Hoje em dia, no ecossistema Ethereum, as melhores carteiras ERC20 são peças-chave. Afinal, esses ativos digitais, que vão de stablecoins a tokens DeFi, movimentam bilhões de dólares todos os dias.

Com milhões de tokens ERC20 em circulação, porém, a segurança no armazenamento tornou-se indispensável. Até porque casos de ataques hackers e perdas significativas vêm se tornando recorrentes nos últimos anos. Portanto, guardar tokens em uma carteira confiável e bem protegida é fundamental.

Pensando nisos, neste artigo explicamos tudo o que você precisa saber sobre carteiras ERC20. Veja, portanto, o que elas são, como funcionam e as melhores estratégias para manter seus tokens seguros. Boa leitura!

Melhores Carteiras ERC20 em 2025

  • Best Wallet – Completa, moderna, ideal para staking e trading;
  • Ledger Nano S Plus – Foco em segurança física;
  • MetaMask – Popular e bem integrada;
  • MyEtherWallet – Tradicional e open source;
  • Trust Wallet – Multiativos, app sólido e fácil;
  • Trezor Safe 5 – Top de linha em cold storage.

O que é uma Carteira ERC20?

Entenda o que é e como funciona o ERC20

No Ethereum, ERC20 é o padrão de criação de tokens fungíveis. Em outras palavras, trata-se de um conjunto de regras que define como novos tokens devem se comportar na blockchain. Isso fez do ERC20 o padrão mais adotado para criptomoedas construídas sobre Ethereum.

Enquanto o Ether (ETH) é a moeda nativa do Ethereum, qualquer outro token emitido na rede costuma seguir o padrão ERC20. Graças a essa padronização, carteiras e aplicativos conseguem suportar facilmente uma enorme variedade de tokens. Aliás, existem milhões de tokens ERC20 abrangendo vários nichos possíveis.

Isso inclui, por exemplo, moedas estáveis como USDT, até tokens de exchanges descentralizadas e memecoins. Diante dessa diversidade, há diferentes razões para utilizar uma carteira específica para ERC20. Primeiro, a carteira garantirá compatibilidade total com o padrão ERC20, exibindo corretamente seus saldos e permitindo transferências sem complicações.

Além disso, todas as suas tokens ERC20 ficam sob um único endereço Ethereum, o que simplifica o gerenciamento. Por fim, usar uma carteira não custodial própria permite que o investidor controle exclusivamente suas chaves privadas. Isso significa maior segurança e autonomia, pois os tokens não ficam expostos a falhas de terceiros.

Como escolher a melhor carteira ERC20?

Hoje em dia, o que não falta no mercado são opções de carteiras para escolher. Nesse sentido, analisar alguns critérios pode ser fundamental para uma escolha segura. Pensando nisso, detalhamos aspectos em que, na nossa avaliação, são cruciais para definir a melhor carteira ERC20.

Segurança

Inicialmente, é importante analisar as medidas de proteção que a carteira pretendida oferece. Portanto, avalie se você é o único que tem acesso às chaves (se é carteira não custodial). Além disso, verifique se há recursos como autenticação de dois fatores (2FA) ou biometria, por exemplo.

Vale pontuar também se a carteira ERC20 permite backup seguro da frase de recuperação. Nesse sentido, carteiras físicas (hardware wallets) são muito seguras, uma vez que as chaves são mantidas offline. Logo, o risco de ataques hackers são praticamente nulos.

Já as carteiras quentes (hot wallets) oferecem mais praticidade, embora sejam mais frágeis em relação à sua segurança. Assim, para minimizar eventuais riscos, é essencial garantir que haja recursos extras, tais como senha, encriptação local das chaves, entre outras funcionalidades.

Praticidade

Além de segura, uma boa carteira também deve apresentar uma interface intuitiva e amigável. Afinal, dessa forma tanto usuários iniciantes, quanto profissionais, podem ter uma vida mais fácil. Nesse sentido, vale a pena notar se a carteira está disponível em português.

Outro aspecto é verificar se o aplicativo é bem organizado e se é simples enviar ou receber tokens. A compatibilidade multiplataforma também conta. Ademais, ter um aplicativo móvel (Android/iOS), versão de desktop ou extensão para navegadores pode tornar a experiência mais fluida.

Recursos extras

Muitas carteiras vão além do básico de guardar e transferir tokens. Justamente por isso, considere o que mais você pode precisar, como:

  • Swap de tokens dentro da própria carteira;
  • Compra de cripto com dinheiro fiat (cartão de crédito ou Pix);
  • Staking de Ethereum ou outros tokens;
  • Conexão direta com dApps.

