A blockchain está entre as principais ferramentas que a Circle utiliza para estreitar pagamentos transfronteiriços de valores. Tanto que a tecnologia foi destaque de um painel apresentado pela empresa durante o Web Summit Rio 2025, que ocorreu no Riocentro, na capital carioca, entre 27 e 30 de abril.
O vice-presidente de estratégia de política e regulamentação da Circle, Daniel Mangabeira, disse que a blockchain representa o futuro do dinheiro. Ele participou da palestra ‘Building the future of money’, no último dia do evento.
Na ocasião, Mangabeira explicou que a blockchain é uma tecnologia de encadeamento de nós, que funciona de maneira descentralizada.
E apontou a tecnologia como um dos principais mecanismos para a digitalização do dinheiro. Ele trouxe um histórico sobre transações de valores, comparativos com compensação e uso de cheques.
A Blockchain não depende da internet. Mas, quando aliada a ela, funciona de forma muito poderosa.
Ao resgatar a evolução do conceito de dinheiro na sociedade, o VP da Circle explicou que esse ecossistema está desatualizado em 500 anos.
Mangabeira relacionou a moeda fiduciária à blockchain e disse que, quando se aplica essa tecnologia ao sistema de pagamento, se consegue ter um vislumbre do que pode ser o futuro.
A aposta da Circle na tecnologia blockchain
A grande aposta da Circle em blockchain possui relação direta com uma das principais stablecoins, a USDC (USDC). Lastreado no dólar norte-americano, o projeto representa o segundo maior ativo digital de preço estável no mercado.
No total, mais de US$ 61 bilhões em USDC estão em circulação no mercado. A moeda possui paridade 1:1 com o dólar norte-americano, classificado por Mangabeira como a ‘tokenização do dinheiro’.
Segundo ele, a Circle é uma empresa de tecnologia que provê e cria estrutura de tecnologia Web3 e blockchain. Mas, fundamentalmente, é a emissora da stablecoin USDC.
O USDC, ainda mais do que um dólar digital, é a tokenização do dinheiro, é a representação fiduciária na internet da moeda mais poderosa do mundo.
Por outro lado, o VP da Circle explicou como a stablecoin opera transações no espaço digital. Ou seja, a moeda é negociada além do mercado cripto, desempenhando um papel importante em transações transfronteiriças e operações de pagamentos.
‘O USDC, ou dólar digital, é importante porque é, por excelência, um mecanismo de liquidação de operações dentro da internet ou dentro da blockchain’, afirmou Mangabeira.
O executivo também discutiu como as stablecoins representam estabilidade diante da volatilidade do mercado cripto. Isso porque, com o surgimento desse tipo de ativo digital, as criptomoedas ganharam mais expressividade e segurança em transações.
USDC como reserva de valor
Em sua participação no Web Summit Rio 2025, Mangabeira destacou que, além de desempenhar a função de pagamento, as stablecoins servem como fuga para a instabilidade econômica e a inflação.
Em países onde existe forte desvalorização da moeda fiduciária, ativos como o USDC protegem o patrimônio garantindo a inalterabilidade do poder de compra.
Sendo assim, o VP da Circle elencou a Venezuela e a Argentina como exemplos de uso para stablecoins. Os países, que sofrem com uma voluptuosa inflação acumulada, presenciaram forte adoção de moedas como o USDC nos últimos anos.
Há pessoas que buscam se proteger da volatilidade da economia real, ou seja, da desvalorização da sua moeda. Na nossa região, a gente tem os casos, por exemplo, da Venezuela e da Argentina.
Dessa forma, além de proteger o dinheiro, as stablecoins servem como segurança para salários recebidos em moedas fiduciárias afetadas pela inflação. Por fim, Daniel Mangabeira afirmou que tudo isso pode acontecer com apenas um clique na exchange.
‘As pessoas recorrem ao USDC, por exemplo, para proteger o seu patrimônio e seu salário ao longo do mês. Para não ter a incidência da inflação no dia 1 até o dia 30, eles convertem esse patrimônio em USDC, ao toque de um botão‘, concluiu.
Explore também: O Que São Stablecoins: Guia para Investidores Iniciantes
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