O setor cripto está ganhando cada vez mais espaço na América Latina, e as corretoras de criptomoedas despontam como alternativa para envio de dinheiro.
Esse movimento ocorre em resposta direta às políticas recentes do governo Trump e, também, ao aumento do IOF, anunciado recentemente pelo governo brasileiro.
A proposta de um imposto de 3,5% sobre remessas internacionais, lançada por Donald Trump em seu pacote legislativo chamado The One Big, Beautiful Bill, provocou uma corrida por alternativas.
Nesse sentido, a medida visa arrecadar mais impostos sobre o dinheiro enviado por imigrantes. O resultado foi imediato. Plataformas e corretoras de criptomoedas surgiram como opções atraentes para driblar as taxações.
Segundo especialistas, essas tecnologias oferecem vantagens como transferências rápidas, taxas baixas e independência do sistema bancário.
Além disso, o uso de stablecoins, como USDT e USDC, está crescendo na região. Esses ativos têm se mostrados mais úteis para este fim do que as criptomoedas tradicionais, como o Bitcoin, devido a sua baixa volatilidade.
Uso de criptoativos nas remessas internacionais
As remessas têm papel vital na economia da América Latina. Dados recentes apontam que elas representam mais de 2% do PIB regional. Em países como El Salvador e Honduras, o percentual ultrapassa os 20%.
No entanto, o sistema tradicional de envio é caro e demorado. Taxas de até 10% e prazos de até 48 horas são comuns nas empresas tradicionais que oferecem este serviço.
Além disso, muitos beneficiários precisam enfrentar filas e agências lotadas para retirar o dinheiro enviado.
As criptomoedas eliminam grande parte desses obstáculos. Elas permitem transferências quase instantâneas, com taxas que variam entre 0% e 2%. Isso torna o processo mais eficiente e acessível para milhões de famílias.
Com as stablecoins, o valor enviado permanece atrelado ao dólar, evitando a perda por desvalorização. Para comunidades que dependem de cada centavo, essa segurança é crucial.
Além disso, fintechs e neobancos estão expandindo suas operações. Plataformas e corretoras cripto, como Bitso, Strike e Coinbase já oferecem soluções 100% digitais na região.
Essas opções facilitam o acesso a serviços financeiros para quem antes dependia de dinheiro físico.
Tendência reforçada pelo ‘Efeito Trump’
A proposta de Trump fortaleceu a busca por alternativas às remessas tradicionais. O medo de perder parte do dinheiro enviado acelerou a adoção de criptomoedas.
Os migrantes veem na cripto uma forma de proteger suas transferências. Fintechs oferecem apps fáceis de usar, enquanto stablecoins garantem estabilidade.
A expectativa é que o crescimento das criptos na região continue. Especialistas afirmam que a tendência é irreversível, especialmente com o avanço das plataformas e o aumento do conhecimento sobre o tema.
Assim, o ‘Efeito Trump’ não só impulsionou o debate sobre remessas, como também consolidou o papel das criptomoedas como solução viável.
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