A regulação cripto global e inovações que envolvem criptomoedas foram apresentadas em mais uma palestra durante o Web Summit Rio 2025, que acontece até o dia 30/04, no Riocentro, na capital carioca.
O correspondente do 99Bitcoins está por lá, enviando notícias diárias sobre o encontro, considerado o maior evento de tecnologia do mundo.
Durante o ciclo de conferências, o CIO da OKX, Jason Lau, afirmou que Brasil deve finalizar o processo regulatório do setor no final do ano.
Ele participou da palestra ‘The next wave of financial disruption’, e falou, especialmente, sobre as mudanças na regulação cripto dos Estados Unidos.
Segundo Lau, o setor cripto avançou bastante, mas ainda há muito a ser feito. ‘Estamos trabalhando duro, e sei que muitos dos nossos colegas nesse mercado também estão’, afirmou o executivo.
De um ano para cá, vimos mudanças dramáticas nas abordagens regulatórias, especialmente na forma como as empresas nos Estados Unidos estão lidando com seus stakeholders, formuladores de políticas e tudo mais.
Ele lembrou que, no início do ano, a OKX lançou suas operações na Europa sob a licença MiCA, estrutura regulatória válida em toda a União Europeia.
‘Fomos, na verdade, a primeira exchange de criptomoedas a operar dentro desse novo modelo, e agora atuamos sob esse arcabouço em toda a UE’, acrescentou.
No entanto, Jason Lau destacou que outros países apresentaram iniciativas de regulação para as criptomoedas. Isso porque os reguladores entenderam que o mercado cripto continuará, sim, a existir.
Além disso, ele argumentou que a regulamentação do setor beneficia empresas, ao deixar negócios fraudulentos de fora do mercado.
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Regulação cripto no Brasil
O Brasil aprovou e iniciou a regulação do mercado de criptomoedas em 2023. Desde então, o Banco Central e os parlamentares discutem regras para o setor, que envolvem desde a segregação patrimonial a licenças para exchanges operarem no país.
Os reguladores finalmente entenderam que o setor cripto não vai desaparecer. Eles precisam, portanto, criar estruturas para que as empresas sérias possam operar, enquanto os maus atores ficam fora do mercado.
Durante essa edição do Web Summit Rio, o executivo relatou, ainda, que a OKX participou ativamente das consultas públicas abertas nos últimos meses pelo Banco Central.
‘Aqui no Brasil, tenho ouvido que há movimentações no sentido de concluir alguma regulamentação até o fim do ano. Isso é muito positivo’, destacou o CIO.
Bancos abraçam ativos digitais
Além de citar a regulação cripto brasileira, Jason Lau abordou a mudança de postura dos bancos em relação aos ativos digitais. Para ele, essa foi uma das principais transformações no setor.
Afinal, a compra e venda de criptoativos necessita de integração com moedas fiduciárias. É por meio do dólar norte-americano, por exemplo, que os investidores conseguem transacionar valores entre os bancos e o universo cripto.
O acesso a serviços bancários sempre foi um grande desafio para empresas de cripto. Para que os usuários consigam entrar nesse mercado, eles precisam mover seus dólares ou reais para o universo cripto, e essas infraestruturas bancárias são essenciais para isso.
Por fim, o CIO da OKX esboçou otimismo diante do aumento da adoção institucional das criptomoedas. Bancos como Itaú e Nubank já oferecem a negociação de ativos como o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH).
‘Avançamos muito nesse aspecto ao longo do último ano, e tenho certeza de que ainda vamos explorar com mais profundidade a perspectiva institucional. Mas é animador ver que os próprios bancos também estão mudando sua postura e começando a colaborar com o setor’, concluiu o executivo.
Para saber mais detalhes sobre a programação do evento, visite o site oficial do Web Summit Rio 2025.
E acompanhe a cobertura exclusiva do 99Bitcoins sobre o Web Summit Rio 2025 aqui no portal. O evento segue até o dia 30 de abril.
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