A Strategy, empresa liderada por Michael Saylor e anteriormente conhecida como MicroStrategy, está enfrentando uma ação judicial coletiva nos Estados Unidos.
O processo foi registrado na Corte do Distrito Leste da Virgínia e gira em torno da forma como a companhia avaliou seus ativos em Bitcoin e divulgou (ou deixou de divulgar) informações relevantes aos investidores.
Quem está processando Michael Saylor e sua empresa?
A ação foi movida por Anas Hamza, representando-se e também outros investidores em situação semelhante. O autor é assessorado pelo escritório nova-iorquino Pomerantz LLP, especializado em litígios corporativos.
Segundo os advogados, a Strategy teria exaltado seus resultados positivos — como os ganhos com o rendimento de Bitcoin e a valorização do ativo, mas teria omitido riscos significativos. Como resultado, isto teria levado os investidores a tomar decisões sem conhecimento completo da situação.
Michael Saylor, conhecido defensor do Bitcoin, transformou a Strategy em uma das maiores detentoras corporativas do ativo. Atualmente, a empresa possui 597.325 BTC, avaliados em aproximadamente US$ 64 bilhões.
As ações da companhia subiram mais de 3.000% nos últimos cinco anos e 204% apenas em 2024, o que serviu de inspiração para outras empresas adotarem estratégias semelhantes.
No entanto, esse sucesso e visibilidade também trouxeram maior escrutínio regulatório e jurídico.
Por que a Strategy está sendo processada?
De acordo com a ação, a empresa teria exagerado na divulgação dos lucros com Bitcoin, ao mesmo tempo em que teria escondido os riscos associados, como a alta volatilidade do ativo e os impactos contábeis gerados por novas normas regulatórias.
O ponto central da acusação é a não divulgação de uma perda não realizada de US$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, relacionada à nova norma contábil ASU 2023-08 do FASB (Conselho de Normas de Contabilidade Financeira dos EUA).
Esta passou a exigir a avaliação dos criptoativos a valor justo (fair value).
Quando a Strategy finalmente revelou essas perdas, suas ações caíram 8,67%, afetando diretamente os investidores.
A acusação sustenta que a empresa descumpriu obrigações de transparência, ao não informar de maneira clara o impacto que as novas regras contábeis teriam sobre os resultados financeiros.
Período coberto, jurisdição e prazos do processo
Ademais, registrou-se a ação coletiva na jurisdição federal da Corte do Distrito Leste da Virgínia e abrange todos os investidores que compraram ações da Strategy entre 30 de abril de 2024 e 4 de abril de 2025.
As alegações principais envolvem:
- Omissão da volatilidade dos preços do Bitcoin
- Falta de divulgação sobre os efeitos das novas regras contábeis
- Subnotificação de prejuízos não realizados em grande escala
O escritório Pomerantz também abriu o processo para novos participantes, permitindo que outros acionistas prejudicados se juntem à ação coletiva até 15 de julho.
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