Por exemplo, algumas carteiras permitem comprar ETH ou USDT, diretamente no app usando cartão ou Pix. Outras, por sua vez, têm exchanges descentralizadas integradas para converter tokens instantaneamente. Portanto, são funcionalidades adicionais que podem facilitar sua vida.

Reputação

Por fim, também é importante verificar a reputação da empresa e o feedback de sua comunidade. Em geral, ter avaliações positivas nas lojas de aplicativos, por exemplo, pode indicar confiabilidade. O mesmo se aplica às carteiras que têm um longo histórico no mercado.

Ademais, opções com uma comunidade ativa de desenvolvedores e usuários inspiram mais confiança. Sobretudo se forem projetos de código aberto, já que nesse caso o código é auditável por terceiros.

Melhor carteira ERC20 em 2025 – ranking atualizado

Com base nos critérios acima, fizemos uma seleção das carteiras ERC20 com maior destaque em 2025 — na opinião do nosso time editorial. A seguir, apresentamos cada carteira, seus prós e contras e principais características:

Best Wallet – Completa, moderna, ideal para staking e trading

Imagem com a pagina inicial da carteira Best Wallet

Após uma análise Best Wallet, descobrimos que ela se posiciona entre as melhores carteiras ERC20 2025. Disponível para Android e iOS, a carteira é mobile e não custodial, sendo também segura e recheada de funcionalidades interessantes. Por ser não custodial, as chaves privadas ficam somente com o usuário, o que gera um controle total sobre os tokens.

Além disso, a Best Wallet oferece suporte para mais de 60 redes diferentes, além do Ethereum. Só para exemplificar, isso inclui opções como Bitcoin, BNB Chain, Polygon, Solana, Cardano, Litecoin, entre outras. Portanto, além de gerenciar tokens ERC20, é possível controlar muitos outros ativos, sem precisar de múltiplas carteiras.

Outro destaque é a interface amigável e recursos integrados de investimento. A Best Wallet permite comprar e vender criptomoedas diretamente no app – inclusive tokens ERC20 populares – usando cartão de crédito e outros métodos. Ademais, não se exige verificação de identidade (KYC) em transações de menor valor.

Prós

  • Aplicativo fácil de usar, com recursos extras e compatibilidade com tokens personalizados;
  • Compra/venda integrada de cripto com reais ou dólar (via cartão ou Pix);
  • Nenhuma informação pessoal é exigida para criar a carteira;
  • Suporte a mais de 60 redes além do Ethereum.

Contras

  • Por ser uma carteira mobile, pode ficar exposta se o dispositivo for comprometido;
  • Sendo uma carteira relativamente nova, alguns recursos ainda podem ser desenvolvidos.
Visite a Best Wallet

Ledger Nano S Plus – Foco em segurança física

Ledger Nano S Plus é uma Hardware Wallet compatível com ERC20

O Ledger Nano S Plus é uma opção da Ledger, que é um dos fabricantes líderes de carteiras físicas de criptomoedas. Esse dispositivo de hardware oferece armazenamento a frio seguro para tokens ERC20 e centenas de outras criptomoedas. Isso se dá, basicamente, pois as chaves privadas são geradas e mantidas dentro do dispositivo.

Ou seja, como nunca são expostas à internet, elimina-se o risco de ataques hackers, por exemplo. Sem contar que é preciso confirmar fisicamente no aparelho — pressionando seus botões — quaisquer transações. Portanto, não há o risco de que ocorram transações não autorizadas.

Em termos de compatibilidade, essa também é uma carteira multi-moedas completa. Afinal, além de Ethereum e todos os tokens ERC20, o Ledger suporta ativos como Bitcoin, XRP, Solana, Dogecoin, entre muitos outros. Ademais, vale citar que a Ledger usa um chip seguro certificado e sistemas auditados, o que reforça sua reputação em segurança.

Prós

  • Empresa consolidada no mercado, com atualizações frequentes de firmware e suporte ativo;
  • Suporte para milhares de criptomoedas além de ERC20, incluindo Bitcoin, XRP, Solana;
  • Comparado a outros hardware wallets, o preço do dispositivo é bastante acessível;
  • Máxima segurança, pois as chaves ficam offline no dispositivo.

Contras

  • Embora relativamente barato para um hardware wallet, ainda representa uma despesa inicial;
  • Diferentemente de modelos como o Ledger Nano X, não possui conexão Bluetooth.

