O ETH voltou a subir com força nesta semana, reacendendo o otimismo no mercado cripto. Apesar disso, alguns dados técnicos e on-chain sugerem que esse movimento pode ser uma armadilha (bull trap). Portanto, atenção antes de comprar Ethereum.
Nesta terça-feira (10/6), o ativo amanheceu em alta superior a 8%, voltando a ser negociado acima dos US$ 2.700. Essa recuperação ocorre após dias de instabilidade no setor, gerada sobretudo pelo embate Trump vs Musk.
No entanto, a aproximação de zonas críticas de resistência e a movimentação de grandes detentores indicam que o cenário pode mudar. Dessa forma, é preciso atenção redobrada antes de assumir que a tendência de alta está confirmada.
Realização de lucros e fluxos para exchanges preocupam
Dados recentes mostram que investidores estão aproveitando a valorização do Ethereum para realizar lucros. Entre eles, destacam-se os detentores de longo prazo (LTHs).
A métrica “Coin Days Destroyed” (CDD), que acompanha a movimentação de moedas antigas, indica aumento na atividade desses investidores. Esse comportamento sugere que os LTHs enxergam o momento atual como uma oportunidade de venda.
Além disso, informações da Coinglass revelam que o fluxo líquido de ETH para exchanges está positivo. Ou seja, mais moedas estão sendo enviadas do que retiradas dessas plataformas.
Quando os investidores transferem ativos para corretoras cripto, geralmente o fazem com intenção de venda. Portanto, o aumento desses fluxos pode indicar uma possível pressão vendedora nas próximas horas.
Esse conjunto de dados reforça a necessidade de cautela para quem pensa em comprar Ethereum. Embora o preço tenha subido, os fundamentos on-chain ainda não confirmam uma tendência de alta consolidada.
Análise técnica
No gráfico diário, o Ethereum segue preso entre US$ 2.400 e US$ 2.780. Esse padrão de consolidação completa hoje um mês.
Nas últimas horas, os compradores tentaram novamente romper a parte superior dessa faixa, sem êxito até o momento. Isso torna o atual movimento decisivo para o futuro próximo.
Se houver rompimento confirmado acima de US$ 2.780, o ativo pode buscar US$ 2.800. Caso consiga superar essa barreira, a próxima resistência relevante aparece em US$ 3.000.
No entanto, se houver rejeição, o suporte em US$ 2.400 pode ser testado novamente, o que representaria uma queda superior a 10%.
Os sinais técnicos de curto prazo são mistos. No gráfico de 4 horas, as médias móveis exponenciais (EMAs) de 9 e 21 períodos formaram um cruzamento de alta recentemente.
Por outro lado, o Índice de Força Relativa (RSI) está acima de 70. Esse nível indica que o ativo pode estar sobrecomprado, o que aumenta o risco de correções. Assim, mesmo com o cruzamento positivo das EMAs, é prudente não ignorar a chance de uma reversão.
Dessa forma, traders e investidores devem agir com cautela até que um movimento convincente acima dos US$ 2.800 seja confirmado, sobretudo devido às leituras dos indicadores on-chain.
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