Na China, 6 BTCs roubados em um honeypot de sextortion

Em 2024, um engenheiro de software de Chengdu perdeu 6 BTCs para uma gangue criminosa que atraía a vítima por meio de um perfil no X com promessas de favores sexuais.

Por martastephens

Última atualização: mar 28, 2025

Verificação de fatos

Por Thiago Venturini

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Golpe do BTC: A gangue, a vítima e o Bitcoin roubado

Poucos dias antes do relatório, uma usuária do X que falava mandarim, BTCconger, anteriormente LisaaBuilder, publicou uma oferta provocativa.

Ela prometeu “passar a noite” com qualquer pessoa que tivesse 0,1 Bitcoin, pedindo aos seguidores que compartilhassem endereços de carteiras.

Posteriormente, ela aumentou sua façanha com fotos e vídeos, incluindo uma selfie em um hotel com um preservativo. Ademais de uma imagem dela lendo o white paper do Bitcoin com três homens.

BTCconger também afirmou ter viajado para Bangkok para encontros, embora uma postagem sugira que ela não compareceu.

(fonte)

No entanto, esse homem se torna uma vítima após concordar em se encontrar em um hotel de luxo em Chengdu, não com BTCconger, mas com “Bitcoin Cong’er”.

Os criminosos, então, supostamente usaram evidências fabricadas para ameaçar a reputação da vítima. A extorsão incluía uma transferência de 6 BTCs.

O relatório da Sina Finance vinculou a postagem de BTCconger no X ao caso de Chengdu, de um grupo de membros de gangues que trabalham em negócios fraudulentos.

A investigação detalhou como a gangue operava sob o pseudônimo de “Bitcoin Cong’er”, espelhando a personalidade de BTCconger.

A semelhança de táticas usando uma pessoa do sexo feminino para enganar colocou a verdadeira BTCconger sob escrutínio. Ainda que não haja evidência direta ligada ao crime.

Explicações em transmissão ao vivo da China

Depois disso, a BTCconger abordou as alegações em uma transmissão ao vivo com o criador de conteúdo Robert Lee.

De Shenzhen, ela negou envolvimento, afirmando que a extorsão de Chengdu foi anterior à mudança de marca de sua conta para BTCconger.

A influencer argumentou que, se fosse culpada, seria detida e alegou ter provas autenticadas para limpar seu nome em um relatório formal.

As consequências: Não apenas sobre o BTC roubado

A polícia alerta os investidores sobre uma tendência crescente de golpes que exploram a confiança dos detentores de criptomoedas.

O caso de Chengdu envolveu meses de preparação antes da emboscada em pessoa, uma reviravolta na típica extorsão on-line.

As autoridades pedem aos usuários que verifiquem suas identidades e evitem compartilhar detalhes confidenciais com contatos não verificados.

As postagens de BTCconger acabaram se tornando massivas, com 2 milhões de visualizações. Elas mostraram o fascínio que essas táticas podem ter, seja para chamar a atenção ou para enganar.

Alguns viram isso como um marketing inteligente, outros como um movimento arriscado que esconde ameaças reais.

Além das ameaças à sua reputação, os 6 BTCs roubados deixaram a vítima com prejuízos financeiros. Essa tática, comum na sextortion cripto, aproveita o constrangimento pessoal para ignorar o julgamento racional.

O uso de provas fabricadas pela quadrilha explora as vítimas psicologicamente.

As investigações continuam, mas a negação da BTCconger depende do momento e de sua presença pública.

Esse caso expõe vulnerabilidades no espaço cripto, no qual o anonimato e a confiança podem ser transformados em armas.

À medida que a polícia se aprofunda, a linha entre as manobras virais e os atos criminosos se confunde, deixando-nos no limite.

Principais conclusões

Bitcoin roubado por meio de um esquema de honeypot via sextortion cripto. O que aconteceu?
A negociadora limpa seu nome, enquanto a polícia alerta outras pessoas.