Segundo dados recentes da Delphi Digital e da Fireblocks, a oferta total de stablecoins superou US$ 250 bilhões, estabelecendo um novo recorde para o setor.
Enquanto o Tether (USDT) e o USD Coin (USDC) seguem dominando o setor, novas alternativas também ganham espaço. Mais de dez stablecoins já ultrapassaram a marca de US$ 100 milhões em circulação.
Ao mesmo tempo, instituições financeiras globais avançam em ritmo acelerado rumo à adoção plena desta classe de ativos.
Empresas e governos impulsionam adoção de stablecoins
O crescimento atual acontece após anos de desafios. O colapso da stablecoin Terra (UST), em 2022, e o de-peg do USDC, em 2023, haviam abalado a confiança dos investidores. Agora, porém, o cenário é outro.
Segundo analistas, o início de um novo ciclo de alta no mercado, o lançamento de ETFs cripto nos EUA e o apoio do governo Trump reacenderam o interesse institucional. Atualmente, mais de US$ 120 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA estão atrelados a stablecoins.
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O presidente Donald Trump, inclusive, defende publicamente a regulamentação do setor. Ele pressiona o Congresso para aprovar o GENIUS Act, projeto de lei que visa consolidar a liderança americana no mercado de ativos digitais.
Nesse sentido, a proposta foi aprovada no Senado com ampla maioria recentemente.
Para o senador Bill Hagerty, autor do projeto, a medida pode acelerar os pagamentos no país e fomentar a inovação financeira. Entretanto, o texto também enfrenta críticas.
A senadora Elizabeth Warren, por exemplo, afirma que o projeto abre espaço para conflitos de interesse ao favorecer empreendimentos ligados à família Trump.
Pesquisa mostra entrada no centro do sistema financeiro
Além dos dados de mercado, um novo relatório da Fireblocks traz mais evidências da adoção crescente.
Segundo a pesquisa, 49% das instituições globais já usam stablecoins em seus processos financeiros. Outras 41% estão em fase de testes ou planejam utilizá-las em breve.
A principal vantagem apontada pelas empresas é a liquidação instantânea de pagamentos, especialmente em transações internacionais.
Na América Latina, 71% das organizações enxergam os criptoativos estáveis como peça central no B2B transfronteiriço.
Na Ásia, o foco está na expansão de mercado. Já na Europa, a regulamentação clara — como o MiCA — ajuda a reduzir os riscos legais.
Nos Estados Unidos, o debate gira em torno da competitividade global e do fortalecimento do dólar.
Outro dado relevante: 86% das empresas consideram que a infraestrutura atual — carteiras, APIs e ferramentas de compliance — já está pronta. A segurança é outro fator de peso. Para 36% dos executivos, avanços nessa área são essenciais para ampliar o uso.
Com projeções apontando um mercado de stablecoins superior a US$ 2 trilhões até 2028, tudo indica que esses ativos deixaram de ser uma tendência para se tornar parte essencial da nova era financeira.
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