Imagem da interface do Metamask, uma carteira de criptomoedas que serve como portal para aplicativos blockchain, com mais de 100 milhões de usuários.

O MetaMask é uma das carteiras Ethereum mais populares do mundo. Não custodial e de uso gratuito, ao instalar a carteira, os usuários criam uma senha local e recebem uma seed phrase de 12 palavras para backup. A partir daí, um endereço Ethereum único é gerado, possibilitando o envio, recebimento e armazenamento de tokens ERC20 nesse endereço.

Uma das grandes forças do MetaMask é ser porta de entrada para o universo DeFi e dApps. Como extensão do navegador, ele se conecta automaticamente a sites e aplicativos descentralizados. Basta aprovar a conexão, permitindo uso de forma integrada e segura, de exchanges descentralizadas, protocolos de empréstimo, jogos NFT, etc.

Em termos de segurança, o MetaMask armazena a chave criptografada no dispositivo e confia na senha do usuário. Contudo, a plataforma não possui 2FA, sendo que a proteção advém principalmente dos cuidados do usuário. Por exemplo: não expor a seed e evitar sites maliciosos). Por outro lado, o código do MetaMask é amplamente disponível e auditado, reforçando sua confiabilidade ao longo dos anos.

Prós

  • Compra de criptomoedas com fiat (via terceiros), integração com serviços de staking e muitos outros recursos adicionais;
  • Enorme base de usuários e compatibilidade Web3;
  • A interface é simples para operações básicas;
  • Código aberto e amplamente auditado.

Contras

  • Não oferece 2FA nativamente, então se alguém obtiver sua senha e seed, pode roubar os fundos;
  • Por ser um hot wallet, está conectado à internet e suscetível a ataques de phishing e malware.

MyEtherWallet – Tradicional e open source

MyEtherWallet é uma carteira ERC20 open source

O MyEtherWallet (MEW) é uma carteira veterana no ecossistema Ethereum. Surgiu em 2015 como uma das primeiras interfaces web para criação de carteiras Ethereum e continua evoluindo. Tanto é que hoje oferece uma interface web e aplicativos móveis para dispositivos Android e iOS.

Focada em ERC20 e na rede Ethereum, a carteira serve como uma solução especializada para quem lida principalmente com tokens dessa rede. Ela suporta tokens ERC20 e NFTs padrão ERC-721, permitindo visualizar seus colecionáveis e tokens DeFi no mesmo app. No aplicativo móvel, vale notar que a experiência é não custodial e amigável.

Ou seja, o usuário obtém sua seed phrase de 24 palavras ao criar a carteira. Então, ele pode protegê-la com senha e biometria no celular. O MEW também se integra com WalletConnect, possibilitando conexão com aplicativos descentralizados via QR code de forma simples.

Para quem prefere usar no desktop, o MyEtherWallet oferece uma interface web que pode ser usada com hardware wallets. A empresa também desenvolveu uma extensão chamada Enkrypt, que expande o suporte para outras redes além do Ethereum. Porém, esse é um recurso opcional para usuários mais avançados.

Prós

  • Permite usar Ledger/Trezor para assinar transações, já que é integrado com hardware wallets;
  • É uma das primeiras carteiras Ethereum, com longo histórico e ampla credibilidade;
  • Aplicativo mobile com ótimas avaliações nas lojas oficiais Android e iOS;
  • Suporte nativo a NFTs Ethereum.

Contras

  • Não há uma versão desktop dedicada, assim, no computador é acessível via web, o que aumenta o risco de phishing;
  • Por oferecer suporte limitado a outras redes, não é a escolha ideal para quem possui ativos em blockchains distintas.

Trust Wallet – Multiativos, app sólido e fácil

Trust Wallet é compatível com ERC20

A Trust Wallet é uma carteira móvel multi-cripto que ganhou enorme popularidade desde seu lançamento em 2017. Hoje, ela se destaca como uma das carteiras mais versáteis, suportando mais de 100 blockchains diferentes e milhões de ativos. Praticamente qualquer criptomoeda conhecida é suportada pela Trust Wallet:

  • Ethereum e todos os tokens ERC20;
  • Bitcoin;
  • BNB Smart Chain;
  • Litecoin;
  • Dogecoin;
  • Ripple;
  • Tokens da rede TON e muito mais.

