O JPMorgan finalmente está permitindo investimento financeiro em Bitcoin para seus clientes. Dessa forma, a instituição demonstrando uma grande mudança em relação às criptomoedas.

Isso porque o banco era considerado uma das organizações mais céticas de Wall Street com relação ao ecossistema cripto.

Embora o CEO da empresa, Jamie Dimon, ainda não goste de criptomoedas, ele deixou claro que suas opiniões não impedirão o banco de oferecer aos clientes o que eles desejam.

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JPMorgan muda o tom

No dia anual do investidor do JPMorgan, em 19 de maio, Dimon confirmou que o banco começará a permitir que os clientes comprem Bitcoin.

Essas compras aparecerão nos extratos das contas dos clientes, mas o próprio banco não cuidará da custódia ou do armazenamento das moedas.

Dimon, que nunca mede palavras, comparou isso a fumar. ‘Acho que você não deveria fumar’, disse ele. ‘Mas defendo o seu direito de fumar. Então, defendo o seu direito de comprar Bitcoin.’

Portanto, embora o CEO não tenha se entusiasmado com as criptomoedas, o banco está avançando de qualquer maneira nesse nicho de investimento financeiro.

De ‘fraude’ a funcionalidade

Jamie Dimon passou anos criticando o Bitcoin. Certa vez, ele chamou o ativo de fraude, e comparou seu hype a uma bolha de tulipas.

O executivo também levantou questionamentos sobre o uso da criptomoeda para lavagem de dinheiro e outras atividades ilegais.

Apesar disso, a demanda dos clientes claramente atingiu um ponto em que não era mais possível ignorar o BTC como investimento financeiro.

O JPMorgan já se aventurou em serviços de blockchain e criptomoedas nos bastidores. Mas este é o reconhecimento mais público até agora de que as criptomoedas vieram para ficar.

E os clientes querem acessá-las por meio do sistema bancário tradicional em que confiam.

Explore mais: Como Comprar Bitcoin em 2025: Guia Completo

Banco entra para o ‘clube institucional’ do BTC

Com esta mudança, o JPMorgan se junta a outras grandes instituições financeiras que já abriram as portas para o Bitcoin. O Morgan Stanley, por exemplo, passou a permitir que seus clientes comprassem ETFs de Bitcoin à vista no ano passado.

O Goldman Sachs e a Fidelity também vêm expandindo seus serviços de criptomoedas, especialmente diante do crescente interesse em investimento institucional.

Em outras palavras, está ficando cada vez mais difícil ignorar essa tendência. Clientes ricos estão pedindo a seus bancos e corretoras que ofereçam opções de investimento financeiro em criptomoedas, e os principais players estão respondendo.

O lançamento de ETFs de Bitcoin à vista no início de 2025 adicionou outra camada de legitimidade. Desse modo, proporcionou aos investidores tradicionais acesso mais fácil aos mercados de criptomoedas, sem a necessidade de uma carteira ou conta separada em corretoras.

Momento de alta contribui

O anúncio ocorre em um ano forte para o Bitcoin, que atualmente está sendo negociado acima de US$ 105.000. Isso ajudou a mudar o sentimento no mercado financeiro.

Além disso, os reguladores nos Estados Unidos também adotaram uma abordagem um pouco mais passiva neste ano.

Essa combinação de impulso de preço e supervisão mais leve está dando aos grandes bancos um pouco mais de espaço para explorar opções de criptomoedas, sem a sensação de estarem caminhando numa corda bamba legal.

Embora o JPMorgan não detenha ou custodie o Bitcoin em si, o fato de os clientes agora poderem comprá-lo e monitorá-lo por meio de suas contas é um grande passo para a adoção em massa.

O que vem a seguir?

A abordagem do JPMorgan é cautelosa, mas ainda importa. O banco não está apostando tudo, mas está reconhecendo que as criptomoedas não são mais um ativo marginal.

Para muitos investidores, poder visualizar o Bitcoin juntamente com suas ações e títulos é uma conveniência que pode torná-los mais propensos a investir nesse setor.

Quanto a Jamie Dimon, ele pode nunca ser um fã do BTC. Mas, neste momento, não precisa ser. Seus clientes deixaram claro que querem acesso ao Bitcoin, e conseguiram.

JPMorgan abre espaço para o Bitcoin

  • O JPMorgan agora que permite seus clientes comprem Bitcoin, o que representa uma grande mudança, considerando o ceticismo do CEO Jamie Dimon com relação às critpomoedas.

  • As compras de Bitcoin dos clientes agora ficarão vísiveis em seus extratos bancários. Porém, o JPMorgan não vai custodiar ou armazenar diretamente nenhum criptoativo.

  • Jamie Dimon comparou o Bitcoin a fumar. Ele não endossa essa prática, mas defende o direito de quem quer fazer isso, refletindo a crescente demanda dos clientes do banco por BTC.

  • O JPMorgan se junta a instituições como Morgan Stanley, Goldman Sachs e Fidelity ao facilitar o acesso ao Bitcoin, na medida em que aumenta o interesse institucional pela criptomoeda.

  • Além disso, o momento é favorável, já que o preço do Bitcoin vem numa crescente e os Estados Unidos estão adotando práticas regulatórias mais favoráveis ao setor cripto, abrindo mais espaço para os bancos atuarem sem medo nessa área.

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Thiago Venturini
Thiago Venturini

Thiago Venturini é graduado em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Trabalho 3 anos como repórter científico cobrindo temas sobre ciência e tecnologia. Gosta de descobrir projetos em fase mbrionária e revalar ao público mais amplo. Seu encontro com... Leia mais

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