A cena cripto está bombando na Ásia. E, ao que tudo indica, a região vai reconfigurar o mercado global de criptomoedas. Enquanto muita gente está obcecada com a narrativa da reserva estratégica cripto anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as ações cripto na Ásia estão disparando, de forma independente.
Com seu volume de trading e adoção institucional, a região está superando os Estados Unidos e a Europa quando se trata do mercado cripto.
Após a queda de fevereiro, movida pelas ameaças tarifárias de Trump, empresas como Metaplanet, do Japão, e Boyaa, de Hong Kong, estão apresentando ganhos massivos.
As exchanges asiáticas, responsáveis por 70% do volume cripto global, têm renascido como fênix. As plataformas cripto da Coreia do Sul atualmente rivalizam com gigantes dos Estados Unidos. Enquanto o Won coreano supera o dólar em volume de negociação.
Além disso, em Hong Kong, ETFs spot de Bitcoin e Ethereum estão atraindo bastante recursos institucionais, algo que os Estados Unidos ainda estão buscando.
Trata-se de um crescimento orgânico e não de um rally do Trump.
Números superlativos superam mercados ocidentais
Simultaneamente, a Ásia vai liderar o próximo bull run, com repercussões globais. O anúncio da reserva cripto dos Estados Unidos fez o BTC crescer 11%, chegando a US$ 94.000 (embora não tenha se mantido aí). Ainda assim, o crescimento da Ásia ofusca esse movimento.
Por exemplo, a Indonésia registrou US$ 2,1 bilhões em transações cripto. Por outro lado, a Metaplanet já conseguiu acumular uma reserva de 21.000 BTC.
Em outras palavras, os mercados asiáticos vão passar, cada vez mais, a ditar tendências de preço no setor cripto, enquanto os investidores ocidentais reagem.
Como a Ásia vem dominando a adoção de criptomoedas? A resposta é: escala e rapidez. Com 4,3 bilhões de pessoas (cerca de metade da população mundial), a região deixa para trás os Estados Unidos (com 340 milhões) e a Europa (com 750 milhões).
No que diz respeito à adoção de criptoativos, os Estados Unidos respondem por 13% e a Europa por 12%. Porém, Singapura atingiu 19%, enquanto as transações cripto na Índia aumentaram 350% em 2024.
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Ásia acelera inovação e dá o ritmo do setor
As exchanges asiáticas vão absorver mais rapidamente do que os Estados Unidos as perdas de fevereiro no mercado cripto.
Para além disso, a inovação cripto na Ásia vai se acelerar, na medida em que a Web3 explode na Índia e, por outro lado, a legislação contra lavagem de dinheiro em Taiwan sai na frente dos esforços do Congresso dos Estados Unidos.
Se a reserva de Trump esmorecer, o setor privado da Ásia vai liderar. A reserva do Butão de quase US$ 1 bilhão em BTC, junto com o acúmulo corporativo do Japão vão desencadear uma corrida cripto que o Ocidente vai ter dificuldades para acompanhar.
Só para ilustrar, o volume de transações cripto na Índia girava em torno de US$ 1,9 bilhão no quarto trimestre de 2024. E estima-se que o mercado cripto indiano vai se expandir para além de US$ 15 bilhões em 2035.
No caso dos Emirados Árabes Unidos, previsão do Crypto.com aponta que os ativos digitais vão superar as moedas tradicionais no uso cotidiano, diante do crescimento da adoção de criptomoedas na região.
O impacto global é claro. Enquanto Trump busca atenção com suas iniciativas, a adoção silenciosa da Ásia determina o ritmo do mercado cripto.
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