordem ou preços desfavoráveis.
Para contornar o problema, uma dica é dividir transações maiores em blocos menores e dar preferência a pares com maior volume. Em plataformas como a Margex ou a Bitunix, ambas com boa liquidez mesmo sem KYC, a execução tende a ser mais rápida. Algo que se observa principalmente nos pares mais populares, como BTC/USDT e ETH/USDT.
Considerações Finais sobre Negociar Criptomoedas Anônimo
Negociar criptomoedas anonimamente é possível, mas exige conhecimento, preparo e responsabilidade. Plataformas sem KYC, carteiras não custodiais, redes privadas e boas práticas de segurança formam a base para operar com mais privacidade. No entanto, como mostramos ao longo deste artigo, o anonimato não é absoluto e cada escolha envolve riscos e compensações.
Portanto, antes de entrar de cabeça na negociação sem KYC, avalie suas necessidades, entenda seu perfil e escolha ferramentas que ofereçam o equilíbrio ideal entre liberdade, segurança e eficiência. A privacidade é um direito, mas também uma estratégia.
Perguntas Mais Frequentes Sobre Negociar Criptomoedas Anônimo
FAQs
Como posso comprar criptomoedas de forma anônima?
Você pode comprar usando P2P, caixas eletrônicos de Bitcoin, cartões-presente ou exchanges sem KYC. Para manter o anonimato, prefira carteiras privadas e redes seguras como VPN ou Tor.
O que é uma exchange anônima de criptomoedas?
São plataformas que permitem comprar, vender ou negociar criptomoedas sem exigir documentos ou verificação de identidade. DEXs e carteiras com swap integrado são os exemplos mais comuns.
Bitcoin pode ser rastreado?
Sim. As transações são públicas e registradas na blockchain. Mesmo sem nome, os endereços podem ser associados à sua identidade com análise on-chain ou uso indevido.
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