A dificuldade de mineração do BTC está prestes a bater um novo recorde, refletindo o crescimento da confiança na rede e a participação crescente de mineradores, mesmo com taxas de transação em baixa.

Projeção indica alta de 4% na dificuldade, superando 126 trilhões

Dados da rede apontam que a dificuldade de mineração do Bitcoin deve sofrer um ajuste de mais de 4%, atingindo 126,95 trilhões — a maior marca da história.

Esse nível supera o recorde anterior de 123 trilhões e representa um aumento significativo desde o início de 2025, quando a dificuldade estava em 109 trilhões, segundo o Coinwarz.

Esse ajuste ocorre a cada 2.016 blocos minerados, e tem como base o hashrate — que mede a quantidade de poder computacional dedicada à segurança da rede.

A média móvel de sete dias do hashrate atingiu 918 exahashes por segundo (EH/s). Este é um salto considerável em relação aos 840 EH/s registrados duas semanas antes.

Com o pico anterior em 925 EH/s, qualquer aumento adicional deve estabelecer um novo recorde também nessa métrica.

Crescimento da atividade ocorre mesmo com taxas baixas

Apesar do aumento da atividade de mineração, as taxas de transação permanecem excepcionalmente baixas. Atualmente, uma transação com alta prioridade exige apenas 2 satoshis por byte virtual (sat/vB), o que equivale a aproximadamente US$ 0,30.

Esse comportamento indica que os mineradores estão priorizando a segurança e o funcionamento da rede, mesmo sem incentivos elevados via taxas.

Esse cenário também reforça o papel da mineração como termômetro da confiança dos participantes no BTC. Assim, sugere-se que os investidores continuam acreditando na valorização e estabilidade da criptomoeda, ainda que o uso em transações no curto prazo esteja relativamente contido.

Infraestrutura cresce acima da demanda de uso

A disparidade entre o crescimento do hashrate e o volume de transações aponta para uma expansão da infraestrutura acima do ritmo de uso imediato da rede.

Isso pode sinalizar uma antecipação de maior demanda futura. Reforçando a posição do Bitcoin, no universo das criptomoedas, como uma reserva de valor e ativo estratégico na economia digital.

mineração do Bitcoin
Fonte: coinwarz.com

Impactos do aumento da dificuldade e projeções futuras

Ademais, o aumento na dificuldade de mineração tem implicações diretas no ecossistema do BTC. Com a maior competição entre mineradores, a rede se torna mais segura, mas também mais exigente em termos de hardware e consumo de energia.

Isso tende a favorecer mineradoras com maior escala operacional e acesso à energia de baixo custo, podendo pressionar pequenos operadores.

Analistas também observam que a manutenção de taxas baixas, mesmo com o aumento do hashrate, revela um amadurecimento técnico da rede. Dessa forma, ela consegue lidar com um volume crescente de poder computacional sem comprometer a eficiência das confirmações.

Por fim, com o preço do Bitcoin ainda oscilando próximo a máximas históricas, o ambiente atual indica que os participantes do setor seguem apostando em uma valorização sustentada no longo prazo. Isso se traduz em investimentos contínuos em equipamentos de mineração e expansão de data centers especializados.

 

Explore mais: Como Minerar Bitcoin no Brasil em 2025: Guia Completo

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Daniela de Lacerda
Daniela de Lacerda

Daniela de Lacerda é jornalista e pesquisadora, mestra em comunicação. Há quatro anos atua como curadora de inovação em mídia, tecnologia e economia, incluindo o setor de criptomoedas. Como editora e repórter, trabalhou em grandes veículos de comunicação do Brasil,... Leia mais

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