Reação inicial do mercado cripto ao tarifaço global anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi de medo extremo, segundo o índice Fear and Greed (medo e ganância).
O preço do Bitcoin chegou a subir para US$ 88.500 durante o comunicado de Trump. Porém, o preço da criptomoeda logo caiu pra US$ 83.073.
No momento em que esse texto foi finalizado, o valor do BTC girava em torno de US$ 83.615, de acordo com o CoinGecko.
Similarmente, o Ethereum apresentou uma queda de 4%, enquanto Solana caiu mais de 5%.
Com relação à capitalização de mercado do setor cripto, houve uma redução de 4%.
Em seu comunicado, na quarta-feira (02/04), Trump estabeleceu uma taxa de ao menos 10% sobre todas as importações dos Estados Unidos.
Essa medida afeta significativamente vários parceiros comerciais dos EUA, incluindo o Brasil – que acelerou votação de Lei de Reciprocidade comercial.
Em post no X, Arthur Hayes, cofundador da corretora BitMex, alertou os investidores para não se desesperarem com o turbulento o momento atual.
Segundo Hayes, se o preço do Bitcoin conseguir se manter acima de US$ 76,5 mil até 15 de abril, o mercado cripto pode interpretar esse movimento como um sinal otimista. Ou seja, teoricamente, o BTC estaria “fora de perigo”.
O dia 15 de abril, nos Estados Unidos, é o chamado Tax Day (Dia do Imposto). Trata-se da data em que são entregues as declarações de imposto de renda individual.
Principais efeitos do aumento de tarifas
O aumento de tarifas que Donald Trump anunciou no dia 02-04 pode gerar reações de reciprocidade e reconfigurar as relações comerciais com países que são parceiros-chave dos EUA.
Como resultado, pode haver aumento da inflação. Atualmente, a economia dos Estados Unidos já está esfriando, com a redução do consumo confirmando a chamada estafglação.
Em post no X sobre as tarifas comerciais que anunciou, Trump afirmou que “TODAS as nações nos roubaram. Agora é NOSSA hora de cobrar”.
As novas medidas dos Estados Unidos podem impactar uma vasta gama de nações, incluindo, por exemplo, China, Japão, União Europeia e Canadá, assim como o Brasil.
As tarifas de importação adotadas pelos EUA podem, potencialmente, subir para 20%.
Um percentual nessa faixa dificilmente pode fugir de críticas negativas. Críticos argumentam que os custos vão explodir, o comércio vai desacelerar e os rivais vão reagir à altura.
If you are selling stocks because of tariffs, you probably don’t understand how tariffs work.
— Anthony Pompliano 🌪 (@APompliano) March 31, 2025
Os preços sobre produtos importados devem subir, forçando a inflação. A União Europeia, por sinal, estaria trabalhando em planos de retaliação que envolvem bilhões em produtos dos Estados Unidos.
Nesse sentido, as indústrias automotiva, manufatureira e de tecnologia se preparam para o choque. Só para exemplificar, os preços dos carros poderiam subir mais de 10%.
Como os investidores podem enfrentar essa tempestade
Apesar de toda a incerteza em torno do Liberation Day USA 2025 (como Trump nomeou o dia 02/04), os investidores podem tomar algumas medidas proativas para proteger seus portfólios.
1 – Diversificar em várias classes de ativos: investir em portos-seguros como ouro, títulos do governo, Bitcoin e títulos protegidos contra a inflação pode proporcionar estabilidade durante tempos turbulentos. Se você for desse time, veja aqui como comprar Bitcoin em 2025.
2 – Enfocar setores defensivos: setores como saúde, utilidades e produtos básicos de consumo costumam performar melhor durante períodos de turbulência no mercado.
3 – Explorar investimentos com foco doméstico: companhias com dependência mínima de exportações devem ser menos afetadas pelas disrupções no comércio internacional. Portanto, vale ficar de olho em negócios com fortes operações domésticas e resilientes cadeias de suprimento.
4 – Tirar proveito das quedas do mercado: a volatilidade pode criar oportunidades de compra. Mantenha um lista de companhias de alta qualidade que estão subvalorizadas devido a reações exageradas do mercado.
Momento decisivo para o comércio internacional
O “tarifaço” de Trump vai, sem dúvidas, impactar mercados globais e políticas comerciais. Resta saber se essas medidas levarão a disrupções no longo prazo.
Para os investidores, preparação e estratégia são palavras-chave nesse momento. Enquanto o horizonte pode parecer turbulento, aqueles que se mantiverem calmos, com foco no longo prazo, podem encontrar oportunidades em meio ao caos.
Confira, no gráfico acima, o recente desempenho do Bitcoin, de acordo com a plataforma CoinGecko.
O aumento de taxas de importações anunciados por Donald Trump está repercutindo fortemente no mercado global – inclusive com planos de retaliação por parte de algumas nações.
O Brasil acelerou a votação do Projeto de Lei de Reciprocidade Comercial. Câmara e Senado aprovaram. Agora, o texto vai para sanção presidencial.
Críticos do “tarifaço” argumentam que os custos vão explodir, o comércio vai desacelerar e os rivais vão reagir à altura.
Para os investidores, preparação e estratégia são palavras-chave nesse momento.
O impacto do tarifaço de Trump
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