A exchange Binance parou de negociar no Espaço Econômico Europeu tokens que não atendem as normas estabelecidas pela MiCA – regulamentação da União Europeia (UE) sobre mercados em criptoativos.
Na medida em que as corretoras centralizadas se adaptam, plataformas de criptomoedas de exchanges descentralizadas (DEX) emergem como alternativas na Europa, sem restrições regulatórias.
Enquanto a conformidade da Binance com a MiCA limita opções centralizadas, as transações cripto descentralizadas não são afetadas, oferecendo, portanto, uma solução descentralizada.
Com os mercados cripto europeus sob pressão regulatória, os traders estão optando por plataformas que operam fora das estruturas tradicionais e oferecem uma maior gama de ativos.
💥 BREAKING:
Binance will remove non-MiCA-compliant stablecoins for European users starting March 31! pic.twitter.com/m8cnPSSPxp
— Coinvo (@ByCoinvo) March 3, 2025
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Binance deixou de negociar USDT
A MiCA, reforçada em todo o Espaço Econômico Europeu (EEA, na sigla em inglês), determina rigorosas diretrizes para os criptoativos.
Como resultado disso, a Binance decidiu parar de negociar spot trading pairs como Tether, por exemplo.
Os usuários da EEA ainda podem ter esses tokens ou negociá-los por meio de contratos perpétuos. Porém, a negociação à vista não é mais possível.
Diante disso, tokens que não se adequam aos critérios da MiCA, como USDT, perderam espaço, abrindo lugar para o USDC como opção. Isso, naturalmente, vai afetar a liquidez de certos pares.
BREAKING: 🚨 Binance issues final warning on Tether (USDT), urging users to convert to USDC , a MiCA-compliant stablecoin.
Tether is OFFICIALLY out of business in Europe. pic.twitter.com/RksiNPJi8B
— EDO FARINA 🅧 XRP (@edward_farina) March 17, 2025
Ao remover do seu portfólio tokens que não estão em conformidade com a MiCA, a Binance evita penalidades e, ao mesmo tempo, mantém sua presença na EEA.
Porém, a negociação à vista, que já foi uma das ofertas principais da Binance, agora encontra-se limitada.
Além disso, a exchange também precisa ajustar alguns serviços, para se adequar à MiCA. As stablecoins, foco central da regulação, precisam seguir os rigorosos critérios estabelecidos. Caso contrário, deixam de ser listadas.
Esse período de reorganização das exchanges centralizadas, consequentemente, faz com que os mercados cripto europeus sintam os efeitos cascata.
NEW: @Tether_to CEO @paoloardoino warns a repeat of a USDC-like de-peg could play out in the EU after the MiCA framework implementation:
"In the next years, some small European banks that are the only ones onboarding crypto are going to fail, dragging down also stablecoins" ⬇️🚨 pic.twitter.com/6nfzckEPZS
— Coinage (@coinage_media) February 5, 2025
O processo de “deslistagem” ocorreu de forma tranquila, e Binance executou sua estratégia alguns dias atrás.
Desse modo, os usuários da EEA já não podem mais negociar os pares afetados. Por outro lado, depósitos e retiradas continuam permitidos.
Essa mudança protege as operações da Binance em meio à aplicação das regras da MiCA. Além disso, sinaliza um ponto de virada para a negociação cripto à vista.
As exigências da MiCA – licenciamento, auditoria e proteções para o consumidor – desafiam a descentralização.
Por um lado, a “deslistagem” reduz riscos. Por outro, cede participação de mercado para plataformas cripto DEX. Assim, esses sistemas descentralizados ganham força, oferecendo privacidade e acesso irrestrito.
Transações DEX despontam como alternativa
O Espaço Econômico Europeu inclui 30 países da região e é um mercado importante para o setor cripto. Por sua vez, as plataformas DEX oferecem benefícios atraentes.
Dessa maneira, não há dúvidas de que essa dinâmica vai acelerar uma mudança de mercado, favorecendo soluções de trading descentralizadas.
Enquanto a MiCA busca assegurar estabilidade, seu impacto em exchanges centralizadas é claro, ao mostrar a vulnerabilidade da centralização.
Por outro lado, essas restrições não limitam as plataformas cripto DEX. Nesse sentido, elas oferecem trading peer-to-peer flexível, em um ambiente regulado.
Operando em redes blockchain, plataformas DEX evitam as limitações impostas pela MiCA, permitindo acesso irrestrito a tokens como o USDT. Essa flexibilidade, portanto, deve beneficiar a EEA.
Binance won't exist in the next cycle.
DEX's will take over by then. pic.twitter.com/GgeGj8Pv9i
— Abu (@abu_crypto1) April 1, 2025
Outra vantagem das plataformas cripto descentralizadas é a privacidade. Ao contrário da Binance, que exige verificação do usuário para atender à conformidade, as exchanges descentralizadas permitem transações peer-to-peer sem intermediários.
Consequentemente, isso reduz a exposição de dados, priorizando a segurança. Ao passo que a supervisão regulatória cresce, essa possibilidade fortalece a adoção DEX nos mercados criptos europeus.
Ecossistemas cripto descentralizados oferecem um caminho paralelo. Ou seja, os traders podem acessar liquidez global, sem limitações regionais. Assim, esse momento regulatório pode representar uma transformação de longo prazo na forma como o setor cripto opera.
Para obter uma melhor experiência descentralizada, os investidores precisam de uma carteira sem custódia, a exemplo da Best Wallet.
Por meio dessa wallet, os usuários controlam suas chaves privadas, usufruindo de uma rede de segurança.
Ou seja, nenhum terceiro tem acesso aos seus fundos, o que reduz os riscos de hacks ou má gestão. Além disso, a carteira trabalha com mais de 60 blockchains.
Para saber mais sobre a Best Wallet, você pode visitar o site oficial da Best Wallet, assim como seguir a comunidade no X, Telegram e Discord.
Exigências da MiCA levaram a Binance a deixar de negociar determinados ativos.
Esse momento regulatório favorece as exchanges descentralizadas, que emergem como alternativas para negociações mais flexíveis no Espaço Econômico Europeu.
Plataformas DEX ganham força na Europa
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