Na presidência do Brics em 2025, o Brasil quer propor o uso da tecnologia blockchain entre os países que compõem esse bloco. O objetivo é facilitar transações financeiras e impulsionar o comércio exterior.
Desse modo, se aumentaria a eficiência dos contratos de importação e exportação, além de diminuir os custos com pagamentos. A iniciativa não envolve a criação de uma moeda comum.
Atualmente, os seguintes países forma o Brics: África do Sul, Brasil, Arábia Saudita, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Índia, Irã, Indonésia e Rússia.
Segundo o jornal O Globo, que publicou inicialmente a notícia, a medida não busca enfraquecer o dólar, nem buscar briga com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Recentemente, Trump criticou a possibilidade de o Brics explorar outras possibilidades para suas transações comerciais, além do dólar. E, inclusive, chegou a ameaçar as nações que formam o bloco com aumentos de tarifas comerciais.
Por outro lado, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que “essa discussão precisa ser enfrentada com seriedade, cautela e solidez técnica, mas não pode ser mais adiada”.
Lula defende a criação de um sistema com credibilidade e eficiência, que facilite o comércio e o fluxo de capital. Esse projeto poderia até se estender para fora do Brics.
“Não se trata de substituir nossas moedas, mas é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional”, afirmou o presidente brasileiro.
Tema deve ser discutido em reunião de julho
Embora seja um projeto de longo prazo, a proposta deve estar na pauta da reunião dos chefes de Estado do Brics marcado para julho, no Rio de Janeiro (Brasil).
Segundo autoridades envolvidas nas discussões, e citadas pelo jornal O Globo, não é interesse do Brasil ou dos outros integrantes do grupo prejudicar um sistema de trocas internacionais que funciona hoje. Mesmo que seja de maneira cara e ineficiente.
A alternativa, portanto, é chegar a um consenso e encontrar um caminho “palatável” e seguro no que diz respeito aos Estados Unidos.
Esse sistema baseado em blockchain responderia a essa demanda, ao diminuir os custos das transações, bem como ampliar a eficiência nas trocas financeiras entre nações.
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Outras possibilidades em debate
Um outro caminho para facilitar os pagamentos internacionais seria a integração de sistemas parecidos com o Pix.
Se chegou a cogitar a criação de uma moeda comum, mas esse tema não avançou.
Atualmente, quem está à frente dessa proposta é o Banco Central (BC) do Brasil, junto ao Ministério da Fazenda.
Paralelamente à proposta do uso de blockchain no Brics, o Brasil vem fazendo textes sobre o Drex, moeda digital oficial do país, que rodaria em uma blockchain.
O projeto do Drex, no entanto, anda atrasado. Isso porque o BC ainda está avançando com relação a determinados aspectos tecnológicos e, também, no que diz respeito à privacidade e a segurança dos dados.
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