Michael Saylor provocou um ‘zum zum zum’ durante o a conferência Bitcoin 2025 ao criticar ferozmente o método Proof-of-Reserves (PoR). O evento, em Las Vegas (Estados Unidos), começou na terça (27/5) e segue até quinta (29/5).
Em resumo, o presidente executivo da Strategy disse que isso equivale a exibir os dados bancários de uma criança para todo mundo ver.
Segundo ele, nesse caso, a transparência representa um risco desnecessário para usuários e investidores. Saiba mais sobre a controvérsia.
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O problema de colocar wallets em exposição
Proof of Reserves (Prova de Reserva, em português) funciona como uma espécie de auditoria, que prova que o custodiante (como, por exemplo, uma exchange ou uma carteira cripto) dispõe mesmo dos ativos que declara ter.
Em painel do Bitcoin 2025, Michael Saylor afirmou que isso, na prática, cria mais problemas do que resolve. O objetivo é garantir confiança naquela empresa. E no mercado cripto de maneira mais ampla, ao mostrar a solidez de organizações que atuam nessa área.
Porém, Saylor argumenta que essa exposição enfraquece a segurança de todos os envolvidos. Ou seja, com isso ele quer dizer que hackers podem monitorar esses endereços, assim como engenheiros sociais podem juntar as peças e identificar identidades e padrões.
Diante disso, Saylor afirma que todo o ecossistema financeiro fica mais vulnerável, de instituições a investidores individuais.
A demanda por transparência
Por outro lado, não foi por acaso que a demanda pelo PoR foi aumentando. A crescente demanda por esse tipo de verificação começou a ganha força em 2022, quando ocorreu o colapso da FTX.
Em suma, quando o universo cripto percebeu como era fácil fraudar solvência, várias exchanges começaram a buscar formas de mostrar que não estavam fazendo o mesmo.
Como resultado, exibir os balanços das wallets se tornou o caminho mais fácil para garantir confiança. E grandes nomes do mercado cripto aderiram a essa prática.
Só para exemplificar, Binance, Kraken, Bitget e outras grandes plataformas passaram a compartilhar as informações das carteiras, para dar mais tranquilidade aos usuários.
Fazia sentido, naquele momento. No entanto, Michael Saylor afirma que esse método só apresenta uma visão parcial para as pessoas.
Falta saber o quanto cada empresa deve
Para Saylor, o problema do método Proof-of-Reserves é que conta o quanto uma empresa detém, mas não o que ela deve.
Em outras palavras, é possível ver bilhões de dólares em Bitcoin armazenados em determinados endereços, sem saber se aquela mesma companhia deve bilhões a credores.
Com isso, o cofundador da Strategy quer dizer que ativos não fazem sentido sem passivos. Ou seja, os números perdem o significado e a relevância.
Michael @saylor’s full answer on proof of reserves WILL SHOCK YOU!! 🤯
The question: Will @Strategy publish proof of reserves
Full answer uncut unedited here
His answer silences all haters 🤭
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— Professor₿ 🟧 (@ProfessorB21) May 27, 2025
Saylor acredita que há uma maneira melhor de ganhar confiança. O que ele propõe é que, em vez de divulgar publicamente o que as wallets detêm, é mais útil recorrer a auditorias confiáveis de terceiros.
Ele destaca a importância de esse processo de verificação ser feito por empresas com reputação no mercado cripto, com suas próprias reputações em jogo.
Segundo ele, esse é o único jeito de gerar confiança e, ao mesmo tempo, garantir segurança.
Nem todo mundo concorda com Saylor
O mercado cripto adora um bom debate. E os recentes comentários de Saylor desencadearam mais um.
Enquanto algumas pessoas acham que ele está certíssimo, outras acreditam que o monitoramento de wallets funciona, se for feito de forma cuidadosa.
Na realidade, ambos os lados trazem pontos relevantes. A transparência é necessária. Assim como a segurança. A questão, portanto, é encontrar o equilíbrio entre essas duas frentes. O que não é fácil.
Indústria cripto ainda tem muito a resolver
Em conclusão, o debate sobre Proof-of-Reserves gira em torno de confiança. O dilema, para alguns, gira em torno da seguinte questão: você acredita que é melhor exibir seu balanço ou proteger seus ativos?
Enquanto não se chega a um consenso, a verificação PoR não vai continuar senda utilizada. Pelo menos, por enquanto.
Por outro lado, continua em discussão a maneira como fazer essa verificação de forma segura. Na medida em que as empresas cripto se tornam maiores, e mais reguladas, precisarão encontrar formas de provar sua legitimidade, sem colocar um alvo em suas costas.
Nesse meio tempo, Michael Saylor e sua Strategy optam pela discrição, como ele deixou claro no Bitcoin 2025.
Cofundador da Strategy, Michael Saylor critou o método Proof-of-Reserves durante o evento Bitcoin 2025, que ocorre em Las Vegas (EUA), até o próximo dia 29.
Ele acredita que essa prática resulta em mais riscos do que em confiança. Isso porque a exibição pública dos ativos que uma empresa detém em wallets pode tornar usuários e investidores mais vulneráveis a engenheiros sociais e a hackers.
Segundo ele, não é relevante exibir os ativos, sem declarar os passivos, ou seja, os débitos das empresas. Na verdade, seria até uma maneira de enganar as pessoas com relação à real situação de cada companhia.
Como alternativa, Saylor propõe auditorias terceirizadas, feitas por empresas conceituadas, cuja reputação está em jogo.
Em suma, o debates sobre Proof-of-Reserves reflete uma divisão mais profunda da indústria cripto, entre transparência e segurança.
Saylor x Proof-of-Reserves
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