Essa lista extensa é um dos principais diferenciais da plataforma. Afinal, usuários com portfólios diversificados podem centralizar tudo numa só carteira. A interface do app (Android/iOS) é simples e organizada de forma amigável. Portanto, é simples encontrar a lista de ativos ou fazer staking, por exemplo — mesmo sendo iniciante.

Entre os recursos extras, a Trust Wallet possui um navegador dApp embutido (no Android) que permite acessar sites Web3 dentro do app. Oferece também compra de criptomoedas via cartão de crédito e Pix, direto no app. No quesito segurança, além da seed e PIN, a carteira permite proteger o app com biometria e as chaves privadas ficam encriptadas no dispositivo do usuário.

Prós

  • Suporte praticamente universal a criptoativos, haja vista que é possível guardar quase todos os ativos disponíveis;
  • Não exige cadastro e as chaves ficam no dispositivo dos usuários, protegidas por senha ou biometria;
  • Permite comprar cripto, trocar tokens por meio de DEX integrada e fazer staking de ativos suportados;
  • Não é necessário adicionar redes manualmente, pois tudo já vem pré-configurado.

Contras

  • Ao usar o conversor interno de tokens ou compras pelo app, as cotações podem incluir spreads e taxas adicionais não tão transparentes;
  • Apesar de segura para uma hot wallet, falta um fator extra de autenticação além do PIN/biometria.

Trezor Safe 5 – Top de linha em cold storage

Trezor Safe 5 é uma cold wallet compatível com ERC20

Por fim, o Trezor Safe 5 é mais uma opção dentre as melhores carteiras ERC20. Aliás, o dispositivo faz parte da nova geração de hardware wallet da Trezor, que é uma empresa renomada por fabricar as primeiras carteiras físicas de Bitcoin. Lançado recentemente, o Safe 5 traz melhorias significativas em relação aos modelos anteriores.

Como hardware wallet, o Trezor Safe 5 mantém as chaves privadas armazenadas offline no dispositivo. Ele suporta Ethereum e todos os tokens ERC20, além de uma ampla gama de outras redes. Isso inclui o Bitcoin, Cardano, Dogecoin, XRP, e diversos padrões de token em diferentes blockchains.

A conexão do Safe 5 é feita via cabo USB-C ao computador (ou smartphone Android) utilizando o software Trezor Suite. Esse software permite gerenciar os ativos, enviar/receber criptos e até comprar criptomoedas no Brasil via parceiros. Por questões de segurança, em caso de perda ou dano, o dispositivo pode ser recuperado através da sua secret passphrase.

Prós

  • Há suporte multi-chain extenso. Ou seja, é possível guardar não apenas ERC20, mas milhares de outras moedas e tokens de diversas blockchains;
  • Assim como o Ledger, mantém chaves fora da internet, e a Trezor é pioneira em implementar código aberto no firmware de hardware wallets;
  • O Safe 5 facilita verificar endereços e valores na própria tela do dispositivo, reduzindo risco de erro;
  • Se perder o dispositivo, basta usar a frase-secreta em um novo Trezor ou carteira compatível.

Contras

  • Seu preço pode ser considerado elevado para muitos usuários, especialmente considerando que há alternativas mais baratas;
  • Comprar tokens diretamente pelo Trezor Suite pode incorrer em taxas um pouco mais elevadas.
Visite a Trezor

Melhores carteiras ERC20: tabela comparativa

Agora você já sabe quais são as melhores carteiras ERC20. Entretanto, caso ainda esteja em dúvidas sobre qual escolher, trouxemos detalhes na tabela comparativa abaixo com um resumo das principais características de cada uma.

Carteira

Tipo Custódia Suporte a multiativos App Móvel Código Aberto

Taxas/Custo

Best Wallet Software (mobile) Não-custodial Aproximadamente 60 redes suportadas (ETH, BSC, Polygon etc.) Sim (Android/iOS) Parcial (plataforma fechada) Grátis (sem custódia); taxas apenas em compras/swaps opcionais
Ledger Nano S Plus Hardware (cold wallet) Não-custodial Mais de 1800 criptoativos (ERC20, BTC, altcoins) Não (usa app Ledger Live em PC/celular) Parcial (firmware proprietário) US$ 79 (dispositivo); uso sem taxas além das de rede
MetaMask Software (extensão/web & app) Não-custodial Redes Ethereum e EVM (BEP20, Polygon, Arbitrum, etc) Sim (extensão e Android/iOS) Sim (código aberto parcial) Grátis, mas pode haver taxas em swaps internos (opcional)
MyEtherWallet Software (web & mobile) Não-custodial Foco em Ethereum (ERC20 e NFTs) Sim (Android/iOS) Sim (código aberto) Grátis; sem cobranças, exceto taxas da rede Ethereum
Trust Wallet Software (mobile & ext.) Não-custodial Mais de 100 redes (multi-chain abrangente) Sim (Android/iOS; extensão) Sim (código aberto) Grátis; compras/swap via app têm spread/ônus embutido
Trezor Safe 5 Hardware (cold wallet) Não-custodial Mais de 1.000 criptoativos (BTC, ETH/ERC20, ADA etc.) Não (uso via Trezor Suite no PC) Sim (firmware aberto) US$ 169 (dispositivo); nenhum custo de uso além da rede

