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O mercado de capitais brasileiro marca um ponto de virada, com um programa que busca soluções baseadas em blockchain e tokenização para inovar e democratizar o ambiente regulado.
Trata-se do Laboratório de Experimentação, Aprendizado e Prototipagem (LEAP), anunciado na última segunda-feira (26/05).
A iniciativa é fruto de uma união estratégica entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac).
Salto inovador
O LEAP surge dentro do NEXUS, um novo ecossistema de inovação aberta coordenado por CVM e Fenasbac. O NEXUS ficará hospedado no Laboratório de Inovação Financeira (LAB).
Este ambiente gratuito convida startups, universidades, fintechs, pesquisadores e agentes do mercado a desenvolverem soluções tecnológicas para desafios prementes.
A colaboração com entidades como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que apoiam o NEXUS e o LEAP, reforça o compromisso em fomentar um ecossistema robusto e inovador.
Além disso, o grupo salienta o alinhamento com tendências globais de digitalização financeira.
João Pedro Nascimento, presidente da CVM, destacou a postura convidativa da autarquia em relação ao uso de novas tecnologias para promover inclusão e acessibilidade.
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Como vai funcionar
O novo programa de inova̤̣o da CVM e Fenasbac estrutura oito desafios principais. O foco ṣo solṳ̵es baseadas em blockchain (ou DLT РDistributed Ledger Technology), tokeniza̤̣o e contratos inteligentes, divididas em 4 trilhas:
- infraestrutura e interoperabilidade;
- sustentabilidade;
- inteligência artificial e automação;
- democratização da experiência do investidor.
Isso demonstra a clareza das instituições sobre o potencial transformador dessas tecnologias para o mercado de capitais. Confira alguns exemplos.
- O primeiro desafio (Desafio 1) enfoca o tema ‘Integração para o Mercado Secundário de Crowdfunding’. Desse modo, o LEAP buscará aprimorar a interoperabilidade entre plataformas.Nesse sentido, se destaca a procura por ativos tokenizados, infraestruturas baseadas em blockchain ou DLT e soluções de rastreabilidade.
Assim, isso poderá simplificar a negociação de participações em startups e PMEs – aumentando a liquidez e a acessibilidade para investidores, por exemplo.
- O segundo desafio, ou Desafio 2, visa aprimorar a ‘Integração e Transparência para o Mercado de Carbono’.Aqui, a tokenização e custódia de ativos ambientais, bem como plataformas de registro e negociação de créditos de carbono baseadas em blockchain, são algumas soluções a serem desenvolvidas.
Essa aplicação da tokenização, portanto, traria maior transparência e auditabilidade a um mercado crucial para a sustentabilidade.
Além disso, facilitaria o acesso e a negociação de créditos de carbono por um leque mais amplo de participantes.
O futuro do mercado
Antonio Berwanger, Superintendente de Desenvolvimento de Mercado (SDM) da CVM, descreveu o LEAP como um ‘marco essencial’.
Ele enfatizou, ainda, que a CVM, além de sua veia de supervisão, valoriza o fomento à inovação como ferramenta de desenvolvimento do mercado, buscando estimular a inovação responsável, controlada e testada.
Portanto, a presença e o apoio do BID e da ABDE reforçam a importância do programa ao nÃvel nacional e internacional.
Paola A. MartÃnez, do BID, expressou a importância de apoiar o Nexus e o LEAP, confiante em receber propostas instigantes e disruptivas de um paÃs reconhecidamente criativo.
André Godoy, da ABDE, ressaltou que o LEAP e o Nexus darão corpo à iniciativa do LAB, tornando a atuação mais assertiva com a prática e a inovação tecnológica.
Desse modo, o programa contribuirá para a transformação do mercado de capitais brasileiro por meio da tokenização e da tecnologia blockchain.
Os interessados em participar do projeto podem acessar o link de pré-inscrição que já está disponÃvel.
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