O universo da tecnologia está mudando, e o setor cripto se posiciona como a nova fronteira para as mulheres desbravarem, particularmente a Gen Z.
Ao passo que a tecnologia se torna mais sofisticada, uma nova geração de mulheres entra nesse território. Um avanço para além da velha cultura de desenvolvedores, traders e investidores dominada por homens.
No evento paralelo Blockchain Baddies, durante o encontro Token2049, em Dubai, há alguns dias, mulheres de todas as partes do mundo se encontraram para compartilhar suas jornadas na Web3. E, além disso, discutir o futuro da participação feminina no universo cripto.
Entrevistas conduzidas pelo Cointelegraph revelaram uma mensagem consistente: simplificar conceitos técnicos e criar ambientes de aprendizado mais seguros são fatores-chave para trazer mais mulheres para o mundo das criptomoedas.
Caroline York, diretora de marketing na empresa Web3 Serotonin, afirmou que clareza é algo fundamental nesse processo. Segundo ela, as mulheres se desenvolvem bastante bem em ambientes de alta confiança, apreendendo com seus pares e amigos. Programas educativos como SheFi, por exemplo, liderados por essa comunidade, são essenciais nesse sentido.
Conheça algumas das mulheres que estão reconfigurando o setor
Nos últimos anos, muitas mulheres influentes garantiram significativos espaços no ecossistema cripto e da Web3. Cathie Wood, fundadora da ARK Invest, tem sido uma das mais eloquentes apoiadoras do Bitcoin e das finanças descentralizadas.
Ela tem trabalhado consistentemente por uma maior adoção cripto e defendido ousados investimentos que ajudaram a levar o mercado das criptomoedas para os discursos financeiro mainstream.
Por outro lado, Leah Wald, CEO da Valkyrie Investments e líder da SOL Strategies, é outra voz que se destaca nesse meio. Sua liderança e antecipada adoção de ativos digitais foram decisivas para reduzir a lacuna entre as finanças tradicionais e as plataformas descentralizadas.
No que diz respeito ao setor de desenvolvimento, Elizabeth Stark, cofundadora do Lightning Labs, é conhecida por seu trabalho em tornar o Bitcoin mais ágil e escalável por meio da Lightning Network.
Enquanto isso, Aya Miyaguchi, diretora-executiva na Ethereum Foundation, ajudou a moldar a estratégia de formação e desenvolvimento global do Ethereum, contribuindo para um futuro descentralizado, com fortes bases éticas.
As mulheres da Gen Z, que cresceram em meio à cultura digital e às redes sociais, agora estão entrando nesse campo, com uma fluência nativa em tecnologia e uma compreensão natural sobre identidade online, branding e construção de comunidade.
Em outras palavras, fatores essenciais para o sucesso do ecossistema cripto.
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Os desafios que elas ainda enfrentam
Apesar do recente progresso, as mulheres ainda são minoria nas finanças cripto. Segundo um relatório da BCG, menos de 10% dos fundadores cripto e principais desenvolvedores são mulheres.
Dificuldades persistentes, como acesso limitado a capital, exclusão de redes de desenvolvedores e enraizados preconceitos culturais ainda empatam o trabalho e crescimento das mulheres, Gen Z e tudo.
Na prática, muitas mulheres ainda enfrentam ambientes hostis quando tentam entrar no mercado cripto ou contribuir com o setor de alguma forma.
A indústria de criptomoedas, assim como a de tecnologia, de maneira geral, foi criada a partir de um conceito de acesso aberto.
Porém, esses ideias frequentemente entram em confronto com a realidade. Os espaços cripto são, costumeiramente, misóginos.
Being hateful towards women in crypto is the most cringe, frail-ego coded shit you can do
Some of you are so passionately pathetic
— voh (@vohvohh) May 7, 2025
Consequentemente, quando dificuldades técnicas se juntam a uma atmosfera hostil, de maneira geral, é difícil atrair novas pessoas genuinamente interessadas no espaço Web3.
Apesar desses obstáculos, no entanto, mulheres da Gen Z são nativas digitais, empreendedoras e socialmente conscientes. Com as devidas ferramentas e apoio, elas estão posicionadas para liderar a próxima onda de inovação cripto.
O surgimento de projetos como SOL Strategies sinaliza uma tendência mais ampla. Ou seja, os gatekeepers de Wall Street já não controlam e restringem as finanças.
Ao passo que plataformas descentralizadas crescem e uma formação baseada em inclusão de gênero se torna mais acessível, mulheres de todos os backgrounds estão assumindo papéis de liderança no universo cripto.
Essa década, portanto, pode marcar uma virada de jogo. Se os ventos atuais continuarem nessa direção, poderemos olhar para os anos 2020 não apenas como a era da inteligência artificial e da blockchain, mas como a década em que as mulheres, especialmente a Gen Z, reivindicaram seu espaço no centro da revolução tecnológica e financeira.
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