Armazenamento custodial ou não custodial para tokens ERC20

Basicamente, carteiras não custodiais, ou de autocustódia, são aquelas em que somente o usuário detém suas chaves privadas. Portanto, o controle total dos fundos fica a cargo dos próprios usuários. Porém, na prática, isso significa que a segurança depende exclusivamente dos próprios usuários.

Na prática, a carteira irá fornecer uma frase de recuperação que dá acesso aos ativos, e ninguém além de você possui essa informação. Os tokens ficam registrados na blockchain sob seu endereço, e a carteira é apenas a interface para acessá-los. Portanto, a maior vantagem é a descentralização e a autonomia, além de não haver riscos como bloqueios.

Por outro lado, a desvantagem é a responsabilidade total. Isso porque, se o usuário perder sua seed phrase e backups, não há a quem recorrer para recuperar o acesso. Também é dever do usuário proteger o dispositivo contra malware e seguir boas práticas de segurança.

As carteiras de custodiais, por sua vez, são dispositivos onde um terceiro guarda as chaves privadas em nome dos usuários. Geralmente isso se dá por meio de uma exchange ou empresa, como é o caso da Binance. Assim sendo, ao deixar seus tokens ERC20 na exchange após comprá-los, eles são armazenados em uma carteira custodial.

Portanto, a empresa tem controle técnico sobre os ativos e “promete” devolvê-los quando as retiradas são solicitadas. A principal vantagem, nesse caso, é a comodidade, afinal, caso a senha seja perdida, é possível redefini-la facilmente. Em caso de problemas, também dá para acionar o suporte ao cliente e toda gestão de segurança é feita pela empresa.

A principal desvantagem é que, nesse caso, existe um risco elevado de ataques hackers. Também podem ocorrer eventuais congelamentos, fraudes e até mesmo a falência da empresa, resultando na perda dos ativos.

Prós e contras

Não Custodial

  • Prós: autonomia total; privacidade (não exige documentos); interação direta com DeFi e dApps; não depende de terceiros para usar fundos.
  • Contras: usuário é 100% responsável por backups e segurança; se esquecer a seed, perdeu acesso; interface pode ser mais complexa que custodial.

Custodial

  • Prós: recuperação de acesso facilitada (esqueceu senha, suporte); geralmente interfaces simples (pois visam leigos); integração fácil com compra/venda em exchanges.
  • Contras: sem controle real (pode ter saques suspensos se a plataforma quiser); vulnerável a hacks/problemas da empresa; requer confiar em terceiros e fornecer dados pessoais.

Recursos de segurança nas carteiras ERC20

Independentemente da carteira escolhida, há certos recursos de segurança que você deve valorizar e utilizar para proteger seus tokens ERC20. Abaixo, detalhamos cada um deles.

Autenticação de dois fatores (2FA)

Sempre ative camadas extras de proteção quando a carteira oferecer. Para evitar bots, algumas opções podem pedir confirmação via e-mail e código na criação de novas contas. Além disso, elas permitem login por biometria (digital/face) em vez de só exigir PIN. Embora a maioria das wallets não custodiais não suportem um 2FA, elas usam recursos do próprio dispositivo para impedir acesso de terceiros;

Frase de recuperação (seed phrase)

Esse é, de longe, o pilar da segurança em carteiras não custodiais. Para quem não sabe, as seed phrases consistem em uma sequência de 12, 18 ou 24 palavras aleatórias. Basicamente, elas permitem recriar uma carteira em caso de perda ou troca de dispositivo, por exemplo. Assim sendo, após gerar a carteira, é crucial anotar a seed em um local seguro — preferencialmente fora do meio digital — e fazer cópias de backup em locais distintos para se proteger de danos físicos;

