Brett Reeves, líder de vendas da BitGo na Europa, disse que pode soar estranho vindo de uma pessoa de vendas, mas a recomendação dele é usar vários provedores cripto, e não apenas um. A BitGO é referência em soluções para ativos digitais, com foco em clientes institucionais.
‘Ao atingir a massa crítica, comece a diversificar. Temos um ditado no Reino Unido que diz para não manter todos os seus ovos em uma só cesta, e, sim, em várias’, resumiu Reeves, durante recente encontro da Nordic Blockchain Association.
‘Eu estava no Lehman Brothers quando o Lehman faliu. Trabalhei com corretagem de primeira linha antes de entrar no mercado de criptomoedas. Você tem de ter várias pessoas fornecendo serviços para você’, afirmou o executivo.
Gianluca Di Meo, líder de vendas da Taurus para o Reino Unido e países nórdicos, concorda. Tanto por sua perspectiva em vendas, como no mercado de provedores de infraestrutura.
‘É necessário contar com mais de um provedor de infraestrutura, e, potencialmente, diferentes modelos – como um modelo de autocustódia, que poderíamos facilitar, ou um diferente modelo de subcustódia’, disse Di Meo.
Evolução acelerada
Ao falar sobre a capacidade de se adaptar, Reeves comentou que se, você é provedor de custódia ou de wallets, por exemplo, precisa se adaptar continuamente – seja a novos, seja a ativos do mundo real, e por aí vai.
‘Trata-se de um modelo em constante evolução, e nossas empresas precisam passar por esses ciclos. Nesse ponto, as tradicionais instituições financeiras, como bancos, enfrentam mais dificuldades, porque ainda seguem padrões muito rígidos’, alertou o executivo.
As empresas de finanças tradicionais sempre vão ter um pouco de dificuldade nesse sentido, porque estão acostumadas a processos mais rígidos.
Brett Reeves, da BitGo
Como exemplo, Reeves disse: ‘Eles estão usando uma tecnologia dos anos 1980 em SWIFT, para enviar seus ativos mundo afora. Portanto, vai ser mais difícil para os bancos acompanharem a evolução necessária’.
O executivo destacou que, dessa forma, não está dizendo que as organizações tradicionais não vão conseguir fazer isso. Mas provavelmente vão escolher algo como Zodia Custody, porque querem simplesmente terceirizar e usar um modelo de subcustódia para cuidar dos seus ativos digitais.
Enquanto isso, a BitGo tem uma abordagem ligeiramente diferente. ‘Nós podemos fazer isso. E também custody as a service’, explicou.
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MiCA como referência
No que diz respeito a regulamentações claras para o mercado cripto, Reeves citou a MiCA como referência. Trata-se da legislação reguladora europeia para o setor.
‘Acho que podemos contar com a Markets in Crypto-Assets Regulation (MiCA). Nos Estados Unidos, eles ainda estão tentando avançar nesse sentido’, disse Reeves. No mês passado, a BitGo recebeu sua licença MiCA para operar na Europa.
Essa postura se alinha à defesa de múltiplos provedores. Isso porque há exemplos em que a interpretação da MiCA é de que você precisa trabalhar com mais de um providor do setor de custódia, para estar em conformidade com a legislação.
https://twitter.com/AkritiSethN/status/1922232931495326204
BitGo x Zodia: abordagens diferentes como custodiantes
Por sua vez, Gerry Afentakis, diretor da Zodia para a Europa, argumentou que, além de ser custodiante, a empresa precisa trabalhar com outras frentes envolvendo esses ativos, que envolvem geração de rendimentos e empréstimos. Talvez você queira fazer stake, ou trade, por exemplo.
‘Você pode fazer várias coisas. Nossa abordagem na Zodia Custody é que de que apenas a parte da custódia já é bastante complexa, e deve ser nossa prioridade’, explicou Afentakis. Ele acrescentou, ainda, que não se trata de certo ou errado. Apenas de diferentes filosofias ou modelos comerciais.
‘Nos conectamos com os melhores provedores de serviço da categoria, e eles fazem os demais serviços que os clientes que detêm ativos digitais demandam. E isso tem certas vantagens’, defendeu.
No que diz respeito à regulação, o executivo lembrou que as coisas andam muito rápido no mundo dos ativos digitais, e que bastante inovação ocorre em espaços não regulados. ‘De alguma forma, precisamos apoiar nosso serviço de gerenciamento de risco mais regulamentado, para incluir esse tipo de evolução‘, afirmou.
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