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Guerra Comercial: o verdadeiro impacto ao preço de Bitcoin em 2025

Por Ricardo Cunha

Última atualização: mar 19, 2025

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Criptomoedas são uma classe de ativos de alto risco. Este artigo tem fins informativos e não constitui uma recomendação de investimento. Você pode perder todo o seu capital. Por meio de nossos links de afiliados, o 99Bitcoins pode receber comissões por visitas a corretoras recomendadas, sem nenhum custo adicional para você. Todas as nossas recomendações seguem um processo de revisão minucioso.
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O crescimento de protecionismo americano, que está a levar a um abandono do maior poder ocidental das organizações internacionais, está a favorecer o preço de Bitcoin. Segundo uma notícia recente da Reuters, as empresas russas têm-se servido de Bitcoin e USDT para facilitarem o comércio com a China e Índia.

No bloco europeu não se conhecem movimentações com criptomoedas, de forma a contornar as tarifas sobre aço, alumínio ou bebidas alcoólicas. Contudo, é provável que estas indústrias comecem também a aderir a BTC e stablecoins.

Rússia inaugura sistema de comércio baseado em criptomoedas

Qual o impacto no preço de Bitcoin na guerra comercial

A sanções ocidentais à Rússia que foram impostas devido à guerra na Ucrânia levou a uma procura sem precedentes de criptomoedas para repor a normalidade das relações comerciais entre países. No verão passado a Rússia já tinha aprovado uma lei para permitir pagamentos com criptoativos e agora esta é a solução de pagamentos dominante para o comércio de petróleo com Índia e China.

Esta normalização institucional de utilização de criptomoedas para facilitar negócios entre grandes blocos económicos poderá justificar a contenção de preço de BTC, que está a apresentar um grau de volatilidade mais previsível e não está a ceder às expectativas de uma bear market.

Leia também: Como comprar Bitcoin hoje?

Como funciona o comércio de petróleo com BTC?

Para a Rússia continuar a exportar o seu gás natural e petróleo, escapando às sensações monetárias e económicas impostas a ocidente, são utilizadas criptomoedas.

  1. Os importadores chineses de petróleo russo depositam yuans numa conta offshore.
  2. Depois esse dinheiro é convertido em BTC e enviado para uma nova conta.
  3. Finalmente, o dinheiro convertido é enviado para os cofres das empresas petrolíferas russas que fazem nova conversão para rublos.

O esquema é simples de compreender, com transações baratas e que já representam dezenas de milhões de dólares por mês, segundo indica a notícia da Reuters. Sendo uma criptomoeda incontornável para o comércio da Rússia com a China e a Índia, isto são boas notícias para os investidores de Bitcoin. A adesão institucional e o volume transacionado de BTC tenderá assim a aumentar.

Bitcoin será cada vez mais usado, independentemente das sanções

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As criptomoedas, e Bitcoin em particular, serão cada vez mais usadas agora que se instituiu um sistema internacional de comércio para libertar a Rússia e os países asiáticos dos constrangimentos monetários. Isto ao passo que o dólar vai sendo abandonando, criando uma pressão para que também os EUA comecem a privilegiar o uso de criptomoedas em algum do seu comércio internacional.

De acordo com especialistas citados na notícia da Reuters (mas mantidos no anonimato), “[as criptomoedas] são uma ferramenta conveniente que ajuda a acelerar as operações”.

Note-se que o Banco da Rússia está a propor oficialmente legalizar o uso de investimentos em criptomoedas para pessoas de rendimento elevado que tenham pelo menos $1.1 milhões em depósitos e ativos.

Esta notícia poderia ser “bullish” para Bitcoin e para a continuada valorização da criptomoeda, não fosse a falta de acompanhamento político e legal noutras áreas do mundo. A China, apesar de estimular pagamentos e transações digitais através do WeChat, permanece bastante restritiva em relação à adoção de Bitcoin.

Foi em 2021 que a China baniu todas as transações com criptomoedas. O que coincidiu com a bear market mais dolorosa de BTC recentemente. Isto também é contraditório com o facto de o Governo chinês deter cerca de 193.000 tokens de BTC, de acordo com a empresa Jan3. Será que estão a ser criadas as condições para uma adoção mais concertada?

Em sentido oposto, os Estados Unidos estão a dar os primeiros passos para a constituição de uma reserva de Bitcoin, parecendo acreditar no seu valor para a facilitação do comércio internacional.

Níveis de preços a ter em conta

Só recentemente o perfil dos investidores em BTC mudou, fruto da sua reconhecida utilidade para facilitar transações de larga escala no comércio internacional. A adesão a esta criptomoeda é cada vez maior, o que está a diminuir a sua volatilidade e imprevisibilidade de preços. Isto, de uma forma que não observamos por exemplo em ETH (um token mais sujeito a manipulação de preços e a alta volatilidade).

Agora, e se BTC se afirmar como uma moeda de contínua adesão, especialmente em momentos de crise e de protecionismo como os atuais, ele poderá ter um crescimento notável e retomar uma bull run.

Mas há níveis técnicos de preços a que devemos estar atentos, e que poderão ditar o seu sucesso ao longo de 2025:

  • Manter o patamar de $81.000 intacto: acima deste patamar, podemos considerar que BTC se mantém resiliente. E que tem capacidade de retomar zonas mais elevadas de preços.
  • Acima de $87.000: este seria um sinal “bullish” para BTC, já que o preço regressaria para uma zona acima da EMA 200 à escala diária.
  • Regresso aos $90.000: novo cenário “bullish” que confirmaria a capacidade de BTC para voltar a testar máximos de $100.000 e eventualmente ultrapassá-los.
  • Abaixo dos $81.000: poderá ser um sinal de fraqueza, que levaria a uma descapitalização e a uma desistência de BTC para iniciar a bear market.

Como investir em Bitcoin no curto prazo?

O curto prazo permanece como um horizonte de enorme incerteza. Não é possível dizer se Bitcoin terá a capacidade de recuperar o patamar de $87.000 ou se descerá abaixo dos $81.000.

Muito do comportamento de preços vai-se jogar nas próximas semanas. À medida que forem sendo conhecidas as medidas retaliatórias às tarifas de Trump, assim como os dados da economia e do emprego nos EUA.

Para já, o mais aconselhável é ir acompanhando a evolução de preços e as notícias económicas associadas aos EUA. Se BTC alcançar algum daqueles patamares-chave identificados. Logo, poderá ser uma boa altura para pensar em voltar a investir.

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Ricardo Cunha
Ricardo Cunha

Ricardo Cunha é um Jornalista da Área Económica que obteve uma Licenciatura em Economia na Universidade de Coimbra, em 2014. Com quase 10 anos de experiência na redação de conteúdo económico online relevante e premiado, o Ricardo já trabalhou para... Leia mais

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