Armazenamento a frio

Para grandes quantias de tokens ERC20, o ideal é usar armazenamento a frio. Ou seja, manter as chaves privadas offline, fora de dispositivos conectados à internet. Isso normalmente implica em usar uma hardware wallet (Ledger, Trezor) ou pelo menos gerar a wallet em um ambiente isolado. Hardware wallets mantêm as chaves em um elemento seguro e só assinam transações internamente, nunca expondo a chave na internet. Essa é considerada a camada máxima de proteção contra hackers online;

Código aberto e auditorias de segurança

Por fim, dê preferência a carteiras que tenham o código-fonte aberto ou auditado por terceiros independentes. Isso não é exatamente um “recurso” que o usuário ativa, mas um aspecto de design que traz confiança. Projetos open-source permitem que a comunidade inspecione o código em busca de falhas ou backdoors, reduzindo a chance de vulnerabilidades ocultas.

Note que esses são apenas alguns dos pilares de segurança que devem ser avaliados na hora de selecionar as melhores carteiras ERC20. Além deles, vale sempre a pena usar o bom senso, isto é, desconfie de solicitações estranhas e nunca insira sua frase de recuperação em sites ou apps não oficiais.

Funcionalidades extras das carteiras ERC20

Conheça os principais recursos e funcionalidades

As carteiras de criptomoedas evoluíram de simples armazenadoras para verdadeiros hubs de serviços financeiros descentralizados. Ao escolher as melhores carteira ERC20, vale observar quais funcionalidades extras ela oferece. Afinal, elas poderão tornar a experiência muito mais fácil e agradável. Dentre elas, destacamos abaixo alguns recursos cruciais.

Compra direta de criptomoedas nas carteiras ERC20

Várias carteiras permitem que você compre ETH ou outros tokens ERC20 usando moeda fiat (dinheiro tradicional) sem sair do aplicativo. Isso é feito por meio de parcerias com serviços de pagamento: por exemplo, via cartão de crédito, transferência bancária e até Pix no caso do Brasil.

Na prática, você seleciona o token (ex: USDT), escolhe o valor em reais, o método de pagamento e realiza a compra. Em seguida, os tokens caem diretamente na sua carteira. Portanto, a conveniência é enorme, já que não é necessário usar uma exchange separada. Fique atento apenas às taxas e cotações oferecidas nesses serviços integrados.

Swaps e conversões internas

Outra função cada vez mais presente é o swap dentro da carteira. Basicamente, ele permite trocar instantaneamente um token ERC20 por outro. Por exemplo, converter USDC para DAI, ou ETH para SHIB, sem usar uma exchange externa. Normalmente, essas trocas usam DEXs (corretoras descentralizadas).

A vantagem é a simplicidade deste processo, sendo ele ideal para ajustar o portfólio de forma rápida. Porém, se for uma quantia grande, pode valer a pena comparar preços em DEXs manualmente. De toda forma, ter um swap nativo na carteira é ótimo para reagir a oportunidades de mercado sem precisar transferir fundos para outro lugar.

Staking e rendimentos

Algumas wallets permitem que os usuários coloquem seus tokens para render diretamente. No contexto ERC20, o staking mais comum é de Ethereum 2.0 — algumas carteiras até mesmo facilitam delegar o ETH para staking em pools.

Além de staking, há carteiras com “earn” em DeFi, conectando a protocolos de empréstimo (emprestar DAI para ganhar juros, etc.). Claro que é preciso entender os riscos, mas como funcionalidade extra, pode ser interessante ter renda passiva dentro da própria carteira.

Integração com DEXs e DeFi

Muitas carteiras mobile incluem um navegador de aplicativos descentralizados embutido. Com ele, você acessa sites como Uniswap ePancakeSwap dentro do app, e a carteira já se conecta automaticamente. No iOS, às vezes a função vem oculta por políticas da Apple, mas no Android costuma estar disponível.

Mesmo sem navegador interno, carteiras podem usar WalletConnect, permitindo que você interaja com dApps no seu computador ou celular escaneando um QR code que liga à sua carteira. Isso vira quase indispensável para quem vai além do hold e quer realmente usar os tokens ERC20 em aplicativos DeFi, jogos blockchain, plataformas de NFT, etc.

Tokens personalizados e NFTs

Como citado, adicionar tokens personalizados é crucial, pois garante que se você participar de um lançamento novo (ICO/airdrop) poderá gerir aquele token mesmo que ele não esteja listado automaticamente na carteira. Felizmente, praticamente todas wallets Ethereum permitem isso hoje, mas algumas tornam o processo mais simples que outras.

