Brasil vai guardar Bitcoin como OURO? Governo Lula debate reserva estratégica

O Brasil pode estar prestes a dar um passo audacioso no cenário financeiro global. Pedro Giocondo Guerra, chefe de gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin, tornou-se uma voz influente no governo ao defender a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin no país.

Em recentes conversas e entrevistas, Guerra argumentou com veemência que o Brasil não pode ficar para trás nessa discussão.

Dessa forma, ele ecoa o crescente reconhecimento do Bitcoin como um ativo de valor estratégico, por grandes economias ao redor do mundo.

Governo brasileiro está considerando uma reserva de Bitcoin?

Guerra, formado em direito, surpreendeu o cenário político e econômico ao declarar o Bitcoin como o “ouro da internet”.

Ele enfatizou, ainda, que a criptomoeda não pode mais ser ignorada como uma reserva de valor confiável.

Além disso, Guerra apontou o movimento de países como El Salvador, Butão e Estados Unidos, que já estão adotando o Bitcoin em suas políticas públicas. Cada país com sua própria estratégia de acumulação.

Enquanto El Salvador compra um Bitcoin por dia, o Butão revelou uma mineração secreta de anos. Enquanto isso, os Estados Unidos utilizam Bitcoins confiscados de atividades criminosas.

Até mesmo a Coreia do Norte ingressou nessa lista, embora com métodos controversos, envolvendo roubos cibernéticos.

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Outros países vêm adotando essa estratégia

Para Pedro Guerra, o Brasil precisa aproveitar essa janela de oportunidade e se posicionar como mais um pioneiro nesse campo.

“Nós estamos falando de grandes economias tratando o tema com muita seriedade, incorporando isso nas suas políticas públicas. E eu acho que o Brasil não poderia ficar para trás nessa discussão”, afirmou Guerra.

Questionado sobre os próximos passos para a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin no Brasil, ele reconheceu que o processo será longo e complexo.

“Tem muitos atores envolvidos nesse processo, muitos esclarecimentos precisam ser feitos, eventuais ajustes”, disse Guerra.

Ele ressaltou, também, necessidade de uma governança bem definida para essa iniciativa. No entanto, se mostrou convicto dos potenciais benefícios.

“No mérito, pensando no conceito, na ideia, eu acho muito positivo.  Porque nós buscamos melhorar a trajetória de endividamento […], e esse é um tema que complementa perfeitamente esse debate”, afirmou Guerra.

Ele admitiu que o conhecimento do governo sobre o Bitcoin ainda é “um tema muito incipiente no Brasil”.

No entanto, destacou o crescente interesse da população pela criptomoeda e por assuntos relacionados à economia.

Reserva pode ajudar em investimentos de infraestrutura

O assessor de Alckmin revelou uma visão maximalista sobre o Bitcoin, demonstrando pouco interesse por outras criptomoedas devido à sua falta de descentralização.

Guerra enfatizou, também, que há uma confusão persistente sobre a blockchain, que muitos consideram a grande inovação.

No entanto, em sua opinião, o Bitcoin em si possui um potencial muito maior a oferecer.

Guerra acredita que uma reserva nacional de Bitcoin pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar o Brasil a implementar grandes projetos nacionais. Como, por exemplo, a universalização do saneamento básico e melhorias significativas no ensino público.

“Queremos fundos para coisas como a universalização do saneamento básico, das comunicações, mais investimento em infraestrutura escolar? Precisamos de mais dinheiro, e de um dinheiro com mais poder de compra, um dinheiro que valha mais”, defendeu Guerra.

Ele também ressaltou que a reação no governo às suas falas sobre o tema tem sido muito positiva, embora reconheça que “muita água ainda precisa rolar”.

Guerra afirmou, por fim, que é preciso superar vários desafios, antes que a ideia de uma reserva estratégica de Bitcoin no Brasil se concretize.

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