Um grupo de executivos de alto escalão do setor financeiro está se unindo para lançar uma empresa pública de tesouraria cripto, com planos de levantar até US$ 1 bilhão.
A iniciativa é liderada por nomes de peso, como Chinh Chu — ex-negociador da Blackstone — e Reeve Collins, um dos cofundadores da Tether, segundo informações da Bloomberg publicadas em 25 de junho.
A proposta é transformar a M3-Brigade Acquisition V, uma empresa de propósito específico (SPAC), em uma companhia pública com foco exclusivo na construção de um portfólio de criptomoedas.
O objetivo é montar um balanço diversificado com ativos como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Solana (SOL), rompendo com a prática comum de investir apenas em BTC.
Estratégia vai além do Bitcoin: modelo multitoken busca reduzir volatilidade
Ademais, o projeto terá Jaime Leverton na liderança, ex-CEO da mineradora de criptomoedas Hut 8.
Ela contará com o apoio de dois vice-presidentes: Wilbur Ross, que atuou como Secretário de Comércio dos EUA durante o primeiro mandato de Donald Trump, e Gabriel Abed, ex-embaixador de Barbados nos Emirados Árabes Unidos e atual presidente do conselho da Binance.
Diferente da maioria das empresas listadas em bolsa que adicionaram somente Bitcoin ao caixa como proteção contra inflação, a M3-Brigade pretende adotar uma abordagem mais abrangente.
Apesar de o Bitcoin ter conquistado espaço no mercado financeiro, sua segurança ainda pode levantar dúvidas. Isso, além de exigir cuidados específicos. É justamente nesse cenário que carteiras Bitcoin se tornam indispensáveis para armazenar seus BTC.
Com um portfólio diversificado, a empresa busca reduzir a volatilidade e oferecer exposição ampla às principais redes blockchain do mercado.
Se for bem-sucedida, essa estratégia marcará uma ruptura significativa com os modelos tradicionais de gestão de tesouraria cripto.
Enquanto iniciativas anteriores se concentraram em um único ativo como reserva de valor, o plano da M3-Brigade aposta na diversificação como forma de estabilidade e atração de investidores menos tolerantes ao risco.
SPAC ainda sem anúncio oficial; estrutura da tesouraria cripto pode variar
Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a captação de recursos está sendo conduzida com apoio do banco Cantor Fitzgerald.
Contudo, os detalhes da estrutura final — como a alocação entre os tokens — ainda podem mudar conforme as condições de mercado e o apetite dos investidores.
A proposta ainda não teve um anúncio oficial, e representantes da M3-Brigade, Chu e Collins preferiram não se pronunciar.
Mesmo assim, o mercado já reagiu à notícia: as ações da M3-Brigade caíram 12% no dia 25 de junho, mas recuperaram 5% no pré-mercado do dia seguinte. Como resultado, isto sinaliza uma postura cautelosa, mas não indiferente, por parte dos investidores.
Competidores ensaiam movimentos parecidos, mas ainda não adotam modelo híbrido
Nos últimos meses, outras empresas também demonstraram interesse em adicionar criptoativos a seus balanços.
A ProCap BTC, de Anthony Pompliano, anunciou planos para abrir capital por meio de uma SPAC com foco exclusivo na aquisição de Bitcoin.
Já a SharpLink Gaming optou por incorporar o Ethereum à sua tesouraria, enquanto a Nano Labs começou a acumular BNB. Apesar disso, nenhuma dessas companhias apresentou uma estratégia de portfólio múltiplo como a da M3-Brigade.
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