Verifique se a carteira suporta leitura de contratos para puxar nome e símbolo do token automaticamente quando você cola o endereço do contrato. Quanto aos NFTs, se você coleciona, vale uma carteira que exiba as imagens e detalhes dos tokens ERC-721/ERC-1155.

Compatibilidade multi-chain

Se você lida não só com ERC20 mas também com BEP20 (Binance Smart Chain), Polygon, Solana ou outros, faz sentido optar por uma carteira que agregue múltiplas redes. Algumas carteiras listadas neste artigo, inclusive, suportam redes variadas sem esforço do usuário, como a Best Wallet. Portanto, esta pode ser uma alternativa interessante, sobretudo para quem se incomoda em manter vários apps, por exemplo.

Privacidade e anonimato

No mundo das criptos, a privacidade é, sem dúvidas, uma preocupação cada vez mais constante. O detalhe é que as carteiras ERC20 diferem bastante nesse quesito, principalmente quando comparadas a serviços custodiais.

Em geral, ao usar uma carteira não custodial, você não precisa fornecer dados pessoais — não há cadastro com nome, CPF, nada disso. Isso significa que, do ponto de vista da aplicação, você pode permanecer anônimo.

Entretanto, algumas situações específicas podem introduzir requisitos de KYC/identificação, mesmo usando uma carteira não custodial. Por exemplo, ao utilizar serviços de compra-venda de moeda com cartão, é possível que o usuário seja direcionado para um parceiro que, eventualmente, poderá solicitar documentos de identificação.

Além disso, vale lembrar que as transações na blockchain Ethereum são públicas por natureza. Ou seja, seu endereço Ethereum (e tokens ERC20 nele) fica visível a todos no explorador de blocos. A carteira em si não revela seu nome, mas se em algum momento você associou aquele endereço à sua identidade, pode haver um vínculo.

Portanto, mesmo com a carteira anônima, a rastreabilidade on-chain existe. Se você comprar tokens numa exchange sob seu CPF e enviar para sua wallet, esse movimento fica atrelado a você publicamente (a exchange e eventuais analistas poderão inferir que aquele endereço é seu).

Como obter uma carteira ERC20 – passo a passo

Agora você já sabe tudo sobre as melhores carteiras ERC20. Dito isso, vamos explicar como ativar uma carteira, utilizando, como exemplo, a Best Wallet. Vale notar, porém, que o processo geral é semelhante em outras wallets. Confira, portanto, o passo a passo abaixo:

  1. Baixe o app: inicialmente, acesse o site oficial da Best Wallet e toque no botão “Download Best Wallet”. Em seguida, abra sua câmera e leia o QR Code para baixar o aplicativo. Se preferir, basta ir diretamente à loja de aplicativos do seu smartphone Android ou iOS;
  2. Crie uma conta: Após instalar o app, abra o arquivo e selecione a opção para criar uma nova conta. Nesta etapa, adicione o seu e-mail e faça a verificação, confirmando a abertura da carteira e criar suas chaves privadas. Em seguida, crie uma senha de acesso à plataforma e habilite a verificação biométrica;
  3. Comece a negociar tokens ERC20: após configurar sua carteira, o próximo passo é adicionar tokens e começar a utilizá-la. Lembrando que, para receber tokens ERC20, basta selecionar a opção “Receive”, selecionar o token (Ex: ETH) e copiar o código gerado pela carteira. Em seguida, basta fornecê-lo a quem irá fazer o pagamento. Note que, em geral, esse tipo de procedimento exige o pagamento de pequenas taxas. Assim sendo, o valor da negociação deve ser menor do que o saldo disponível, no caso do envio de tokens para outras carteiras.

Alternativamente, é possível comprar cripto direto no app. Na Best Wallet, por exemplo, os usuários podem comprar ETH ou outros tokens com cartão de crédito, Pix e até PayPal. Então, com saldo disponível, basta explorar as funcionalidades que a plataforma oferece, como swap de tokens no menu “Trade”.

Por que você precisa de uma carteira ERC20?

