As ações da MicroStrategy (MSTR), agora chamada de Strategy, acumularam alta de 126% nos últimos 12 meses, superando os retornos de gigantes como Tesla, Meta, NVIDIA e até mesmo o próprio BTC.

A performance da empresa, amplamente impulsionada pela estratégia agressiva de compra de BTC liderada por Michael Saylor, tem chamado atenção do mercado.

Apesar de sua ligação com o desempenho do Bitcoin, há receios de que uma queda mais acentuada no preço da criptomoeda possa impactar diretamente os acionistas da MicroStrategy.

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Ações da MicroStrategy superam a de grandes empresas de tecnologia e ouro

Em uma publicação recente, Michael Saylor destacou que as ações da MSTR subiram 126% em um ano. No fechamento mais recente, o papel era negociado a US$ 374,47, com pico de US$ 542,99 e mínima de US$ 102,40 ao longo do período.

De acordo com os dados, o desempenho da MicroStrategy superou empresas como Tesla (66%), Bitcoin (48%) e Meta (41%). Enquanto isso, NVIDIA e Amazon renderam 17% e 15%, respectivamente. O fundo Invesco QQQ teve ganho de 14%, enquanto Microsoft e Apple apresentaram crescimentos mais modestos: 11% e 5%.

A razão por trás desse crescimento seria o acúmulo contínuo de Bitcoin pela empresa. Recentemente, a Strategy adicionou 705 BTC à sua tesouraria, que agora soma 580.955 unidades. “A Strategy está totalmente alavancada em Bitcoin”, comentou Saylor.

Dependência do BTC pode ameaçar ações da MSTR

Apesar da valorização expressiva, o desempenho da MSTR está diretamente ligado aos movimentos do preço do Bitcoin. No entanto, uma possível desacoplagem começa a se formar, já que a ação não acompanhou o novo recorde histórico do BTC.

Aquisições recentes de Bitcoin pela empresa, como a compra de 4.020 BTC por US$ 427 milhões duas semanas atrás, não impediram que o preço da ação caísse 7% após o anúncio. Isso levanta dúvidas sobre a eficácia da estratégia no curto prazo.

Além disso, a empresa lançou a STRD, uma nova ação preferencial júnior destinada a financiar compras adicionais de Bitcoin.

Embora o anúncio tenha provocado uma breve recuperação no preço das ações ordinárias, investidores demonstram preocupação com os possíveis impactos de longo prazo, especialmente com a diluição acionária e os sinais de que a empresa pode estar precisando urgentemente de caixa.

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Daniela de Lacerda
Daniela de Lacerda

Daniela de Lacerda é jornalista e pesquisadora, mestra em comunicação. Há quatro anos atua como curadora de inovação em mídia, tecnologia e economia, incluindo o setor de criptomoedas. Como editora e repórter, trabalhou em grandes veículos de comunicação do Brasil,... Leia mais

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