O Grupo de Trabalho de Contraterrorismo do BRICS – formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – reuniu-se em Brasília para debater medidas de combate ao terrorismo.
Um dos pontos centrais da discussão girou em torno do crescente uso de criptoativos como meio de financiamento para atividades terroristas – fenômeno que exige adaptação das estratégias de segurança global.
BRICS e a vigilância sobre o financiamento cripto
O encontro foi coordenado pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) durante a presidência do Brasil no BRICS em 2025.
Os participantes ressaltaram que o financiamento ao terrorismo representa uma ameaça internacional à paz e segurança. Além de desestabilizar economias e sociedades.
Ana Ribeiro, diretora do Departamento de Inteligência Externa da ABIN e chefe da delegação brasileira, enfatizou a necessidade de os Estados se adaptarem às rápidas mudanças nas estratégias, métodos e táticas de grupos terroristas.
Além disso, ela destacou a importância de uma abordagem multidimensional, que engaje tanto o Estado quanto a sociedade civil. Incluindo, assim, famílias e líderes comunitários em programas de reintegração de combatentes e estratégias de prevenção da radicalização.
Ao tratar das experiências exitosas de diferentes países com a implementação de programas de reintegração de combatentes terroristas e de estratégias de intervenção precoce em processos de radicalização em curso, foi destacada a importância de abordagem multidimensional. Que engaje o Estado e a sociedade civil, por meio da família e da comunidade, especialmente de líderes comunitários.
Ana Ribeiro, da ABIN
Tecnologia e terrorismo: o desafio das novas fronteiras
Durante os três dias de evento, as delegações do BRICS compartilharam visões e experiências sobre terrorismo e extremismo violento. Um dos debates abordou o impacto das novas tecnologias no recrutamento, financiamento e promoção de atividades terroristas.
Dessa forma, as autoridades alertaram que a desinformação disseminada por organizações terroristas em diversas plataformas contribui para a captação de novos membros e o treinamento em novas formas de violência. Além de fomentar processos de autorradicalização, por exemplo.
Nesse contexto, as criptomoedas foram citadas como um dos meios de financiamento observados pelo Grupo de Contraterrorismo do BRICS.
A facilidade e a pseudo anonimidade das transações com ativos digitais representam um desafio para as agências de segurança e inteligência.
Além disso, a disseminação de propaganda terrorista em diferentes idiomas também ganhou destaque na pauta.
Cooperação internacional e harmonização legislativa
Como forma de prevenção, os países-membros do BRICS reconheceram a relevância da cooperação internacional para fortalecer as capacidades estatais, diante das novas práticas do terrorismo.
Eles enfatizaram a necessidade de alinhar as legislações domésticas com os padrões internacionais de combate ao financiamento do terrorismo e ao extremismo violento.
Ana Ribeiro, da ABIN, avalia que a diversidade de representação do BRICS, que abrange cerca de metade da população mundial e todos os continentes, favorece a formação de uma perspectiva abrangente e multidimensional sobre esses fenômenos.
Portanto, essa colaboração é fundamental para promover avanços nas estratégias nacionais de prevenção e combate ao terrorismo em um cenário global, cada vez mais interconectado e tecnologicamente desafiador.
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