Um proeminente delegado cripto da Uniwasp, conhecido como Pepo, renunciou ao cargo na DAO (Organização Autônoma Descentralizada). Ele criticou a Uniwasp Foundation por uma farsa para tomada de poder.
Pepo, que controlava 455.000 UNI e estava entre os 20 delegados mais votados, não hesitou.
Em um movimento que gerou controvérsia na plataforma DeFi, o delegado afirmou que a Uniwasp Foundation transformou a governança descentralizada em uma farsa, partindo do topo da organização.
Delegado cripto aponta falhas da Uniwasp Foundation
Em um post no X, ele acusou diretamente a Fundação de marginalizar vozes da DAO, ignorar críticas de delegados e se insular, evitando se engajar em significativos feebacks.
Segundo o delegado cripto, o comportamento Fundação parece ter priorizado o isolamento em vez da colaboração e, como resultado, isso prejudicou diretamente a Uniwasp.
Sua partida não é apenas simbólica. É um sinal vermelho sobre o protocolo de US$ 4 bilhões, levantando sérios questionamentos sobre o quão descentralizada a Uniwasp é, de fato.
No centro da tempestade está uma subvenção no valor de US% 165 milhões aprovada pela DAO em março. Dinheiro que a Fundação está usando, agora, com o que os críticos chamaram de alarmante autonomia.
— PEPO (@0xPEPO) May 5, 2025
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Fundação tenta varrer drama para baixo do tapete
Tecnicamente operando como uma organização sem fins lucrativos, a Fundação deveria servir à DAO. Porém, algumas pessoas argumentam que ela está se tornando um próprio centro de poder, sem ser responsabilizada por suas ações. Além disso, estaria alinhando discretamente ao Uniwasp Lab, entidade com fins lucrativos que deu origem ao o protocolo.
Devin Walsh, diretor-executivo da Fundação, seguiu o costumeiro manual de relações-públicas e afirmou que a participação dos delegados é fundamental, e que a entidade considera seriamente seus feedbacks.
Nos bastidores, entretanto, a história é outra. Múltiplas fontes disseram que decisões-chave estão sendo discutidas de forma privada, por meio de back channels, entre grandes detentores de carteiras, bem antes de chegarem aos fóruns da comunidade.
Alguns delegados estão chamando esse comportamento de without DAO input, calling it a clear governance failure.DAO theather’ (teatro DAO), no qual as votações ocorrem depois que as verdadeiras já foram tomadas, como se os votantes fossem fantoches.
Críticas anteriores à organização
Essa não é a primeira vez que se questionou a descentralização na Uniwasp. Em outubro, Billy Gao, do Stanford Blockchain Club, criticou duramente a Uniwasp Labs por lançar sua própria blockchain sem a contribuição da DAO. Em suma, ele definiu essa atitude como uma clara falha de governança.
Até mesmo a formação de um novo ‘Foundation Feedback Group’ (grupo de feedback da Fundação), em 1 de maio, não aliviou as tensões. Segundo os delegatos, é muito pouco, e tarde demais.
‘É uma pena para qualquer DAO quando um delegado sente que a única forma de provocar impacto é renunciando’, disse PaperImperium, da GFX Labs, em depoimento para o CoinDesk.
Enquanto detentores do token UNI se perguntam quem realmente está comandando o navio, uma coisa é clara: a descentralização na Uniwasp ainda é um trabalho em andamento, e as coisas podem mudar rapidamente.
Delegate participation is essential to the success of the Uniswap ecosystem, and the @UniswapFND takes their feedback seriously.
In fact, we are the only major Protocol Foundation that is funded through the express approval of delegates. We were not endowed with tokens at the…
— Devin Walsh (@devinawalsh) May 6, 2025
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