O Brasil sofreu esta semana o maior ataque cibernético da história contra seu sistema financeiro. Hackers invadiram a infraestrutura da empresa C&M Software, prestadora de serviços autorizada pelo Banco Central, e desviaram mais de R$ 1 bilhão.
Após o roubo, os criminosos tentaram converter parte dos valores em ativos digitais, como BTC e USDT. A operação foi interrompida por exchanges e serviços cripto, que bloquearam transações suspeitas.
Hackers aproveitaram falhas para atacar
O ataque ocorreu na segunda-feira (1/7), quando os criminosos acessaram indevidamente contas de reserva mantidas no Banco Central.
As vítimas incluem seis instituições financeiras, incluindo BMP, Credsystem e, supostamente, o Bradesco. No entanto, o Bradesco afirmou que não sofreu impactos.
A C&M Software, fundada em 1999, atua como ponte entre bancos e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). A empresa fornece acesso a serviços como Pix, TED e DDA.
Com uso de credenciais de clientes, os hackers conseguiram movimentar recursos que deveriam ser usados apenas para liquidações interbancárias.
O Banco Central confirmou o ataque e determinou o desligamento imediato da C&M de seus sistemas. O objetivo foi conter novos acessos e preservar a integridade do ambiente.
Criminosos tentaram ocultar rastros usando criptoativos
Após o ataque a contas mantidas no Banco Central, os hackers direcionaram os valores para plataformas cripto integradas ao Pix.
A ideia era converter o montante em ativos digitais como USDT e BTC, dificultando o rastreamento. No entanto, algumas corretoras notaram a movimentação anormal e agiram rapidamente.
Uma delas bloqueou as transações e alertou a BMP, uma das empresas mais afetadas. Outras mesas de OTC se recusaram processar os pedidos de conversão. Ainda não se sabe quanto os hackers conseguiram, de fato, converter em criptoativos, a partir do ataque.
Especialistas da área afirmam que as autoridades bloquearam parte dos valores antes da conversão. Empresas do setor reforçaram seus sistemas de segurança e estão colaborando com as autoridades.
Investigação federal e impacto no sistema financeiro
A Polícia Federal já conduz uma investigação sobre o caso, que pode ter repercussões globais. Nesse sentido, especialistas avaliam o episódio como o maior roubo da história do Brasil — e um dos maiores do mundo, considerando o valor estimado.
A BMP divulgou nota informando que os recursos afetados estavam em sua conta de reserva no Banco Central. A empresa garantiu que nenhum cliente final foi prejudicado. Além disso, afirmou possuir colaterais suficientes para cobrir o prejuízo.
A C&M Software, por sua vez, disse que foi vítima direta do golpe hacker e que seus sistemas principais seguem operacionais. A empresa colabora com o Banco Central, a Polícia Civil de São Paulo e demais órgãos envolvidos.
Ativos digitais acendem sinal de alerta após golpe bilionário
O ataque ao Banco Central mostrou como hackers usam criptoativos para tentar despistar as autoridades. Embora o plano de conversão para BTC e USDT não tenha funcionado totalmente, o caso acende um sinal de alerta.
As exchanges identificaram e travaram rapidamente as atividades dos criminosos. Porém, o episódio mostra que eles ainda veem o setor cripto como uma rota de fuga.
Assim, o cenário ideal seria uma cooperação da indútria com o mundo financeiro tradicional, a fim de reforçar os sistemas de segurança, melhorar a detecção de transações suspeitas e manter a cooperação.
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