Um alto funcionário financeiro russo defendeu o desenvolvimento de uma stablecoin nacional, após o governo dos Estados Unidos congelar carteiras vinculadas à corretora de criptomoedas Garantex, que está sob sanções.

A medida, que também envolveu a emissora de stablecoins Tether, reacendeu preocupações em Moscou sobre a vulnerabilidade de depender de criptoativos lastreados em moeda estrangeira.

A pressão por uma stablecoin russa ocorre em meio a um aumento no uso global de stablecoins.

De acordo com um estudo conjunto da Artemis e da Dune, as carteiras ativas de stablecoins aumentaram mais de 50% em relação ao ano anterior.

Enquanto isso, a capitalização de mercado total ultrapassou US$ 200 bilhões no início de 2025.

Crescentes preocupações com o USDT

Osman Kabaloev, vice-diretor do Departamento de Política Financeira do Ministério das Finanças da Rússia, afirmou que eventos recentes destacam a necessidade de alternativas internas a stablecoins populares, como o USDT da Tether.

“Não impomos restrições ao uso de stablecoins no regime legal experimental”, disse Kabaloev à agência estatal TASS, no dia 16 de abril de 2025. “Mas desenvolvimentos recentes mostraram que este instrumento pode representar riscos para nós.”

Ele acrescentou que a Rússia deveria considerar o desenvolvimento de uma stablecoin atrelada a uma moeda diferente — possivelmente o rublo. Reduzindo, assim, a exposição à pressão estrangeira. 

Os comentários vêm na sequência de uma operação conjunta dos Estados Unidos, Alemanha e Finlândia.

No dia 6 de março de 2025, a ação dos três países encerrou domínios conectados à Garantex.

Eles alegaram que a plataforma processou mais de US$ 96 bilhões em fundos ilícitos desde seu lançamento, em 2019.

No mesmo dia, a Tether congelou US$ 27 milhões em USDT mantidos em carteiras vinculadas à Garantex. Dessa forma, efetivamente interrompeu as operações da corretora.

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Garantex foi sancionada e ressurgiu com novo nome

A Garantex foi sancionada pela primeira vez pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos EUA em abril de 2022, por suposta lavagem de dinheiro.

Apesar da repressão, a Garantex teria ressurgido com um nome diferente, usando stablecoins lastreadas em rublos para transferir fundos para uma corretora recém-formada. As informações são de uma empresa suíça de análise de blockchain.

Paralelamente, o membro da Câmara Cívica Russa, Evgeny Masharov, propôs a criação de um fundo estatal para criptomoedas.

Segundo o projeto, o fundo seria composto por ativos apreendidos de atividades criminosas.

Além disso, outros legisladores também estão promovendo uma legislação que classificaria as criptomoedas como propriedade em processos criminais. 

Só para exemplificar, os volumes de stablecoins ultrapassaram US$ 27,6 trilhões em 2024 – superando em 7,7% os volumes combinados de transações da Visa e da Mastercard.

VanEck aponta uso de BTC em transações de energia

A empresa de investimentos VanEck revelou que China e Rússia estão supostamente usando Bitcoin para liquidar certas transações de energia.

Essa medida sinaliza, portanto, um crescente distanciamento do dólar americano no comércio global. 

Relatório da empresa, intitulado “Ativos Digitais: Desdolarização Move o Bitcoin para um Papel Monetário”, vincula essa tendência à escalada do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a parceiros comerciais.

O relatório da VanEck, escrito pelo chefe de pesquisa de ativos digitais, Matthew Sigel, argumenta que o Bitcoin está emergindo como uma alternativa neutra e descentralizada para liquidações globais.

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Thiago Venturini
Thiago Venturini

Thiago Venturini é graduado em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Trabalho 3 anos como repórter científico cobrindo temas sobre ciência e tecnologia. Gosta de descobrir projetos em fase mbrionária e revalar ao público mais amplo. Seu encontro com... Leia mais

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