O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a intensificar sua campanha para forçar o Federal Reserve (Fed) a reduzir a taxa básica de juros, atualmente entre 4,25% e 4,5%.

Desta vez, Trump adotou uma abordagem inusitada: enviou ao presidente do Fed, Jerome Powell, um bilhete escrito à mão, cobrando uma redução drástica para 1%.

O argumento de Trump foi o de que outras economias têm juros bem menores.

Comparações internacionais e críticas diretas a Powell

A informação veio a público após a conta oficial da Casa Branca no X divulgar a imagem do bilhete escrito por Trump. O recado foi redigido sobre um documento que listava as taxas de juros de diversos bancos centrais ao redor do mundo.

No bilhete, Trump destacou países como Suíça, Camboja, Japão, Dinamarca, Tailândia e Seychelles — todos com juros entre 0,25% e 1,75% — como exemplos de políticas monetárias mais brandas.

Ele afirmou que os Estados Unidos deveriam adotar um patamar semelhante e voltou a acusar Powell de agir tarde demais.

O presidente também afirmou que o presidente do Fed ‘custou uma fortuna’ aos EUA por não cortar os juros em tempo hábil. Para Trump, não há mais pressão inflacionária e, por isso, o caminho deveria ser de cortes agressivos e imediatos na taxa básica.

 

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Donald Trump quer substituir Powell e já entrevista nomes para o cargo

Trump já havia criticado Powell publicamente após a reunião de junho do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que optou por manter os juros inalterados.

O presidente sugeriu que, caso Powell não esteja disposto a cortar os juros, deveria renunciar ao cargo.

O atual mandato de Jerome Powell termina em maio do próximo ano, mas Trump já declarou que pretende nomear um sucessor alinhado com sua visão econômica.

Em diversas entrevistas, o presidente revelou que está conduzindo entrevistas com possíveis candidatos e que já conta com uma lista de quatro nomes para o cargo — e pode anunciar a escolha ainda em 2025.

Mercado já começa a precificar possível corte em julho

Embora Jerome Powell mantenha um discurso de cautela, adotando uma postura de ‘esperar para ver’ antes de agir, os investidores começaram a apostar em uma possível redução na reunião de julho do FOMC.

A pressão vinda da Casa Branca parece ter influenciado o sentimento do mercado.

Segundo dados da ferramenta CME FedWatch, a probabilidade de manutenção da taxa em julho caiu de 87,6% para 78,8% em menos de duas semanas.

Fonte: CME FedWatch

Paralelamente, aumentou para 21,2% a chance de um corte de 25 pontos-base na reunião marcada para o dia 30 de julho.

Essa movimentação ganhou força após declarações de Christopher Waller, governador do Fed, que sugeriu que um corte de juros poderia ocorrer já no mês seguinte.

Isso indica que, embora Powell defenda a manutenção da taxa, há outros membros do comitê mais abertos a mudanças — e que podem se inclinar para atender às pressões políticas.

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Daniela de Lacerda
Daniela de Lacerda

Daniela de Lacerda é jornalista e pesquisadora, mestra em comunicação. Há quatro anos atua como curadora de inovação em mídia, tecnologia e economia, incluindo o setor de criptomoedas. Como editora e repórter, trabalhou em grandes veículos de comunicação do Brasil,... Leia mais

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