Será que a evolução tecnológica quântica pode ameaçar tudo o que de bom as criptomoedas apresentam, tornando-se um “Bitcoin Killer”?
A realidade é que, recentemente, a Microsoft afirma que o seu novo chip representa um avanço significativo na computação quântica, capaz de resolver problemas de escalabilidade que têm persistido na área. O seu nome é Majorana 1 e já está a levantar receios aos entusiastas de criptomoedas.
Tudo isto causado pelo desenvolvimento acelerado e inevitável desse seu chip quântico. Além da possibilidade de que os computadores quânticos, no futuro, consigam quebrar as criptos que sustentam grande parte da indústria de 3,3 trilhões de dólares.
O que é o Majorana 1?
O novo chip da Microsoft, Majorana 1, é nomeado em homenagem ao férmion de Majorana, um tipo de matéria que o chip utiliza para produzir os chamados qubits, unidades de informação que alimentam os computadores quânticos.
O que torna os férmions de Majorana especiais é o facto de não apresentarem tantos erros quanto os métodos de computação quântica atuais, que utilizam supercondutores, o que torna a sua escalabilidade teoricamente mais fácil.
“Com o tempo, os Majoranas podem ultrapassar os qubits supercondutores, mas provavelmente não antes de 10 anos”, afirmou Dallaire-Demers, cientista residente da Universidade de Calgary. “Os resultados no artigo experimental sugerem que ainda têm trabalho de engenharia a fazer.”
Os computadores super-rápidos que exploram fenómenos da mecânica quântica têm sido uma ameaça teórica à cripto a há já algum tempo. Porém, serão estes responsáveis pelo desenvolvimento de um “Bitcoin Killer”?
Qual o maior problema das criptomoedas, face aos computadores quânticos?
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Por exemplo, as carteiras Bitcoin Pay-To-Public-Key (P2PK), que associam os fundos diretamente à chave pública do utilizador e exigem uma “senha” de chave privada para gastar, serão as primeiras a sucumbir aos computadores quânticos. Satoshi Nakamoto, o criador pseudónimo do Bitcoin, detém mais de 1,1 milhão de moedas. Este no valor de cerca de 107 mil milhões de dólares — nestas carteiras P2PK mais antigas.
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Criador de Bitcoin não previu essa ameaça?
Para a maioria dos utilizadores, evitar a ameaça dos computadores quânticos é simples. Bastará transferir as moedas para uma carteira mais recente que não utilize P2PK — uma tarefa relativamente fácil e que poderá ter a capacidade de ser um Bitcoin Killer.
No entanto, Nakamoto não acede às suas carteiras desde 2010. Não se sabe se o criador do Bitcoin optou por não utilizar as carteiras de BTC. Ou, como alguns acreditam, se terá levado a sua fortuna em Bitcoin para o túmulo.
Carteiras de Bitcoin estão comprometidas com tecnologia quântica?
Invadir as carteiras de Nakamoto é, sem dúvida, uma das aplicações mais simples para os grandes computadores quânticos que veremos no futuro, afirmou o mesmo Dallaire-Demers.
Num futuro mais distante, espera-se que os computadores quânticos adquiram poder suficiente para enfrentarem criptos mais complexos. Tal como o algoritmo Rivest-Shamir-Adleman (RSA). O RSA é utilizado em algumas blockchains, como Hedera Hashgraph e Arweave, mas é ainda mais comum na proteção da transmissão de dados pela internet, como acontece, por exemplo, com o envio de e-mails.
Embora o chip Majorana 1 da Microsoft provavelmente não se desenvolva rapidamente o suficiente. Este pode competir na corrida para quebrar as carteiras de Nakamoto. “Este poderá tornar-se um forte concorrente para quebrar o RSA em 2035”, confessou o mesmo especialista.
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