Notícias do Mercado

CNJ vota normas para uso de inteligência artificial pela Justiça brasileira

Nova proposta atualiza resolução de 2020 e aborda aplicações e impedimentos de soluções de IA.

Por martastephens

Última atualização: fev 18, 2025

Disclaimer Icon
Isenção de responsabilidade
Criptomoedas são uma classe de ativos de alto risco. Este artigo tem fins informativos e não constitui uma recomendação de investimento. Você pode perder todo o seu capital. Por meio de nossos links de afiliados, o 99Bitcoins pode receber comissões por visitas a corretoras recomendadas, sem nenhum custo adicional para você. Todas as nossas recomendações seguem um processo de revisão minucioso.
inteligencia artificial na justiça brasileira
Disclaimer Icon
Isenção de responsabilidade
Criptomoedas são uma classe de ativos de alto risco. Este artigo tem fins informativos e não constitui uma recomendação de investimento. Você pode perder todo o seu capital. Por meio de nossos links de afiliados, o 99Bitcoins pode receber comissões por visitas a corretoras recomendadas, sem nenhum custo adicional para você. Todas as nossas recomendações seguem um processo de revisão minucioso.

inteligencia artificial na justiça brasileira

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve votar nesta terça (18/02) a regulamentação do uso de inteligência artificial (IA) pela Justiça brasileira.

Esse ato normativo tem o objetivo de atualizar a Resolução CNJ n.332/2020, que trata do tema e estabelece critérios para o uso de IA pelos tribunais.

Segundo o CNJ, a resolução que entra hoje em votação resulta do trabalho de um ano, incluindo uma audiência pública para discutir o tema.

O conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, relator do Ato Normativo 0000563 47.2025.2.00.0000, destacou que um dos aspectos abordados na nova resolução é a “previsão de participação e supervisão humana em todas as etapas dos ciclos de desenvolvimento e de utilização de soluções técnicas”.

“Ninguém quer ser julgado por um robô, e a normativa proposta não permitirá isso. Será, em verdade, uma ferramenta para auxiliar o magistrado na sua tomada de decisão”, afirmou Bandeira de Mello.

Aplicações práticas

Ele defendeu o uso da inteligência artificial para fortalecer e modernizar a Justiça, tornando-a mais eficiente e segura. E trabalhando, desse modo, em sintonia com os avanços tecnológicos e as demandas da sociedade contemporânea.

Como exemplo, o relatou ressaltou que soluções de IA podem:

  • ajudar um juiz a formular perguntas em audiência;
  • detectar contradições em depoimentos:
  • perceber que sua decisão contraria precedente relevante ou entendimento do seu tribunal.

Porém, Bandeira de Mello enfatizou que o uso da inteligência artificial na Justiça brasileira não vai “subtrair do magistrado incumbido da jurisdição a ampla cognição do processo e sua possibilidade de proferir a decisão mais justa em cada caso concreto”.

Reportagem do G1 aponta que, entre outros tópicos, o ato normativo:

  • determina que a tecnologia tem de ser compatível com os direitos previstos na Constituição Brasileira;
  • estabelece processos e sistemas de monitoramento e fiscalização;
  • reforça a necessidade de garantir a segurança jurídica e o respeito aos direitos de privacidade na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);
  • esclarece que o uso de soluções de IA pela Justiça deve se dar apenas como um complemento ou auxílio.

Barroso destaca preocupação com privacidade

Na semana passada, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), abordou o tema durante o II Seminário Dignidade Humana.

Segundo Barroso, é preciso regular a IA para proteger o direito à liberdade de expressão e à privacidade das pessoas, assim como evitar a manipulação dos indivíduos pelas plataformas digitais.

Barroso abordou, ainda, especificamente a questão de informações falsas (deep fake), afirmando que isso coloca em risco nossa liberdade, pelo fato de sermos treinados a acreditar no que vemos e ouvimos.

Por outro lado, o ministro exaltou o avanço do Brasil com relação à aplicação da inteligência artificial no Direito. Vários dos avanços nessa área ocorrem por meio do Programa Justiça 4.0, resultado de uma parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O objetivo do programa é tornar o sistema judiciário brasileiro mais próximo da sociedade, ao disponibilizar novas tecnologias e inteligência artificial. Dessa maneira, pode oferecer serviços mais rápidos, eficazes e acessíveis.

 

Inteligência Artificial na Justiça brasileira - programa Justiça 4.0

 

Por fim, o CNJ está conduzindo a 4.ª edição da Pesquisa Nacional de Projetos de Inteligência Artificial (IA) no Poder Judiciário. O levantamento mostra como a tecnologia vem sendo adotada nos tribunais, assim como identifica desafios nessa área.

Desse modo, contribui para a implantação de melhores práticas e inovações com relação ao uso da IA na Justiça brasileira. Neste ano, o estudo introduz novas questões sobre o uso da IA generativa. Os resultados da pesquisa devem sair ainda no primeiro semestre de 2025.

Crash Course gratuito sobre Bitcoin

  • Apreciado por mais de 100.000 alunos.
  • Um e-mail por dia, 7 dias seguidos.
  • Curto e educativo, garantido!

Por que confiar no 99Bitcoins

+10 anos

O 99Bitcoins foi fundado em 2013 e sua equipe é especialista em criptomoedas desde os primórdios do Bitcoin.

+90hr

de pesquisa toda semana

+100 mil

leitores todo mês

+80

contribuições de especialistas

2000+

projetos cripto avaliados

Google News Icon
Voltar ao topo