Caso já tenha conta em outras corretoras Bitcoin, por exemplo, vale saber que contar com uma das melhores carteiras ERC20, pode fazer muita diferença. Dentre as razões que podem explicar isso, vale citar benefícios como:

  • Participação no universo DeFi e Web3: na carteira ERC20, é possível ir muito além de só comprar e segurar tokens. Por exemplo, é possível utilizar aplicações descentralizadas, fazer yield farming, negociar NFTs e muito mais. Inclusive jogar games blockchain, em plataformas Ethereum. Lembrando que exchanges centralizadas não conectam com esse tipo de serviço;
  • Custódia própria: também é possível evitar riscos comuns em exchanges, tais como o congelamento de saques em momentos de volatilidade, falência da empresa responsável pelos seus ativos ou até mesmo ataques hackers. Com uma carteira digital não custodial, portanto, você elimina o risco de contraparte. Afinal, os tokens ficam sob sua guarda, e só você os movimenta;
  • Facilidade em realizar transações: com uma carteira própria, também fica muito mais fácil enviar e receber tokens de outras pessoas. É possível, por exemplo, receber pagamentos em stablecoin diretamente em sua carteira em troca de um serviço prestado. Portanto, não há necessidade de informar dados bancários ou depender de uma exchange para intermediar negociações. Portanto, essa pode ser até mesmo uma alternativa ao uso do Pix no caso de operações internacionais;
  • Controle de taxas e acesso 24/7: os usuários também podem ficar sujeitos a limites de saques, horários de manutenção, ou precisa vender suas moedas para reais antes de sacar. Com a carteira, o acesso aos fundos se dá 24 horas por dia, 7 dias por semana. Além disso, geralmente não existem limites diários ou mensais, o que oferece uma maior liberdade;
  • Diversificação e rendimento: por fim, com as melhores carteiras ERC20, os usuários podem armazenar vários tokens de diferentes projetos. Inclusive, alguns que sequer estejam listados em grandes exchanges. Assim, você pode participar de ICOs, airdrops ou compras antecipadas, mantendo os tokens sob sua guarda. Ademais, como já mencionamos, é possível colocar os ativos para render, seja com staking ou pools de liquidez.

Boas práticas para manter seus tokens ERC20 seguros

Por fim, não é demais lembrar a importância de adotar boas práticas de segurança no dia a dia. Assim sendo, para proteger seus tokens ERC20. Alguns cuidados se tornam essenciais, tais como:

  • Faça backups: sempre mantenha uma cópia da sua seed phrase em local seguro. Idealmente, tenha mais de um backup (por exemplo, um em casa e um em outro lugar confiável). Assim, se houver um incêndio ou outro incidente que destrua um backup, o outro salva;
  • Mantenha os dispositivos atualizados: atualize regularmente sua carteira (app ou extensão) para a versão mais recente. Afinal, as atualizações costumam corrigir vulnerabilidades. Da mesma forma, mantenha seu sistema operacional do celular/computador atualizado, e use um bom software antivírus/antimalware. Muitos ataques exploram brechas já resolvidas em updates e, com esses cuidados, você não será pego por algo já conhecido;
  • Cuidado com phishing e links suspeitos: grande parte dos roubos de tokens não se dá pela quebra da criptografia. Em geral, isso ocorre por golpes de phishing onde o usuário acaba revelando a chave ou autorizando acessos indevidos. Desconfie de e-mails, mensagens no WhatsApp/Telegram ou sites que imitam serviços de carteira ou exchanges;
  • Use senhas fortes e únicas: além da seed, muitas carteiras pedem que você crie uma senha ou PIN. Assim sendo, certifique-se de usar uma senha forte, com letras, números e símbolos. Evite usar datas de aniversário ou sequências óbvias, e jamais reutilize senhas que você usa em outros serviços;
  • Se possível, prefira uma hardware wallet: por fim, se você começa a acumular uma quantia significativa em ERC20 (e outros ativos), vale a pena investir em uma carteira de hardware. Isso porque elas fornecem uma camada extra de segurança, sem contar que você pode integrar a hardware wallet com as wallets de software.

FAQs

Posso usar uma carteira ERC20 para outras criptos também?

Expand

Sim! A maioria das carteiras hoje suporta tokens de múltiplas redes.

Qual é a carteira ERC20 mais segura?

Expand

Hardware wallets como Ledger e Trezor são as mais seguras.

O que acontece se eu perder minha seed phrase?

Expand

Você perde acesso aos tokens. A seed é sua chave-mestra, portanto, guarde-a com cuidado.

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Thiago Luiz Lapa
Thiago Luiz Lapa
Portuguese Content Editor and Writer

Thiago Luiz Lapa é jornalista com mais de 10 anos de experiência em comunicação. Além de atuar como analista, pesquisador e investidor em criptomoedas e finanças tradicionais, Thiago dedica-se a escrever sobre criptomoedas e tecnologia desde 2019. Em constante busca... Leia mais

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